Ricardo Garrido escreveu um texto falando sobre Júlio Gago, cujo posto de gasolina que tinha era vizinho ao local de trabalho de seu pai. O primeiro jogo que Ricardo foi assisitir, do Corinthians, em 1984, foi em companhia de seu pai e de Júlio Gago. Na ocasião, Ricardo não sabia que Júlio Gago havia jogado pelo Corinthians, daí a emoção retratada no texto.
Abaixo, na íntegra, o texto de Ricardo Garrido sobre o primeiro jogo que assistiu do Corinthians
Olha como a vida sempre nos surpreende:
Fui ao Pacaembu pra ver o Corinthians pela primeira vez em 1984. Lembro de cada detalhe, do Mentex e do chocolate que comi, das cadeiras numeradas azuis (meu pai escolheu irmos de numerada por receio de levar uma criança ao estádio; na semana seguinte, já estávamos no cimentão com a Fiel). Acompanhava-nos o Seu Júlio, um coroa que era dono do posto de gasolina vizinho ao trabalho do meu pai. Um cara bacana, modesto, piadista, que sempre me tratou com atenção e interesse, especialmente quando eu começava a disputar com ele quem sabia mais das escalações, títulos e resultados do Corinthians na década de 50 (Baltazar, Luizinho, Cláudio, o ataque dos 100 gols, campeão do IV Centenário etc).
Pois bem: ontem, meados de fevereiro de 2016!, estou no telefone com meu pai e ele me pergunta, "lembra do Seu Julio, do posto?" - e me informa de que ele fora jogador do Corinthians na década de 50, reserva do Roberto Belangero, e que tinha acabado de aparecer num daqueles quadros "que fim levou?", do Milton Neves.
O pior é que me lembro claramente de, sei lá, aos 8 ou 9 anos, estar folheando um livro lindo e cheio de fotos sobre o Corinthians (publicado em 1955 - lembro claramente porque sonho com aquele livro), quando meu pai falou "sabia que o Julio jogou no Corinthians?" Eu, claro, não acreditei, achei que era brincadeira e continuei folheando, sob o olhar do cara. Ninguem jamais voltou a tocar no assunto.
Mas é isso aí: descubro, assim, que fui ao estádio pela primeira vez acompanhado por um legítimo jogador do Corinthians.
Mais uma peça do quebra-cabeças. #vaicorinthians
(Aproveitando para mandar um abraço póstumo para o volante Júlio Gago, um abraço vivíssimo para meu pai e um agradecimento ao Milton Neves por manter há décadas esse quadro / momento que relembra personagens do passado do futebol.)
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