Dida

Ex-goleiro do Corinthians, Milan-ITA e Seleção

por Tufano Silva

Nelson de Jesus da Silva, o goleiro Dida, um dos melhores defensores de pênalti de todos os tempos. 

Em 26 de dezembro de 2013, o Internacional anunciou que chegou a um acordo contratual com o goleiro pelos próximos dois anos. Encerrou sua carreira em 2015, pelo mesmo Inter.

Em 04 de agosto de 2019 foi anunciado como preparador de goleiros do Milan (Itália), para trabalhar com os garotos da categoria sub-17.

Nascido em 7 de outubro de 1973, na cidade de Irará, na Bahia, Dida começou sua carreira com apenas 17 anos, nas categorias de base do ASA, de Alagoas. No ano seguinte, ainda no sub-20, foi transferido para o Cruzeiro, também de Alagoas, no qual permaneceu até 1992.

Na metade desta temporada, o goleiro retornou ao seu estado natal, para jogar no profissional do Esporte Clube Vitória. No clube baiano, foi campeão estadual em 92, e em 93, foi um dos destaques do time vice-campeão do Campeonato Brasileiro, perdendo a final para o Palmeiras.

O sucesso no Vitória acabou chamando a atenção de outros times, e o promissor goleiro foi transferido para o Cruzeiro em 1994. Na temporada de estreia, confirmou sua fama de pé-quente e a Raposa foi campeã estadual, vencendo o Atlético-MG na decisão.

No ano seguinte, além de conquistar a Copa Ouro e a Copa Master da Supercopa com o time mineiro, Dida foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira, para disputar a Copa América. Participou das vitórias sobre o Equador, por 1 a 0, e Peru, por 2 a 0.

Ainda no Cruzeiro, Dida conquistou quatro vezes o Campeonato Mineiro, em 94, 96, 97 e 98, uma Copa do Brasil, em 96, e uma Libertadores da América, em 97. No final de 98, foi transferido para o Lugano, da Suíça, onde não chegou a disputar partidas oficiais.

Nesta temporada, porém, foi para a Copa do Mundo da França. Dida era a terceira opção de Zagallo para o gol, enquanto Taffarel era o titular e Carlos Germano o reserva.

Em 1999 chegou ao Corinthians, que não contava com um grande goleiro desde a saída de Ronaldo Giovannelli. Logo em seu primeiro ano no Parque São Jorge, foi decisivo para o tricampeonato brasileiro do Timão, principalmente na semifinal, contra o São Paulo, quando defendeu dois pênaltis batidos por Raí.

No início do ano 2000, faturou o Mundial de Clubes da FIFA com o Corinthians, e na janela europeia, foi negociado com o Milan. Voltou por empréstimo para o Timão na temporada seguinte, quando faturou a Copa do Brasil e o Torneio Rio-São Paulo, ambos em 2002.

Neste mesmo ano, foi o reserva de Marcos no gol da Seleção Brasileira pentacampeã do mundo, na Copa da Coreia do Sul e Japão. Após o Mundial, voltou para a Itália, desta vez, para se firmar como titular do Milan.

Ficou no time italiano até 2010, conquistando por lá o Campeonato Italiano da temporada 2003/04, a Super Copa Européia de 2003 e 2007, a Liga dos Campeões de 2002/03 e 2006/07, e o Mundial de Clubes da FIFA no final da temporada de 2007.

Foi o goleiro titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2006, no Alemanha, na qual o Brasil foi eliminado pela França nas quartas-de-final da competição.

 Foi anunciado em 24 de marco de 2012 como reforço do time da Portuguesa para aquela temporada, após dois anos afastado do futebol. 

Na temporada seguinte, acertou sua ida para o Grêmio, onde voltaria a atuar com o treinador Vanderlei Luxemburgo. 

"Briga" com Milton Neves

A seriedade sempre foi uma das características mais marcantes do goleiro. Tanto que no final de 2005, poucos meses antes da Copa de 2006, Milton Neves e Dida se encontraram no casamento do meia Kaká, em São Paulo-SP. O apresentador, que defendia em seus programas que Marcos ou Rogério Ceni deveria ser o arqueiro titular da Seleção Brasileira, até tentou puxar assunto com Dida.

Fez diversas perguntas para o goleiro: se ele estava bem, como que estava a vida na Itália, se o Brasil ganharia a Copa, entre outras. Dida sempre respondia monossilábico: "Sim", "Não", "É".

Até que Milton Neves questionou se o goleiro assistia aos seus programas. Dida, que já estava invocado, tanto com o fato de o jornalista não o defender na Seleção, quanto pela quantidade de perguntas, respondeu com um grito que assustou a todos os convidados: "NÃO!!!".

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