Paulo Emílio

Ex-treinador de futebol
por Marcelo Rozenberg
 
Paulo Emílio Frossard, o ex-treinador Paulo Emílio, morreu em 16 de maio de 2016, aos 80 anos.
 
Ele nasceu em Espera Feliz, Minas Gerais, em 03 de janeiro de 1936. Durante mais de 30 anos, dirigiu times brasileiros e do exterior, conquistando inúmeros títulos. 
 
Paulo Emílio residia em São José dos Campos, na região do Vale do Paraíba, interior do estado de São Paulo. 
 
Após deixar o banco de reservas, tornou-se escritor. Lançou "Futebol dos Alicerces ao Telhado" (Editora Oficina do Livro) já na segunda edição, em que aborda detalhes técnicos, táticos e a metodologia de treinamentos, além de discutir os sistemas táticos, mostrando as virtudes e defeitos de cada um. Também é advogado,  professor de Educação Física e jornalista.
 
Em 2015 concluiu mais uma obra, pronta para ser lançada,  "A Arte de Ler o Jogo".
 
Paulo Emílio trabalhou na Portuguesa/RJ, Vasco, Botafogo, Fluminense, Santos, Portuguesa/SP, Guarani, Noroeste, Náutico, Santa Cruz, Atlético/PR, Noroeste, São José, Sporting (Portugal), Al-Hilal (Arábia Saudita) e Cerezo Osaka (Japão).
 
Levantou diversas taças entre as quais as de campeão carioca, em 1975; bicampeão da Taça Guanabara, em 1975/76; campeão capixaba invicto, em 1967; campeão da Taça de Portugal, em 1977/78, e vice-campeão brasileiro da Série B, em 1989.
 
Em 1976, quem tinha Roberto Dinamite tinha uma grande expectativa de gol. E o ídolo vascaíno não decepcionou na tarde chuvosa do dia nove de maio daquele ano, quando, no Maracanã, o time de São Januário conseguiu se manter entre os candidatos ao título, ao vencer o Botafogo por 2 a 1.
 
Aquele foi o dia em que Dinamite fez o gol mais belo da sua carreira. A vitória foi na raça. O Botafogo abriu o placar com Ademir, no primeiro tempo, e ainda contava com a muralha Wendel.
 
Mas os dois jogadores do Botafogo acabariam cedendo empate do time cruz-maltino. Aos 17 minutos, Ademir atrasou para Wendel, Roberto roubou a bola e chutou forte com o pé esquerdo, igualando a partida.
 
No segundo tempo, o goleiro adversário ainda se destacava, quando Dinamite apareceu no último minuto. Zanata cruzou do lado direito para Roberto. Ele matou no peito e, antes da bola tocar no chão, deu um lençol em Osmar, bateu com o pé direito, de voleio, no ângulo e garantiu a vitória. Este gol de Roberto acabou se transformando numa espécie de marca do artilheiro.

FICHA TÉCNICA DO JOGO:
Data: 10 de junho de 1976
Local: Estádio do Maracanã
 
VASCO: Mazaropi; Gaúcho, Abel, René e Marco Antônio; Zé Mário e Zanata; Fumanchu, Dé, Roberto Dinamite e Luís Carlos. Técnico: Paulo Emílio.
 
BOTAFOGO:  Wendel; Miranda, Nelson, Osmar e Marinho Chagas; Luisinho e Ademir; Mazinho, Mendonça, Manfrini e Mário Sérgio. Técnico: Telê Santana.
(Paulo Emílio diz que jamais se esquecerá do célebre gol de Roberto Dinamite, em Wendel. Ele era o técnico do Vasco e Telê Santana o treinador do Botafogo.
 
O texto e a foto acima são reprodução do artigo do tradicional e ótimo "Jornal dos Sports").

Foto: Marcos Júnior/Portal TT
 
Abaixo, o e-mail enviado por Paulo Emílio a Milton Neves, em 19 de agosto de 2011
Caro Milton Neves:
 
Estou residindo aqui em São José dos Campos-SP.
 
Gostaria de acrescentar ao link que fala da minha carreira, o gol de placa do Rivellino (o famoso elástico em cima do Alcir) no jogo em que Fluminense venceu o Vasco com este gol, no domingo dia 1º de junho de 1975, no Maracanã, em que eu, Paulo Emílio, era o treinador do Fluminense.
 
Outro aspecto importante é sobre a seleção universitária de 1960 que você publicou a foto dela no seu site, mas não deu os dados que passo abaixo, era um super time, venceu diversos clubes importantes do Rio, inclusive consta um empate de 1x1 contra seleção olimpica do Brasil. A maioria dos jogadores jagavam em clubes importantes do rio à época, inclusive o Amaro que jogou na seleção brasileira 1961.
 
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