Alfredo Ramos, o Polvo

Ex-lateral-esquerdo do São Paulo e Seleção
por Gustavo Grohmann
 
Alfredo Ramos, O Polvo, morreu no dia 31 de julho de 2012, em sua casa, na Rua Felipe Cardoso, Jardim da Saúde, em São Paulo. Ele, que estava com infecção generalizada há uma semana, foi vítima de um infarto agudo do miocárdio.

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Nascido em Jacareí, no interior de São Paulo, no dia 27 de outubro de 1924, Alfredo Ramos começou a carreira no Santos, em 1945. De boa técnica tinha como ponto forte em seu jogo a marcação.

Da Vila Belmiro, transferiu-se para o Morumbi. No São Paulo, ficou de 1950 a 1957. Pelo Tricolor, atuou em 315 partidas (186 vitórias, 59 empates, 70 derrotas), foi campeão paulista em 1953 e em oito anos, não conseguiu marcar nenhum gol (fonte: Almanaque do São Paulo - Alexandre da Costa).

Corintiano de coração, Alfredo Ramos queria encerrar a carreira no Timão. Chegou aos gramados do Parque São Jorge em 1957, e lá ficou até 1959, quando encerrou a carreira de jogador. Mas o lateral deu azar, e no dia 20 de outubro de 1957, em seu primeiro confronto com o São Paulo após sua saída do Morumbi, quebrou a perna em um lance casual. Ficou pouco mais de um ano parado.

Um fato curioso é que nesse 1 a 1 entre São Paulo e Corinthians, o artilheiro tricolor Gino Orlando e o corintiano Luizinho O Pequeno Polegar se estranharam e se provocaram durante todo o jogo. Uma semana depois, os dois foram visitar Alfredo Ramos e se encontraram no hospital. Era o primeiro encontro, cara a cara, entre os dois rivais após as discussões em campo. E foi aí que o Pequeno Polegar se agigantou e acertou a testa de Gino com um tijolo.

Vestindo a camisa do Corinthians, O Polvo atuou em 33 partidas (21 vitórias, 9 empates, 3 derrotas) e anotou um gol (fonte: Almanaque do Corinthians - Celso Unzelte).

Alfredo Ramos também teve uma curta passagem pela Seleção Brasileira. Com a camisa canarinho, disputou apenas nove jogos (4 vitórias, 3 empates, 2 derrotas) e não marcou nenhum gol. Foi um dos convocados 22 convocados por Zezé Moreira para a Copa do Mundo de 1954, disputada na Suíça. (fonte: Seleção Brasileira 90 anos - Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf). As partidas foram válidas pela Taças Bernardo Oswaldo Cruz e por dois Campeonatos Sul-americanos.

Encerrou a carreira como jogador no Corinthians e tornou-se treinador de futebol.
Em 1972, voltou aos gramados do Morumbi, mas dessa vez como técnico. Sua passagem pelo São Paulo foi boa. Foram 42 jogos e apenas quatro derrotas (23 vitórias e 15 empates). Infelizmente em momentos decisivos (fonte: Almanaque do São Paulo - Alexandre da Costa).

Aquele ano, de 1972, foi o primeiro em que o São Paulo disputou a Copa Libertadores. O time do Morumbi foi eliminado na semi-final pelo Independiente, da Argentina. Mas o que mais pesou para a saída de Alfredo Ramos do comando técnico são-paulino, foi a perda do campeonato paulista para o Palmeiras. Na última rodada da competição, o São Paulo precisava de uma vitória simples para conseguir o tricampeonato paulista. Mas não conseguiu. O jogo terminou 0 a 0. O Palmeiras foi campeão paulista e o São Paulo vice. Os dois terminaram a competição de maneira invicta.

Após falhar tanto no Paulistão quanto na Libertadores, a diretoria tricolor repensou o cargo de treinador. Ramos pressionado, pediu para ser desligado do cargo, e foi substituído por Vail Mota, que comandou o Tricolor no campeonato Nacional.
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Seleção Brasileira - jogador

Com a camisa canarinho, disputou apenas nove jogos (4 vitórias, 3 empates, 2 derrotas) e não marcou nenhum gol (fonte: Seleção Brasileira 90 anos - Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf). As partidas foram válidas pela Taças Bernardo Oswaldo Cruz e por dois Campeonatos Sul-americanos.

Corinthians - jogador

Vestindo a camisa do Corinthians, O Polvo atuou em 33 partidas (21 vitórias, 9 empates, 3 derrotas) e anotou um gol (fonte: Almanaque do Corinthians - Celso Unzelte).

São Paulo - jogador

Pelo Tricolor, atuou em 315 partidas (186 vitórias, 59 empates, 70 derrotas), foi campeão paulista em 1953 e em oito anos, não conseguiu marcar nenhum gol (fonte: Almanaque do São Paulo - Alexandre da Costa).

São Paulo - treinador

Foram 42 jogos e apenas quatro derrotas (23 vitórias e 15 empates). Infelizmente em momentos decisivos (fonte: Almanaque do São Paulo - Alexandre da Costa).

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