Depois de ótimos testes na pré-temporada da Fórmula Indy, o gaúcho Matheus Leist, de 19 anos, fez um balanço positivo nos preparativos para sua temporada de estreia na categoria, após um ano consistente na Indy Lights, tendo terminado o campeonato na quarta colocação.

“Tivemos uma pré-temporada muito animadora. Em Sebring e Sonoma, a gente via pelos tempos e pela comparação com outros pilotos presentes nos testes que nosso ritmo era rápido, mas com todos juntos em Phoenix tivemos a certeza de que estamos competitivos. É importante ressaltar que na pré-temporada ninguém treinou em circuitos de rua ou ovais longos, então sabemos que há uma longa jornada pela frente. Mas é certo que nosso time fez um excelente trabalho nesta pré-temporada”, avalia Leist.

O piloto, natural de Novo Hamburgo, ainda destacou a ajuda que recebeu do veterano Tony Kanaan, seu companheiro de equipe na AJ Foyt.

“É uma grande oportunidade em minha carreira poder estrear na Indy e contar com um mentor como o Tony (Kanaan). O aprendizado é constante e em Phoenix pude sentir isso especialmente na sessão final, quando treinamos andar no tráfego. Por três vezes escapei de frente e consegui controlar o carro antes de bater no muro, então deu para ver que a margem de erro para buscar o limite é bem menor que o da Indy Lights, por exemplo”, ponderou o gaúcho, que no ano passado, pela Indy Lights venceu três corridas, entre elas as 100 Milhas de Indianápolis, preliminar das 500 Milhas no oval.

PALAVRA DO CHEFE

Com uma dupla inteiramente nova para esta temporada (em 2017 a AJ Foyt contou com o norte-americano Conor Dalye e o colombiano Carlos Muñoz), Larry Foyt, chefe da equipe, falou sobre a evolução do time ao longo dos testes.

"Fizemos muitas mudanças no time e a categoria também trouxe novidades, como o novo carro, então trabalhamos bastante e ver que já tivemos bom ritmo é bastante satisfatório. Tony andou bem forte nos testes e Matheus fez um grande trabalho como um estreante. Com muito a aprender, ele (Liest)certamente teve boas lições e é ótimo que ele tenha tido esta experiência, pois vai pagar dividendos enormes quando ele voltar aqui para correr. Este teste mostrou que o carro não é fácil de guiar e os pilotos vão ter bastante trabalho”, pondera Larry Foyt.

AGORA, O CAMPEONATO...

Em pouco menos de um mês, em 11 de março, acontece a etapa de abertura da temporada da Indy, no traçado urbano de São Petersburgo, na Flórida. 

Além de Matheus Leist e Tony Kanaan, que competirão pela AJ Foyt, outros dois brasileiros estarão presentes no campeonato da Indy, ainda que não de forma integral.

Helio Castroneves, que deixou a Indy ao término da temporada de 2017, fará duas provas pela Penske, no misto de Indianápolis e nas 500 Milhas de Indianápolis, nesta última para tentar igualar-se a  A.J. Foyt, Al Unser e Rick Mears, todos com quatro vitórias na prova. Castroneves venceu as 500 Milhas de Indianápolis em 2001, 2002 e 2009, todas pela Penske. 

O neto de Emerson Fittipaldi, Pietro Fittipaldi, fechou um acordo com a Dale Coyne para disputar sete etapas do campeonato, a começar por Phoenix, em 7 de abril. Depois ele terá duas provas em Indianápolis: no dia 12 de maio (no circuito misto) e no oval, nas 500 Milhas no dia 29 de maio. Em seguida ele guiará o carro #19 da Dale Coyne em 9 de junho (Texas), 29 de julho (Mid Ohio), 2 de setembro (Portland) e em 16 de setembro (Sonoma), etapa de encerramento da temporada.

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