Fernando Carazo

Ex-meia do Palestra Itália
por Diogo Miloni

No futebol, para ser ídolo de uma torcida não é preciso falar a mesma língua de seus fãs, basta ser identificado com as cores que defende. Assim aconteceu com Fernando Carazo Castro, espanhol de La Coruña, nascido em 1904, que fez sucesso com a camisa do Cruzeiro em três décadas diferentes.  Faleceu aos 82  anos, exercendo a profissão de carpinteiro na cidade de Belo Horizonte.
Em meados de 1907, a família de Fernando deixou o Velho Continente e trocou a La Coruña por São Paulo, onde o garoto começaria sua carreira no futebol. Em 1927, foi aceito pelo Palestra Itália paulista, que anos depois se transformaria em Palmeiras. Uma temporada depois, foi convidado para jogar no outro Palestra Itália, o de Minas Gerais, que mudaria de nome para Cruzeiro anos mais tarde.
Como a atividade de futebolista não era profissionalizada, o grande atrativo na mudança estava na promessa de emprego como carpinteiro. Fernando Carazo não titubeou e foi para Belo Horizonte. No clube de origem itálica, o jovem espanhol encontrou outros bons valores, como Nininho, Piorra, Ninão e Bengala. Juntos, formaram a equipe que ficou conhecida como "time poesia?, pela maneira leve como jogavam.
No Palestra Itália, Fernando Carazo venceu o tricampeonato estadual em 1928, 1929 e 1930. Teve outras passagens em 1937 e entre 1940 e 1942. Fez o total de 133 partidas oficiais e a incrível marca de 44 gols, sendo o segundo maior goleador estrangeiro da história do clube, só atrás do argentino Montillo.
Foto: Reprodução/Revista do Cruzeiro
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