Dario Pereyra

Ex-zagueiro do São Paulo e do Palmeiras
por Rogério Micheletti
 
A adaptação de Alfonso Darío Pereyra não foi imediata. Mas quando o jogador uruguaio se firmou na equipe titular são-paulina, sendo recuado para atuar como quarto-zagueiro, tornou-se em um dos maiores beques da história do Tricolor do Morumbi.

Nascido no dia 19 de outubro de 1956, em Sauce, Uruguai, Darío Pereyra começou a carreira nas categorias de base do Nacional de Montevidéu. Na época, Darío jogava mais avançado, como um meia-esquerda, posição em que Pedro Rocha, outro uruguaio, tinha feito fama na equipe tricolor.

Darío chegou ao São Paulo em 1977 e logo em seu primeiro ano de futebol nacional conquistou um título importante: o Brasileirão (o São Paulo derrotou o Atlético Mineiro, nos pênaltis, por 3 a 2, no Mineirão).

Nove anos depois, em 86, Darío Pereyra voltava a levantar mais um Brasileirão. E mais uma vez de forma emocionante. Mais uma vez nos pênaltis. Depois de empate no tempo normal e prorrogação com o Guarani, no Brinco de Ouro, o São Paulo levou a melhor nas penalidades. Darío foi um dos jogadores que converteram para o Tricolor.

"Realmente é muito legal voltar a ser campeão brasileiro quase nove anos depois. E acho que nunca um outro jogador estrangeiro foi campeão brasileiro por duas vezes", falou Darío Pereyra, em entrevista ao repórter Flávio Prado, que era da TV Record, logo após o jogo.

Darío, que conquistou ainda no São Paulo quatro paulistas (1980, 1981, 1985 e 1987), ficou no clube do Morumbi até 1988. Deixou o futebol paulista e teve rápida passagem pelo Flamengo. Vestiu a camisa rubro-negra somente no Brasileirão de 1988.

Voltou ao futebol paulista em 1989, mas desta vez para defender o Palmeiras. Os problemas de relacionamento com Leão, na época técnico do alviverde, prejudicaram a permanência prolongada do uruguaio no Palestra Itália.

Antes de encerrar a carreira, um dos quarto-zagueiros mais técnicos que já passou pelo futebol brasileiro, jogou no futebol japonês. Lá, ele defendeu o Matshushita (atual Gamba Osaka), sendo campeão da Copa do Imperador em 1990.

Após pendurar as chuteiras, Darío Pereyra não conseguiu ficar muito tempo longe dos gramados. Ele começou a trabalhar como técnico nas categorias de base do São Paulo. Assumiu o time profissional em 1997, sendo vice-campeão paulista.

Em 1998 deixou o São Paulo e dirigiu o Coritiba. No ano seguinte, em 1999, obteve sua maior conquista como técnico: campeão mineiro pelo Atlético.

Darío dirigiu ainda o Guarani (2000), o Corinthians (2001), o Paysandu (em 2002 e 2003) e Grêmio (2003). Após algum tempo sem trabalhar em clubes de futebol, Darío Pereyra aceitou o convite para trabalhar de dirigente do Avaí (SC), em 2007.

Em 2003, o ex-beque são-paulino fez bela campanha no comando do Payssandu na Libertadores da América. A campanha foi tão exuberante, que a equipe paraense venceu o Boca Juniors, em pleno estádio da La Bombonera, por 1 a 0, gol de Iarley. No jogo de volta, o Papão da Curuzu perdeu para os Xeneizes por 4 a 2, em pleno Mangueirão e foi desclassificado da competição sul-americana.
 
Em novembro de 2011, Darío assumiu o comando técnico do Arapongas Esporte Clube, do Paraná, mesma equipe que revelou o atacante Borges, que brilhou nos times do São Paulo, Grêmio e Santos.
 
No início de 2019 foi convidado para trabalhar na Federação Paulista de Futebol. Deixou a função de comentarista que exercia, até então, no Terceiro Tempo da Band.

Pelo São Paulo:

Com a camisa são-paulina, Darío fez 451 jogos, sendo 222 vitórias, 127 empates e 102 derrotas. Marcou 38 gols.

Fonte: Almanaque do São Paulo, de Alexandre da Costa. Como técnico, comandou a equipe do Morumbi em 63 partidas, com 25 vitórias, 22 empates e 16 derrotas.

Pelo Flamengo:


Pelo clube rubro-negro, ele atuou apenas em 12 jogos, sendo quatro vitórias, seis empates e quatro derrotas.

Fonte:  Almanaque do Flamengo, de Roberto Assaf e Clóvis Martins. J

Pelo Palmeiras:

Atuou em  32 partidas, sendo 11 vitórias, 14 empates e sete derrotas. Marcou um gol.
Fonte: Almanaque do Palmeiras, de Celso Dario Unzelte e Mario Sérgio Venditti.

Pelo Corinthians (como treinador):


Darío teve passagem relâmpago pelo Corinthians como treinador no início de 2001. Dirigiu a equipe alvinegra em só seis jogos, sendo uma vitória, dois empates e três derrotas). Foi substituído por Vanderlei Luxemburgo.

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