Gilmar Rinaldi

Ex-goleiro do Inter, São Paulo e Flamengo
por Rogério Micheletti

Goleiro reserva de Taffarel na seleção tetracampeã mundial em 1994, Gilmar Luis Rinaldi, o Gilmar tornou-se dirigente de futebol.
 
Em 17 de julho de 2014 foi anunciado como coordenador geral da seleção brasileira, após a demissão de Carlos Alberto Parreira.
 
Assim como é técnico Dunga, Gilmar foi demitido da seleção no dia 14 de junho de 2016, após o Brasil cair na fase de grupos da Copa América Centenário.
 
Gaúcho de Erexim, onde nasceu no dia 13 de janeiro de 1959, Gilmar começou a carreira profissional no Sport Club Internacional. Fez parte do elenco colorado campeão estadual em 1981, 1982, 1983 e 1984.
 
Em 1985, ele foi contratado pelo São Paulo, que desde a saída de Waldir Peres, em 1983, não conseguia efetivar um arqueiro como titular. Abelha e Barbirotto foram algumas tentativas do Tricolor, na época.
 
Gilmar consolidou a fama de sortudo no Morumbi. Logo em seu primeiro ano de clube, o São Paulo foi campeão paulista. A final foi contra a Portuguesa, no Morumbi, e o São Paulo venceu por 2 a 1. Gilmar por pouco não tomou um gol do meio de campo de Edu Marangon, mas a bola bateu no travessão, duas vezes.
 
No ano seguinte, Gilmar ajudou o São Paulo, dirigido pelo técnico Pepe, a ser campeão brasileiro. O último jogo do nacional aconteceu no Brinco de Ouro da Princesa, contra o Guarani, e o São Paulo, nos pênaltis, bateu o alviverde campineiro.
 
Em 1987, novamente dirigido por Cilinho (também técnico em 85), o São Paulo faturou o Paulistão. A vítima da final foi o Corinthians. No primeiro jogo, o Tricolor venceu por 2 a 1 (gols de Edivaldo e Lê) e no segundo jogo segurou o empate sem gols.
 
Antes de deixar o clube em 90, ano que perdeu a condição de titular para Zetti, Gilmar Rinaldi conquistou seu terceiro título paulista pelo Tricolor. A final de 89 foi contra o São José.
 
Gilmar defendeu a meta tricolor de 1985 a 1990 e nesse período, atuou em 253 partidas obtendo 113 vitórias, 96 empates e 44 derrotas (números do "Almanaque do São Paulo", de Alexandre da Costa).
Pelo Flamengo, onde jogou de 1991 a 1994, ao lado de Júnior, Gilmar Rinaldi foi um dos líderes da equipe rubro-negra campeã carioca de 91 e campeã brasileira de 1992. Foram 231 jogos com a camisa do time da Gávea obtendo 112 vitórias, 68 empates e 51 derrotas (números do "Almanaque do Flamengo", de Roberto Assaf e Clóvis Martins).
 
Em 1994, ele foi convocado por Carlos Alberto Parreira para defender a seleção brasileira na Copa do Mundo dos Estados Unidos. Gilmar era o terceiro goleiro da seleção. Taffarel era o titular e o são-paulino Zetti, o segundo arqueiro. Pela seleção, Gilmar disputou nove partidas oficiais. Foram sete vitórias, um empate e uma derrota, segundo mostra o livro "Seleção Brasileira 90 anos", de Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf.
 
Gilmar deixou a Gávea em 1995 para defender o Cerezo Osaka, do Japão, onde encerrou sua vitoriosa carreira de jogador.

No dia 30 de abril de 2013,  Edson Ap. Liberti enviou o texto abaixo sobre o goleiro Gylmar dos Santos Neves

Gilmar à sombra de Gylmar
A festa era dos campeões. Mundiais de futebol. E lá estavam eles; chegavam aos poucos, taciturnos; um pouco incomodados com o assédio. Compreensível, pois para a maioria deles, desde há muito os holofotes e flashes já não mais os iluminavam. Exibiam em seus corpos as marcas indeléveis esculpidas pelo tempo, e ao se depararem com um dos seus, logo se descontraiam e externavam em seus sorrisos, a alma de crianças felizes com aquele encontro.
 Mágico. Juntavam-se em pequenos grupos, e mesmo sem ouvir-lhes as conversas, não era difícil imaginar o teor: a bola rolando na memória de um passado longínquo daqueles que o destino se incumbiu de transformar em heróis; mitos nacionais autênticos.
Certamente reconstruíam jogadas fantásticas de um Pepe, Clodoaldo ou Coutinho; dribles desconcertantes de um Rivelino, Edu ou de um tal Pelé; desarmes e passes precisos de um Dino Sani, Zito, Mengálvio ou Cafú; defesas magistrais de um Ado, Zetti, Gilmar Rinaldi e do nosso goleiro maior ? Gylmar ? sim, aquele com "y?.
Não, não foi possível encontrá-lo junto aos da sua casta; a doença implacável o privou de tão sublime convívio. Embora muitas fotos estampadas em painéis naquele local de congraçamento o exibissem em sua fase áurea, ele ali estava vivo somente em meu pensamento, guardado no fundo do meu coração de menino a reverenciar o eterno ídolo. Sentia-me feliz por tê-lo; triste por não vê-lo tomando parte na festa que também era dele.
E foi assim que, na ânsia de trazê-lo à lembrança de todos, para que de alguma forma fosse digna e justamente eternizado naquela tarde inesquecível, foi feita a foto de Gilmar Rinaldi sob as bênçãos de Gylmar dos Santos Neves...
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Pelo São Paulo:

Atuou em 253 jogos, sendo 113 vitórias, 96 empates e 44 derrotas.
Fonte: Almanaque do São Paulo, de Alexandre da Costa

Pelo Flamengo:

Atuou em 231 jogos, sendo 112 vitórias, 68 empates e 51 derrotas.
Fonte: lmanaque do Flamengo, de Roberto Assaf e Clóvis Martins.

Pela Seleção Brasileira:

Atuou em nove jogos, sendo sete vitórias, um empate e uma derrota.
Fonte: "Seleção Brasileira 90 anos", de Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf.

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