O brasileiro ganhou pela primeira vez com a McLaren no GP de San Marino de 1988, em Imola

O brasileiro ganhou pela primeira vez com a McLaren no GP de San Marino de 1988, em Imola

Seis anos antes da tragédia de Imola, em que Ayrton Senna morreu em decorrência da batida de sua Williams na curva Tamburello, o brasileiro teve um momento especial na Fórmula 1, ao vencer há exatos 30 anos pela primeira vez com a McLaren-Honda o GP de San Marino em 1º de maio de 1988, justamente em Imola.

Depois de estrear pela Toleman em 1984 e competir pela Lotus por três temporadas, entre 1985 e 1987 (período em que obteve seis vitórias), Senna agora estava a bordo de um carro que lhe daria condições reais de disputar um título na Fórmula 1.

Após a frustrada jornada em Jacarepaguá, que abriu a temporada, desclassificado da prova após conquistar a pole e ter um problema na largada, mas ficou parado no grid e trocou de carro (o que foi considerado irregular), Senna foi para o Autódromo Enzo e Dino Ferrari disposto a tirar a diferença para o francês Alain Prost, seu companheiro de equipe, justamente o vencedor do GP do Brasil.

Senna com a McLaren-Honda (modelo MP4/4) durante o GP de San Marino, em Imola, em 1º de maio de 1988. Divulgação

A CLASSIFICAÇÃO PARA O GP DE SAN MARINO DE 1988

Após amplo domínio nos treinos livres, Senna cravou a pole com a impressionante marca de 1min27s148, impondo a abissal vantagem de 0s771 sobre Prost.

A McLaren-Honda dava sinais claros de que seria o melhor carro da temporada, o que foi comprovado ao seu término, com Senna campeão e Prost vice. Assim, restava aos outros times uma disputa para ser "o melhor dos demais".

Na classificação, depois dos dois carros da McLaren, Nelson Piquet fez o que estava ao seu alcance para obter um honroso terceiro lugar com a Lotus-Honda, equipe para a qual havia se transferido após deixar a Williams.

Piquet ficou mais de três segundos distante de Senna, mas precisou ser hábil para conseguir abrir a segunda fila tendo ao seu lado a Benetton-Ford do italiano Alessandro Nannini, 0s090 atrás do brasileiro.

Na terceira fila, em ritmo próximo a Piquet e Nannini, partiu Gerhard Berger, com a Ferrari. Um pouco mais atrás no cronômetro, em sexto, Riccardo Patrese, com a Williams-Judd.

Alain Prost largou em 2º, mas defasado em 0s771 em relação a Senna. Divulgação

A CORRIDA

Senna, o pole, manteve-se na frente assim que as luzes verdes se acenderam e dominou a corrida. Prost, por sua vez, largou mal e caiu de segundo para sexto.

Piquet saltou para segundo e durante as sete primeiras voltas a prova foi dominada pelo duo brasileiro.

Mas o ritmo forte de Prost o levou ao segundo lugar, superando Piquet já no giro 8.

A preocupação de Piquet passou a ser com seu ex-companheiro de equipe Nigel Mansell, que permanecera na Williams, mas sem a força do motor Honda, e agora impulsionado pelos modestos Judd.

Mansell chegou a ultrapassar Piquet, mas o britânico abandonou quando restavam 18 voltas para o final, justamente com um problema de motor.

Assim, na primeira das 35 vitórias de Senna pela McLaren, em 1º de maio de 1988, subiram ao seu lado no pódio: Alain Prost e Nelson Piquet.

Senna, o pole, manteve-se à frente na largada. Prost caiu de 2º para 6º, mas recuperou-se. Divulgação

Alessandro Nanini (Benetton-Ford) e Nelson Piquet (Lotus-Honda) travaram um itenso duelo, mas o brasileiro, à direita, foi ao pódio, em terceiro. O italiano terminou em quarto. Atrás, a Tyrrell de Julian Bailey e a Benetton de Thierry Boutsen. Divulgação

Além de Senna e Piquet, mais um brasileiro esteve presente naquele GP de San Marino de 1988, o paranaense Mauricio Gugelmin (March-Judd). Ele largou em 20ºe terminou em 15º.

Gugelmin, aliás, estava em seu ano de estreia na F1. Ele terminou a temporada em 13º, obtendo como melhores resultados o quarto lugar no GP da Grã-Bretanha e o quinto no GP da Hungria.

Além de Senna e Piquet, o outro brasileiro no GP de San Marino de 1988 foi Mauricio Gugelmin, com a March-Judd. Ele largou em 20º e terminou em 15º. Divulgação

 

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