O dinheiro sai, entra e some

O dinheiro sai, entra e some

Recessão no Brasil.

Do goleiro ao ponta-esquerda.

Na bola e na economia.

E ainda querem a volta da hipócrita CPMF.

O dinheiro sai, entra e some.

Como sumiu da outra vez.

Pai Adib Jatene, homem bom que foi para o céu, nem viu a cor dele.

Era para ser e não foi a solução para a saúde do povo.

Nada contra imposto.

Adoro pagar.

Quanto mais, melhor.

Pior, e bota pior nisso, é pagar pouco ou nada de imposto.

Sinal ou certeza de que você anda produzindo pouco ou nada.

Como Luxemburgo no banco de reservas.

Poucos gostam dele como eu.

Mas seus não sucessos não param de se acumular.

Pode sair de Minas Gerais neste final de semana.

Aliás, o Cruzeiro deve uma Série B, como o Fluminense deve "umas 50".

Foi em 2011.

Naquele Cruzeiro 1 x 1 Atlético-PR em Sete Lagoas-MG, o Furacão foi muito operado.

A anulação do gol legal do já então "pré-histórico" Paulo Baier rebaixaria o Cruzeiro.

Era jogo de seis pontos, lá na ponta ruim da tabela.

Anulado o gol legítimo do Atlético-PR e com o "jogo-amigo" Cruzeiro 6 x 1 Galo, Minas Gerais manteve seus dois grandes na Série A.

Fritaram o Furacão como Alemanha e Áustria fizeram com a coitada da Argélia na Copa de 1982 na Espanha.

Tivesse vergonha na cara, a Fifa teria eliminado os dois vizinhos da "Copa de Telê".

Mas, na verdade e de novo sem hipocrisia, ganhamos na Espanha só um jogo bom.

Foi contra a Argentina que estava mal, mas Argentina boa é Argentina eliminada.

Antes do jogo do azar diante da Itália no Sarriá, ganhamos de "Ninguéns FC" e da União Soviética com grande atuação do tradicional apito amigo do Brasil em Copas do Mundo.

1962 então foi uma vergonha e em 2002 a Bélgica teria nos eliminado não fosse nosso 12º jogador.

Em 1982, quando estava Brasil 1 x 1 URSS, Shengelia fez limpamente 2 a 1 para os soviéticos e "corintianamente" o gol foi anulado.

Isso sem contar os "200 pênaltis" cometidos pelo romântico e lento Luizinho, mal escalado no lugar de Edinho.

Gente, como verdadeiro é quanto mais imposto estiver pagando, melhor está sendo você em sua profissão, Seleção Brasileira boa é aquela que ganha ou ganhou Copa do Mundo.

É como penalidade máxima:

"Pênalti bem batido é aquele em que a bola entra".

E ganhar Copa "jogando feio" é 1 bilhão de vezes melhor do que perder jogando bonito.

Quem perde nunca jogou bonito, paremos com hipocrisia e românticas poesias.

Futebol é jogo, disputa e não beleza, maquiada ou não.

Você quer beleza?

Então vá cobrir concurso de miss.

Foi também o que mais ou menos me disse o saudoso Armando Nogueira no lobby do Hotel Polo em Roma em meio à Copa de 90, na Itália.

À época, o histórico diretor de jornalismo da Rádio Jovem Pan I AM, o também saudoso Fernando Luiz Vieira de Mello, provocou no ar grande polêmica.

Bancava ele que jornalista esportivo nunca poderia ter time ou seleção.

"Pátria de chuteiras é para torcedor e não para jornalista", bradava.

Aí fui ouvir Armando Nogueira, então comentarista da Rádio Tupi do Rio, no comando de Doalcey Bueno de Camargo.

Ele se abrigou lá após sua polêmica edição do debate Lula x Collor no Jornal Nacional.

"Mestre Armando, jornalista esportivo pode ter time e torcer pela seleção?", perguntei, gravando.

"Não apenas pode, como deve. Jornalista esportivo que não tem time e não torce por sua seleção tem que mudar de profissão e virar setorista de ensaio de ópera", sentenciou.

Para medo e desespero do narrador Nilson César ("Não faça isso, não ponha no ar, o Fernando vai nos demitir mandando a gente de volta"), coloquei a gravação "ao vivo" no "Jornal da Manhã" ao ser chamado pelo âncora Joseval Peixoto, só apertando o botão do play do gravadorzão que tinha.

Não deu outra.

Segundos depois, o mestre Fernando ligou para nosso QG de Grotta Rossa em Roma e disse: "Parabéns, mineiro, gostei do contraditório".

Nilson César, sem saber o que falava Fernando, só gritava, aterrorizado do lado: "Não falei, não falei? Estamos ferrados!".

Não fomos, não estivemos ferrados, mas elogiados.

Mas ferrados estaremos todos se voltar a erva daninha da CPMF, um belo gol contra de nosso time de Brasília que anda com esquema tático bem indefinido.

E atenção moçada da "crônica especializada", vamos torcer e muito por nossa seleção e para um time qualquer.

De preferência, para o meu Corinthians.

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SOBRE O COLUNISTA

Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.

É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.

Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais

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