Jenson Button

Campeão Mundial de F1
por Marcos Júnior Micheletti
 
O inglês Jenson Button, campeão mundial de Fórmula 1 em 2009 pela Brawn GP-Mercedes, aposentou-se da F1 ao término da temporada de 2016, ano em que competiu pela McLaren-Honda. Desde 2021 ele é dono de uma equipe na categoria Extreme E, de rali elétrico, a JBXE, e também pilota pelo time de sua propriedade.
 
Ele começou no automobilismo aos oito anos de idade, incentivado por seu pai, Joh Button, ex-piloto de rally-cross, que acompanha o filho em toda a sua carreira.
 
Button nasceu no dia 19 de janeiro de 1980, e seu primeiro título foi conseguido aos 11 anos de idade, ocasião em que venceu o British Cadet Kart Championship.
 
Depois, já em carros de competição, em 1998, foi campeão da Fórmula Ford Britânica, passando à Fórmula 3 Britânica no ano seguinte, fechando a temporada em terceiro lugar.
 
Mesmo sem o título, suas duas vitórias e outras ótimas atuações, renderam o convite para disputar uma vaga pela equipe Williams-BMW com o brasileiro Bruno Junqueira.
 
Button foi o escolhido de Frank Williams e formou dupla com o alemão Ralph Schumacher na equipe inglesa de Grove para a temporada de 2000, terminando o ano na oitava colocação, pontuando logo em seu segundo GP, o do Brasil, em Interlagos.
 
Assinou contrato com a Benetton para a temporada de 2001, ano em que o time chefiado por Flávio Briatore estava em fase decadente, fato evidenciado pelo desempenho de Button, que conseguiu apenas dois pontos, com o quinto lugar no GP da Alemanha (apenas os seis primeiros pontuavam).
 
Ao final de 2001 a Benetton foi vendida para a Renault, fornecedora de motores da equipe, e Jenson permaneceu no time para o ano seguinte, onde os resultados foram melhores, levando o inglês ao sétimo lugar no campeonato, mas, ainda assim, sem conseguir subir pela primeira vez ao pódio na F1.
 
Em seguida, entre 2003 e 2005, foram três anos consecutivos pela extinta BAR, fazendo em 2004 sua melhor temporada até então, quando terminou o campeonato em terceiro lugar, atrás do campeão Schumacher e do vice Barrichello. Foram nove pódios em 16 corridas, sendo o primeiro deles no GP da Malásia (terceiro colocado) e não pontuou em apenas quatro corridas.
 
Assim como aconteceu com a Benetton, que foi comprada pela fornecedora de motores Renault, a BAR também foi vendida para a Honda, que igualmente impulsionava a equipe patrocinada pelos cigarros Lucky Strike.
 
Com isso, Button permaneceu na estrutura a qual estava acostumado, na agora equipe Honda, onde finalmente alcançou sua primeira vitória, no dia 6 de agosto de 2006, no GP da Hungria, no travado circuito de Hungaroring.
 
Permaneceu na equipe japonesa nos dois anos seguintes (2007 e 2008), sem conseguir repetir o mesmo desempenho (foi 15º e 18º colocado, respectivamente).
 
Nos três anos de atividade da Honda na F1, entre 2006 e 2008, Button teve Rubens Barrichello como companheiro de equipe, por sinal, o mesmo que dividiu com ele as atenções da vitoriosa equipe Brawn GP Mercedes em 2009, seu melhor ano na Fórmula 1.
 
Button, curiosamente, viveu a mesma situação na Honda que havia passado na Benetton e BAR, pois a escuderia japonesa decidiu encerrar suas atividades na Fórmula 1.
Mas Ross Brawn, chefe da Honda na ocasião, já estava com o carro praticamente pronto para a temporada de 2009 e fez uma oferta para comprar a equipe para disputar o Mundial daquele ano.
 
Mas Ross Brawn tinha um grande problema, pois a Honda não continuaria fornecendo motores para a F1, o que levou Ross a buscar uma parceria com a Mercedes, que acabou mostrando-se a melhor escolha para a então recém-nascida equipe Brawn GP.
 
Button tinha contrato com a Honda por mais um ano, o que levou Ross Brawn a sequer cogitar um nome para seu lugar. A outra vaga, então de Barrichello, que não tinha mais vínculo com a equipe, acabou sendo definida após o negócio ser fechado entre a Honda e Ross Brawn.
 
Vale lembrar que a Honda havia feito alguns testes entre os brasileiros Bruno Senna e Lucas di Grassi pela vaga, antes de decidir sua saída da F1. Mas assim que o carro da Brawn foi lançado, a opção foi por Rubens Barrichello, que, logo em suas primeiras voltas com o novo carro (treinos na Catalunya) percebeu que teria nas mãos um carro em condições de lutar pelo título, assim como Button.
 
Logo na estreia, Button e Barrichello partiram da primeira fila e fizeram a dobradinha na corrida. A Brawn GP foi a campeã entre os construtores, com duas vitórias de Barrichello e seis de Button, que foi o campeão da temporada. Vettel foi o vice e Barrichello terminou em terceiro.
 
O principal trunfo do carro foi o difusor traseiro, contestado por diversas equipes mas devidamente aprovado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo).
 
Mais uma vez, ao final de 2009, a equipe pela qual Button competia foi vendida, mas dessa vez o inglês não permaneceu no time adquirido pela Mercedes, que além de fornecedora de motores passou a ter seus próprios carros.
 
Jenson assinou contrato com a McLaren para a temporada de 2010, onde permanece até hoje. Desde então, Button venceu oito corridas pela McLaren (duas em 2010, três em 2011 e três em 2012, incluindo a prova que encerrou a temporada, no Brasil, em Interlagos).
 
Pela McLaren, onde Lewis Hamilton foi seu companheiro de equipe entre 2010 e 2012, teve seu melhor ano em 2011, quando foi vice-campeão.
 
Em 2013, com a saída de Hamilton para a Mercedes, o mexicano Sergio Pérez foi o companheiro de Button na McLaren.
 
Em 11 de dezembro de 2014, após especulações de que poderia deixar a F1, Button foi confirmado para formar a dupla da McLaren-Honda em 2015 com o espanhol Fernando Alonso, de saída da Ferrari. A dupla foi mantida pela McLaren para a temporada de 2016.
 
Em 3 de setembro de 2016 anunciou que não disputaria o Mundial de 2017.
 
Em 12 de abril de 2017 foi anunciado como substituto de Fernando Alonso para disputar o GP de Mônaco, em 28 de maio do mesmo ano, uma vez que o espanhol firmou compromisso para correr as 500 Milhas de Indianápolis no mesmo dia que a prova no Principado.
 
Em 3 de dezembro de 2017 anunciou que disputaria em 2018 a temporada da Super GT Series no Japão, pela equipe Honda.
 
Em 27 de abril de 2018 foi confirmado para disputar o WEC (Campeonato Mundial de Endurance) pela equipe russa SMP, na categoria principal do certame, a LMP1.
 
Reconhecidamente um piloto entre os mais técnicos, sua tocada suave sempre foi sua principal característica, fator determinante para economizar mais pneus que seus principais oponentes.
 
É casado com a modelo e atriz japonesa Jessica Michibata desde 2014.
 
Em julho de 2019 guiou o BGP 001, carro da Brawn-GP com o qual conquistou seu único título na Fórmula 1, em 2008. Ele deu algumas voltas no circuito de Silverstone, acompanhado de Ross Brawn, seu chefe de equipe em 2008 e proprietário do carro.
 
VEJA COMO FOI BUTTON A BORDO DA BRAWN-GP MERCEDES EM 2019, EM SILVERSTONE

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Na Fórmula 1:

Venceu 15 GPs, sendo um pela Honda, seis pela Brawn GP-Mercedes e oito pela McLaren Mercedes.

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