Por Roberto Gozzi
Asaléa de Campos Fornero Medina, mais conhecida como Léa Campos, é a primeira árbitra de futebol do mundo.
Em 2015, Léa seguia morando em Nova York, nos Estados Unidos da América, com seu marido Luis Medina.
Léa nasceu em Abaetá-MG, em 1945, mas foi criada em Belo Horizonte. A filha de Jairo e Isabel sempre foi apaixonada por esportes.
Aos 10 anos de idade, Léa enviou uma carta ao presidente Juscelino Kubitschek, pedindo uma bolsa de estudos, a garota foi atendida e o comandante do país tirou dinheiro do próprio bolso para ajudar a estudante.
Em 1961, quando Juscelino Kubitschek deixou a presidência do Brasil, Léa perdeu a bolsa de estudos e precisou parar de estudar, por pouco tempo, pois logo venceu um concurso voltado para a vida de John Kennedy, ex-presidente dos Estados Unidos, e foi coroada com um prêmio acadêmico.
Léa se envolveu com o esporte desde cedo e em 1971 e 72 trabalhou como jornalista nas rádios Mulher e Nacional de Brasília.
Ainda na década de 1970, já formada como jornalista, Léa cursou Educação física (em 1967 ela realizou um curdo de arbitragem da Federação Mineira de Futebol), mas não pôde trabalhar como árbitra, pois o então presidente da CBD João Havelange, dizia que a estrutura óssea da mulher era menor que a do homem. Leá fez os exames e provou o contrario.
Em 1969, o então presidente do Brasil, o general Emílio Garrastazu Médici escreveu uma carta de próprio punho a João Havelange, validando o diploma da jovem árbitra.
Sua primeira experiência foi no México, apitando um jogo entre Itália x Uruguai. Na ocasião, tocaram o hino do Brasil em sua homenagem.
Apaixonada pelo Cruzeiro, Léa sempre pediu para não apitar jogos do seu time de coração.
Em 1974, próximo a três Corações-MG, a árbitra sofreu um acidente de ônibus e teve que encerrar a carreira, no dia da fatalidade, recebeu a visita de Eusébio, o melhor jogador português da época.
Léa ficou muito tempo internada, quase perdeu a perna esquerda e levou 10 anos para se recuperar totalmente.
Em 1993, Léa foi morar nos Estados Unidos da América com seu marido Luis Medina. Em Nova York, a brasileira trabalhou como banqueteira, fazendo salgados, doces e drinks.
Em 2013, Léa venceu um câncer de mama. A ex-árbitra é pouco conhecida no Brasil, mas foi pioneira na arbitragem, já apitou na Europa, América Latina e em todo o Brasil, menos em jogos do cruzeiro.
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