Oldair

Ex-lateral do Flu, Vasco e Galo
por Milton Neves e Rogério Micheletti
 
Chamado de "capitão" por muitos atleticanos, Oldair Barchi, o ex-lateral-esquerdo Oldair, campeão brasileiro em 1971, trabalhava como empresário no ramo de confecções em Belo Horizonte (MG), ao lado de sua esposa, após se aposentar do futebol.
 
Porém, sofrendo com um cãncer no pulmão, Oldair ficou internado mais de um mês antes de morrer na noite do dia 31 de outubro de 2014.

Nascido no dia 1º de julho de 1939, em São Paulo (SP), Oldair começou a carreira de jogador no Palmeiras e depois defendeu o Fluminense e o Vasco da Gama.

Em 1966, ele chegou a ser convocado para a seleção brasileira, mas não teve chance de participar da Copa do Mundo da Inglaterra.

Oldair foi um dos 47 jogadores convocados, pelo técnico Vicente Feola, para o período de treinamento que visava conquistar a Copa da Inglaterra e, consequentemente, o tricampeonato mundial de futebol. Infelizmente deu tudo errado.

Os 47 jogadores convocados, devido a forte pressão dos dirigentes dos clubes, para o período de treinamento em Serra Negra-SP e Caxambu-MG como preparação para a Copa de 66, na Inglaterra, foram: Fábio - São Paulo, Gylmar - Santos, Manga - Botafogo, Ubirajara Mota - Bangu e Valdir - Palmeiras (goleiros); Carlos Alberto Torres - Santos, Djalma Santos - Palmeiras, Fidélis - Bangu, Murilo - Flamengo, Édson Cegonha - Corinthians, Paulo Henrique - Flamengo e Rildo - Botafogo (laterais); Altair - Fluminense, Bellini - São Paulo, Brito - Vasco, Ditão - Flamengo, Djalma Dias - Palmeiras, Fontana - Vasco, Leônidas - América/RJ, Orlando Peçanha - Santos e Roberto Dias - São Paulo (zagueiros); Denílson - Fluminense, Dino Sani - Corinthians, Dudu - Palmeiras, Edu - Santos, Fefeu - São Paulo, Gérson - Botafogo, Lima - Santos, Oldair - Vasco e Zito - Santos (apoiadores); Alcindo - Grêmio, Amarildo - Milan, Célio - Vasco, Flávio - Corinthians, Garrincha - Corinthians, Ivair - Portuguesa de Desportos, Jair da Costa - Inter de Milão, Jairzinho - Botafogo, Nado-Náutico, Parada - Botafogo, Paraná - São Paulo, Paulo Borges - Bangu, Pelé - Santos, Servílio - Palmeiras, Rinaldo - Palmeiras, Silva - Flamengo e Tostão - Cruzeiro (atacantes).

Dos 47 convocados por Vicente Feola, para esse infeliz período de treinamentos, acabaram viajando para a Inglaterra os seguintes 22 "sobreviventes": Gylmar e Manga (goleiros); Djalma Santos, Fidélis, Paulo Henrique e Rildo (laterais); Bellini, Altair, Brito e Orlando Peçanha (zagueiros); Denílson, Lima, Gérson e Zito (apoiadores); Garrincha, Edu, Alcindo, Pelé, Jairzinho, Silva, Tostão e Paraná (atacantes).

Dois anos depois, numa troca que envolveu Bougleux, o lateral foi defender o Atlético Mineiro, clube pelo qual se destacou pela garra e também pela facilidade que tinha de atuar em várias posições.

"Eu era lateral, mas jogava na frente, atrás. Joguei em quase todas as posições. Acho que só não atuei como goleiro. Era chamado de polivalente", lembra Oldair.

Em 1973, Oldair deixou o Galo para defender o Ceub, de Brasília (DF), e encerrou a carreira jogando pelo Esab da Cidade Industrial, um time extinto da Grande Belo Horizonte, onde também jogou Evaldo, ex-Cruzeiro.

No Rio, até hoje Oldair também é lembrado por ter sido um dos algozes de Garrincha em suas épocas de lateral-esquerdo do Fluminense e do Vasco. "Jordan, Coronel e Oldair bateram muito no Mané", diz o repórter carioca da Jovem Pan, Israel Gimpel.

Irmão de Oldack, ex-Olaria e Santos, e Walter Tucano Barchi, famoso motociclista, Oldair marcou época mesmo como jogador do Galo. E a torcida mais vibrante do mundo, a Galoucura, jamais se esquecerá de Renato, Humberto Monteiro, Grapete, Vantuir, Oldair, Vanderlei Paiva, Humberto Ramos, Lola, Tião, Dario, Telê Santana e etc.
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