Popó

Ex-pugilista e atual Deputado Estadual
por Túlio Nassif

Acelino Freitas, o "Popó", recebeu de sua mãe esse apelido com o qual se tornou conhecido (em referência ao barulho que fazia quando mamava).  Nasceu no dia 21 de setembro de 1975, em um bairro da periferia da capital baiana Salvador, a Cidade Nova, localizado na região da Baixa de Quintas. Filho de Niljalma Freitas (também ex-pugilista) e dona Zuleica, o ídolo brasileiro é ex-pugilista tetracampeão mundial em duas categorias diferentes de boxe e atualmente exerce o cargo de Deputado Estadual pela Bahia. Casou-se por duas vezes, mas tem filhos com três mulheres diferentes. É pai de Rafael, Igor, Iago, Gustavo, Juan e Acelino Popó.

Realizava seus treinamentos em Salvador, onde construiu um ginásio, voltado para a preparação de novos talentos. Mas, antes de cada luta, viaja aos Estados Unidos com o intuito de melhor se preparar para os combates. Isso fez com que obtivesse uma carreira vitoriosa, iniciada profissionalmente em 1995.

Entretanto, iniciou sua carreira bem cedo, ainda na adolescência, com apenas 14 anos no amadorismo. Foi Campeão Baiano logo de início aos 14, Campeão Norte-Nordeste aos 15 e Campeão Brasileiro aos 17 anos. Em 1995, foi convocado para a Seleção Brasileira que disputaria os Jogos Pan-Americanos de 1995, em Mar Del Plata. A convocação lhe rendeu uma medalha de prata e um grande passaporte no cenário mundial, passou a lutar boxe profissional.

Na sua sexta luta, foi campeão do Mundo Hispano pela WBC (Conselho Mundial de Boxe) e logo em seguida, conquistou o título latino da IBF (Federação Internacional de Boxe).
No início de 1998 foi Campeão Brasileiro na categoria Super-Leve e no mesmo ano, em outubro, foi campeão do título NABO, título regional da WBO (Organização Mundial de Boxe). Em abril de 1999, defendeu o título NABO derrotando o mexicano Juan Ángel Macias por nocaute.

Com todo o povo brasileiro ligado na luta que acontecera no dia 7 de agosto de 1999, na França, na qual Popó tentaria conquistar seu primeiro mundial e cujo conquistou, ficou marcado na carreira do ex-pugilista. Com cartel de 20 lutas e 20 nocautes, vestiu o cinturão de campeão Mundial Superpena da WBO, na luta antológica contra o cazaquistão, Anatoly Alexandrov.

O enorme sucesso, fez com que após a luta, Popó assinasse contrato com a Showtime, e passou a ter suas lutas transmitidas para os Estados Unidos.

A partir daí, defendeu seu título seis vezes, contra os boxers Anthony Martínez, Barry Jones, Javier Jauregui, Lemuel Nelson, Carlos Alberto Ramón Rios e Orlando Jesús Soto, vencendo todas por nocaute, até janeiro de 2002 (data de sua luta de unificação). Além de mais três lutas sem título em jogo, contra Cláudio Victor Martinet e Daniel Alicea, ambas vencidas por nocautes e a terceira, contra o ex-campeão mundial Alfred Kotey. Contudo, essa última, quebrou o recorde de nocautes de Popó, que vencera por decisão unânime.

Em 12 de janeiro de 2002, decidiu acertar uma luta de unificação de título dos Superpenas com o campeão mundial da WBA (Associação Mundial de Boxe) e campeão olímpico de boxe, Joel Casamayor. Popó terminou a luta campeão por decisão unânime. Então, foi considerado bicampeão mundial Superpena por duas organizações: WBA e WBO. Posteriormente, derrotou o invicto e "número 1? do ranking da WBO, Daniel Attah, defendendo seu cinturão. Pouco tempo depois, venceu o mexicano Juan Carlos Ramírez por nocaute, defendendo seus dois cinturões.

Popó ainda conseguiria o título de supercampeão Superpena da WBO, uma honraria que é concedida para lutadores que defendem seu cinturão por 10 vezes, na vitória por decisão unânime, sobre o argentino Jorge Rodrigo Barrios, no dia 9 de agosto de 2003.

Após muito tempo defendendo seus títulos de Superpena, voltou à categoria Peso Leve para desafiar o supercampeão da WBO, o lutador do Uzbequistão Artur Grigorian. No final da luta, Popó se sagraria Campeão Mundial pela terceira vez, sustentando dois títulos Mundiais de Superpena, da WBA e da WBO, mas agora, carregava o designado como Campeão Mundial Peso Leve pela WBO.

A WBA decidiu nomear o brasileiro como "Lutador do Ano? de 2003, após sua última consagração.

Conheceu sua primeira derrota contra o americano Diego Corrales, no dia 7 de agosto de 2004, na primeira defesa do seu título dos Peso Pena. Perdeu também, seu cinturão da categoria Peso Leve da WBO.

Depois de sofrer sua primeira derrota, trouxe para o Brasil suas duas próximas lutas, para reconquistar a confiança. Venceu o argentino David Saucedo em dezembro de 2004 e o panamenho Fabian Salazar em Julho de 2005.

A luta seria difícil, mas em abril de 2006, Popó reconquistaria seu título mundial dos Pesos Leves pela WBO, na luta contra o americano Zahir Raheem. Para a surpresa dos fãs, após a luta, Popó anunciou sua aposentadoria. Porém, mais tarde, anunciaria que estaria de volta aos ringues.

E quando menos se esperava, o querido Acelino, sofre sua segunda derrota na carreira, em luta de unificação de títulos da categoria Peso Leve, no dia 28 de Abril de 2007, para Juan Diaz, Campeão Mundial Peso Leve da WBA e oito anos mais jovem. Dessa vez, Popó anunciou sua aposentadoria de vez, aos 31 anos de idade.

Decidiu então se lançar candidato a Deputado Federal pela Bahia, em 2010, pelo PRB (Partido Republicano Brasileiro). Inicialmente, não foi eleito como deputado, ficando na primeira suplência. Mas, devido à indicação do deputado Mário Negromonte (PP-BA) para o Ministério das Cidades, Popó herdou a vaga e foi diplomado como deputado federal da Bahia.

Todavia, Acelino Freitas ainda tinha uma pendência na vida, lutar para que seu filho mais novo o visse, como nos tempos gloriosos em que viveu. Decidiu então, em 2011, fazer uma luta de despedida definitiva do esporte. Recebeu um desafio do jovem lutador brasileiro Michael Oliveira e, no dia 2 junho de 2012, no Conrad Casino em Punta del Este, Uruguai. Para a felicidade do filho, Popó venceu a luta por nocaute técnico no nono assalto, despedindo-se do boxe profissional colecionando 39 vitórias, com 33 nocautes, seis decisões por pontos e dois derrotas por dois nocautes.
 
Em ouutro de 2014 concorreu ao cargo de deputado federal pela Bahia, mas como não atingiu o número necessário de votos, não foi eleito.
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