Na CBN Tocantins, a Rádio Araguaia

Chico Santo, bastidores do jornalismo
Paula Vares Valentim
jornalista responsável
Em 2007, oficialmente, a CBN Tocantins ainda não havia saído do papel quando o jornalista Chico Santo desembarcou em Palmas para começar o Projeto Tocantins. Dentro da Rádio Araguaia que, no estado, levava o codinome Globo através da Organização Jaime Câmara, participou do momento que antecedeu a transformação do que veio a ser posteriormente a Central Brasileira de Notícias no estado mais novo do país. "Fui para o Tocantins como repórter da TV Anhanguera, afiliada da TV Globo na região. No mesmo tempo recebi o convite do diretor de jornalismo, Rogério Silva, para atuar, também, como o responsável pelo conteúdo jornalístico da Rádio Araguaia, que já estava neste processo de mudança. Basicamente, minha função era coordenar a informação transmitida no estado pela Rádio Araguaia.? Trabalho que, ao acaso, acabou lhe rendendo problemas no departamento de televisão. "A TV Anhanguera sempre foi o principal veículo da casa. É o que atinge um público maior e, evidentemente, possui um retorno de mídia muito mais abrangente. Então, quando comecei a dar em primeira mão as notícias na rádio, logo fui chamado no canto e cobrado por isso. Mas eu considerava tão natural aquilo, tão básico que jamais pensei que eu iria furar com a Rádio Araguaia, hoje, CBN Tocantins, a TV Anhanguera. Foi uma situação curiosa, mas que ao mesmo tempo mostrava como eu me importava com o trabalho da rádio.
 Entre os anos de 2007 e 2008, o jornalista entrou para a história do Tocantins como o primeiro repórter a enviar informações do exterior para a emissora. "O Rogério, um grande amigo que fiz na profissão sempre me questionou como eu conseguia trabalhar tanto. Na realidade, assumi muitas funções e todas ao mesmo tempo durante o Projeto Tocantins. Então, simultaneamente com os trabalhos de reportagem da TV Anhanguera e edição de notícias da Araguaia, assinei como correspondente do Terra e produtor dos campeonatos Brasileiros de Triathon e Jet Ski, veiculados, de forma independente, pela SporTV. Se não bastasse isso, pelo Terceiro Tempo, continuei a cobrir os jogos da Seleção Brasileira em amistosos e partidas oficiais. Em síntese, eu não dormia. Acumulava horas no banco e pelo menos uma vez por semana viajava pelo mundo para desenvolver os demais compromissos que tinha. Assim, cobrindo a Seleção Brasileira de Futebol em 2007, no Paraguai, durante as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, assinei direto de Assunção, os boletins com informações que eram repassadas do estúdio em Palmas para as demais cidades do Tocantins. Lutei muito para que as transmissões ao vivo também fizessem parte da grade de programação da Araguaia FM. Mas, naquele momento, o embrião jamais saiu do papel. De qualquer forma, foi um momento interessante.
Em Belo Horizonte, nos bastidores da partida entre Brasil e Argentina, no Estádio do Mineirão, o repórter reencontrou a turma de velhos conhecidos. "O Choquito apareceu no centro de imprensa e ao me ver trabalhando lá disse que tinha certeza que eu venceria na profissão. Tive a oportunidade de trabalhar com ele na Rádio Jovem Pan AM, em São Paulo, assim que voltei de Fortaleza, onde cobri o meu primeiro jogo ao lado da Seleção Brasileira, com a TV Globo-RJ, em 2002. Foi legal reencontrá-lo na estrada. Por lá também estavam os repórteres Fredy Júnior e Luis Carlos Quartarollo. O Quartarollo eu estava mais acostumado a ver, junto com o Márcio Spimpolo, Felipe Motta e às vezes o Fábio Seródio, que às vezes viajavam pelo exterior. Na realidade, me lembro de ter estado com o Quartarollo em Santiago do Chile, com o Fábio Seródio no Paraguai e o Spímpolo em Rosário Central, na Argentina. O Felipe Motta, que também era da turma que fiz parte nos anos de 2002 e 2003, coincidentemente, encontrei na abertura da Copa das Confederações de 2009 e Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Mundo pequeno quando se tem  passaporte aberto?.
O principal trabalho de Chico Santo, no entanto, aconteceu durante a cobertura das eleições municipais de 2008. "Foi, na verdade, o trabalho de despedida. Eu já havia feito o meu desligamento da TV Anhanguera e a Rádio Araguaia também estava fora dos planos do que eu queria para o meu futuro, diante das oportunidades internacionais que surgiram com o Terra e o Jornal do Brasil. Entretanto, foi uma maneira de me despedir do estado em grande estilo, em virtude da responsabilidade que envolve um trabalho de cobertura eleitoral. Então, aquela apuração marcou o fim do Projeto Tocantins. Saí de lá direto para San Cristóbal, onde a Seleção Brasileira goleou a Venezuela. Depois finalizei o giro completo pela América do Sul e atingi a marca de mais de 40 países no meu passaporte.?
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