Carlos Alberto Salmazo

Presidente da Ferroviária-SP

por Marcos Júnior Micheletti

Carlos Alberto Salmazo foi eleito presidente da Associação Ferroviária de Esportes em 19 de julho de 2014. A razão social do clube atualmente é Ferroviária S/A.

Engenheiro civil de formação, atualmente executivo de negócios na área comecial de engenharia, Salmazo fez parte do conselho administrativo da Ferroviária nos anos que antecederam sua eleição como mandatário do clube de Araraquara.

À frente do clube, Carlos Alberto Salmazo contribuiu para sua recondução à elite do futebol paulista após 19 anos, exatamente no dia 18 de abril de 2015, quando a Ferroviária derrotou o Guaratinguetá por 1 a 0.

No dia 25 de abril de 2015, a redação do Portal Terceiro Tempo recebeu o seguinte e-mail de Carlos Salmazo, sobre a Ferroviária de Araraquara:

Sou Presidente da Ferroviária S/A, clube empresa originária da Associação Ferroviária de Esportes.

Meu contato se deve para relatar coisas desta instituição de tantas glorias e sucessos no passado e forte tradição no futebol paulista.

Não sou um profissional do futebol. Minha formação é executivo de negócios. Sou engenheiro civil e atuo na área comercial da engenharia.

Fiz parte do conselho de administração da Ferroviária S/A nos últimos anos. Até que na reunião do conselho, quando da eleição da nova diretoria no ano passado, meu nome foi consenso para a Presidência. Assumi, efetivamente, em Agosto de 2014.

Passei, então, junto a diretoria, elaborar um planejamento para a temporada de 2015.

Em outubro chegou o Professor Milton Mendes, profissional com formação de treinador na Europa. Demos a ele todas as condições que sua experiência exigia. Aparelhos de tecnologia avançada. Aperfeiçoamos o Departamento Medico com equipamentos e profissionais da fisioterapia e fisiologia, Comissão técnica com profissionais de formação apurada, inclusive com analistas de desempenhos, estrutura que poucos da nossa série possuem. Iniciamos a pré temporada preparados para desenvolver uma trabalho de vanguarda.

Paralelamente passamos fazer um trabalho junto a cidade, junto aos diversos setores da sociedade, de união,para resgatar a Feroviária, que sabíamos muito forte, porem adormecido pelos anos e anos de insucesso.

Nosso departamento de futebol juntamente com o Milton Mendes na montagem do elenco. Trabalho incessante de pesquisas, contatos, analises de imagens, contratações, etc.

Nosso departamento de Marketing criando e buscando apoio do empresariado.

O Presidente buscando apoios institucionais junto a Prefeitura, Câmara Municipal, Policia Militar, imprensa, formadores de opinião, etc. Visitei constantemente a FPF, ambiente, até então, estranho para mim. Fui muito bem recebido. Virei um habitue. O nome Ferroviária abre portas. Apenas explorei essa facilidade.

O que era dificuldade passou a ser um beneficio. Treinos na Arena da Fonte (o estádio é do município), utilização das instalações do CT do Pinheirinho, graças a parceria com o Poder Publico. Apoio incondicional do ex Prefeito Edinho Silva. Incrementação da parceria, já existente, com o Atlético Paranaense no intercambio de atletas.

Enfim, o que nos foi possível fazer, dentro das limitações do nosso orçamento, fizemos.

Claro, os méritos são da comissão técnica e elenco. Procuramos dar apenas retaguarda. O trabalho do Professor Milton, dentro e fora do gramado, inteligente, competente, disciplinador, organizado, trabalhador, amigo, parceiro. Os aletas entenderam a dinâmica do trabalho. O se via nos jogos era o espelho fiel dos treinamentos. Disciplina tática e técnica. Time aguerrido, não tinha bola perdida. Time de 28 jogadores, contusões, suspensões, não tinha reserva. Quem entrava estava preparado. Time de várias lideranças, 5 capitães que se alternavam.

O sucesso foi uma questão de tempo.

Agradeço as diretorias que me precederam, que consolidaram a S/A, muitas vezes colocando o próprio patrimônio em risco. Gente do bem. Que tinham como meta recolocar a Ferroviária nos trilhos. São vitoriosos também.

O futebol do interior precisa de seu espaço. Times coirmãos tradicionais precisam ressurgir a exemplo da Ferroviaria, Noroeste de Bauru, XV de Jau, América de Rio Preto, Comercial de Ribeirão, Portuguesa Santista, Juventos da capital, etc. Felizmente Botafogo de Ribeirão, XV de Piracicaba, São Bento de Sorocaba, já ressurgiram.

É do interior que nascem nossos craques, nos mais distantes rincões. Os exemplos são muitos.

Parabéns ao Milton Neves que não deixa essa tradição e força serem esquecidos. O interior muito deve ao seu incansável trabalho. Ouço e assisto seus programas. Sou um fiel ouvinte da Bandeirantes desde menino. Meus ouvidos foram acostumados com as vozes da Bandeirantes, Fiore Gigliote, Flavio Araújo, Mauro Pinheiro, Luiz Augusto Maltone, o nosso Enio Rodrigues, Roberto Silva, Joseval Peixoto, Alexandre Santos, José Paulo de Andrade, Salomão Esper e tantos outros. Ouço seus comentários e historias diariamente, logo cedinho, no Pulo do Gato. Nas manhas de domingo, no terceiro tempo da TV. Obrigado por levar o nome da Ferroviária ao Brasil inteiro. 

Forte e Fraterno abraço

Carlos Alberto Salmazo

Presidente Ferroviaria S/A

O foi indicado como finalista  do 37º Profissionais do Ano da Globo, categoria Mercado, interior sudeste.

Vídeo 1: 

Vídeo 2: 

Ele é carioca, vive em Portugal e ama a Ferroviária

Data: 13/02/2016 às 16:49 h 
Texto: Fernanda Helene 
Fotos: Fernanda Helene

Quem poderia imaginar que ao entrar numa barbearia no Rio de Janeiro para cortar o cabelo aos dez anos de idade, nasceria um torcedor apaixonado pela Ferroviária. Enquanto folheava a revista “O Cruzeiro”, publicação histórica, o então menino Antonio Carneiro Bélier viu uma reportagem que mudou a sua vida. 6 a 3 em cima do Botafogo de Ribeirão Preto. Um ataque fulminante de um time que ele nunca mais esqueceu. “Paulinho, Cardoso, Bazani, Gomes, Boquita”, destaca. O jogo que marcou em 1955 o primeiro acesso da Ferroviária à primeira divisão. Foi amor à primeira vista. Faz questão de lembrar também do centroavante Parada, aparentemente seu preferido, de Faustino, Tales, Dudu, Galhardo, Peixinho, ídolos inesquecíveis. E do timaço de 1959, que chegou ao 3º lugar do Paulista, lembrada como a melhor campanha na história da Ferroviária.

Desinteressado do futebol carioca, Bélier preferia as disputas paulistas. “No Rio de Janeiro só os times grandes ganhavam, sempre os mesmos se destacavam, então comecei a acompanhar o campeonato paulista por ser mais competitivo”, conta. Filho de portugueses, tinha uma certa afinidade com o Vasco, e o pai era torcedor do América carioca, mas faz questão de deixar claro: “meu time sempre foi a Ferroviária”. 

Nas lembranças gloriosas do clube do coração, destaca a excursão afeana pela Europa em 1960. Foram 20 jogos, 2 empates e apenas 1 derrota em terras estrangeiras. A vitória mais marcante, 2 a 0 no Estádio das Antas em Portugal em cima do Porto, invicto até então a 48 partidas. O feito chamou atenção da imprensa europeia. “Os jornalistas portugueses elogiavam a Ferroviária”.

No mesmo ano, 1960, Bélier viu em campo pela primeira vez a AFE jogar. Foi no Maracanã num amistoso contra o poderoso Fluminense. Perdeu lá por 3x0, mas ganhou depois em casa por 5x1.

Na memória também estão bem vivas as conquistas de 1967, 1968 e 1969, que renderam à Ferroviária o título de tricampeã do interior e, na mesma década de ouro, o marcante jogo contra o Napoli, em 1968. 4 a 0 em cima dos italianos, que, na mesma excursão no Brasil, havia empatado por 1 a 1 contra o Coritiba, a Ponte Preta e o Palmeiras. A goleada abalou a viagem e não foi fácil explicar a derrota na volta à Itália. 
A paixão era tanta que, de longe, o carioca dava um jeito de sintonizar em ondas curtas e ouvir os jogos transmitidos pela Cultura. “Quando jogava à noite pegava bem, mas de dia era difícil”, recorda. Montou uma antena especialmente para ouvir as partidas. Passou também a se corresponder com o pessoal de rádio da época, Dorival Marcondes Machado, Wilson Luiz, amigo até hoje, Dorival Falconi, Rubens Brunetti, Wagner Bellini.

Já nos anos 1970, mas precisamente em 1971, veio a Araraquara pela primeira vez para ver a Ferroviária jogar pelo Campeonato Paulista. A partir daí não parou mais de visitar a cidade e até comprou um imóvel por aqui para reforçar o vínculo com a Ferroviária. Está tentando convencer os filhos, que também moram em Portugal, a voltar para o Brasil, de preferência para viver em terra afeana, coisas que só uma grande paixão explica.

O time de 1985 da AFE, que chegou à semifinal do paulista e ficou em quarto, também tem um significado especial para Bélier. No mesmo ano, ele mandou confeccionar um jogo de botão inspirado no time e venceu com ele um campeonato interno da Petrobrás, empresa que trabalhava na época. O mesmo jogo também serviu para ele disputar a liga carioca de botão.

No período difícil da Ferroviária, ele começou a publicar os poemas que escrevia inspirados no time. “A Ferroviária é o time com maior acervo literário que existe”, orgulha-se. Hoje já são mais de 500 poemas, que podem ser acessados pela internet em www.poemafeano.blog.com; www.poemafeano.wordpress.com; ewww.afenet.com.br, este último de Paulinho Vidal.

O jogo do acesso daquele sábado, 18 abril, inesquecível, assistiu pela internet, reunido com os alunos na escola em que dá aulas em Portugal. Para comemorar, ele que não bebe, brindou com um cálice de vinho do Porto, bebida tradicional no país.

Do time atual da Ferroviária, Bélier, que estava em Araraquara até este sábado (13), assistiu às duas primeiras partidas, contra o Mogi Mirim e depois, o Rio Claro. Gostou do que viu das cadeiras da Arena da Fonte. “É um time com padrão de jogo definido, bola no chão, que faz as transições de forma compacta”, analisa. Otimista e ambicioso, como ele próprio se define, diz convicto que “o lugar da Ferroviária e na série A do nacional”. E responde: “o que encanta no futebol é a magia, a imprevisibilidade”. Então, tudo é possível.

Inspiração afeana

As publicações do poeta e escritor Antonio Carneiro Bélier podem ser acessadas em www.poemafeano.blog.com;

www.poemafeano.wordpress.com; ewww.afenet.com.br. Ele também é colunista do site oficial da AFE.

http://www.ferroviariasa.com.br/ver-noticia/um-torcedor-inesperado-2016-02-13

O dia em que a Ferroviária "parou" Eusébio em Portugal

No começo da década de 1960 a Ferroviária deixou o interior de São Paulo para realizar uma excursão em Portugal e na Espanha.

Na época, Portugal contava com grandes times e Eusébio, o Pantera Negra.

Foram oito jogos na terra de nossos colonizadores, com seis vitórias, um empate e uma derrota.

Na Espanha, a única partida terminou empatada, com o placar de um 1 x 1 contra o Atlético de Madrid.

Confira:

Imagens: reprodução

ABAIXO,  VÍDEO DIVULGADO PELA FERROVIÁRIA DE ARARAQUARA EM NOVEMBRO DE 2017

No dia 17 de fevereiro de 2019, Carlos Alberto Salmazo participou de homenagem ao ex-volante Dudu, antes de partida entre Ferroviária x Palmeiras. Confira a entrevista com Dudu, que foi ao ar no Domingo Esportivo Bandeirantes e contou com a participação de Salmazo:

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