Até Maicon, que cheguei a chamar de maior e melhor beque brasileiro em qualquer lugar do mundo, virou comum

Até Maicon, que cheguei a chamar de maior e melhor beque brasileiro em qualquer lugar do mundo, virou comum

Ué, por que o São Paulo se apequenou tanto?

Virou a quarta força paulista no cenário nacional.

Leco herdou um Tricolor sem cores pós-Juvenal e Carlos Miguel Aidar.

Quem diria que o “maior clube da América do Sul” voltaria aos seus tristes tempos de pré-Morumbi?

À época, nos anos 60, o São Paulo priorizou a construção de seu estádio gigantesco e só comprava cimento, cal, Sudaco, Salton, tijolo, Peter, Vadinho, ferro, argamassa, Serafim, Zoé, tintas, fios, Deleu, Sabino, cerâmicas, vasos sanitários, chuveiros, Ilzo, Celso e etc...

Aí, Jurandir e o genial Roberto Dias tinham que carregar o time nas costas e não dava, claro.

Afinal, como enfrentar o Santos de Pelé, o Palmeiras de Ademir da Guia, a ótima Ferroviária de Bazzani e a então boa Lusa do Canindé?

Mas, concluído o Morumbi, vieram Sérgio Valentim, Pablo Forlán, Edson Cegonha, Gérson, Toninho Guerreiro, mais tarde Pedro Rocha e depois com as revelações de Muricy, de Gilberto Sorriso e de Serginho Chulapa, o São Paulo ficou forte demais e orgulhoso de seu “Gigante de Cimento Armado”.

Mas, e hoje?

Xiii...

Até Maicon, que cheguei a chamar de maior e melhor beque brasileiro em qualquer lugar do mundo, virou comum.

E o que custou, hein?

Já Denis, o goleiro que só toma gol feio, alterna belas defesas com bolas pegáveis.

E no banco?

Ninguém para.

Osorio, Bauza e agora Ricardo Gomes.

Pois já estão pedindo a saída do bom caráter Ricardo Gomes Raymundo.

E do sangue azul Gustavo Vieira de Oliveira, o diretor de futebol, também reserva moral.

Nesta sexta-feira publiquei parecer dele, como advogado que é, a pedido do “Comitê Gestor” do Santos FC no enrolado “Caso Neymar”, e alguns tricolores viram nisso uma traição ao São Paulo.

Ora, sua opinião profissional foi emitida como advogado militante e especialista em transferências esportivas e, à época, sua ligação com o Tricolor era nenhuma.

Sei lá, mas a coisa tende a piorar no Morumbi.

Time fraco, técnico não aceito pela torcida – mesmo caso de Cristóvão Borges no Corinthians -, impaciência na arquibancada e insegurança na diretoria, formam um conjunto explosivo.

Ainda com Palmeiras, Corinthians e Santos lá em cima na tabela.

Que tal reformar em tempo recorde o mausoléu Morumbi?

Concluído, chegarão novos Rochas, Gérsons, Toninhos, Paranás, Tertos e Gilbertos.

Não custa sonhar com a volta do saudoso e consagrado slogan dos anos 90: “Torcer para o São Paulo é uma Grande Moleza!”,

Tomara!

Foto: UOL

SOBRE O COLUNISTA

Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.

É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.

Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais

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