Alberto Leguelé

Ex-meia do Flamengo, Vitória, Galícia e Bahia
por Marcelo Rozenberg
 
Alberto Raimundo Marques, mais conhecido como Alberto Leguelé, foi um meia que nasceu na cidade baiana de Santo Amaro da Purificação em 28/02/1953.

Revelado pelo Bahia de Evaristo de Macedo em 1973, defendeu três anos depois a seleção brasileira pré-olímpica.
 
Grandes atuações motivaram o Flamengo a contratá-lo. Mas na Gávea não teve grandes oportunidades e logo retornou ao futebol do Norte e Nordeste. Até encerrar a carreira passou por Vitória da Bahia, Ypiranga, CSA, Nacional de Manaus, Asa e Galícia.
 
Atualmente, Leguelé reside no condomínio Costa do Descobrimento, em Salvador. Casado com dona Graça, tem dois filhos, Alberto Ricardo e Taís. Trabalha como treinador de futebol em projetos direcionados a crianças e adolescentes. Mas ainda bate a sua bola em equipes de Beach Soccer e também esteve à frente da seleção baiana desta modalidade.
 
Segundo o Almanaque do Flamengo, de Clóvis Martins e Roberto Assaf, fez 15 jogos pelo Flamengo em 1978, com 14 vitórias e uma derrota.
 
Quando despontou para o futebol, seu apelido era Pinguim. Mas por conta do irmão compositor, conhecido na Bahia como Leguelé, o radialista França Teixeira passou a chamá-lo da mesma forma. Surgia Alberto Leguelé.
 
Matéria publicada no UOL Esporte em 11 de agosto de 2018
 
Ídolos em necessidade financeira festejam ajuda do Bahia: "gratidão"

Presidente Guilherme Bellintani é o idealizador do projeto Dignidade aos Ídolos

Marcello De Vico e Vanderlei Lima
Do UOL, em Santos e São Paulo

Gratidão. O sentimento resume o recente projeto desenvolvido pelo Bahia, denominado "Dignidade aos Ídolos". Nele, ídolos tricolores que passam por graves problemas financeiros receberão uma ajuda do próprio clube. O programa, aprovado por unanimidade pelo Conselho Deliberativo, oferecerá auxílio – de um até três salários mínimos por mês – a ex-jogadores em dificuldade extrema. "Uma forma de devolver um pouco a eles o tanto que fizeram pelo Bahia".

A última frase é de Vitor Ferraz, vice-presidente do Bahia, que explicou ao UOL Esporte detalhes do projeto – inclusive citando que a ideia foi do presidente Guilherme Bellintani, que já havia conversado com a reportagem sobre o programa tricolor. Depois de eleitos, em dezembro de 2017, ambos deram vida ao programa que foi uma das promessas da campanha eleitoral.

"Foi uma ideia que surgiu no período de campanha eleitoral aqui do clube. A gente entendia a necessidade de a gente valorizar a história do clube, valorizar as pessoas que ajudaram a construir um clube tão tradicional quanto o Bahia, que ajudaram nas suas conquistas. E conhecendo um pouco dessa dificuldade pela qual passa muitos dos nossos ídolos que tanto orgulharam e honraram a nossa camisa, o presidente Guilherme Bellintani teve a ideia de a gente trabalhar com algum tipo de apoio àqueles ídolos que estivessem passando por uma situação de maiores dificuldades, e aí surgiu o programa de Dignidade ao ídolo", conta Vitor.

"Quando nós fomos eleitos, levamos a ideia ao Conselho Deliberativo, que abraçou a ideia prontamente e criou a regulamentação para que não se banalizasse a ideia do ídolo e, assim, o plano não fosse utilizado de maneira indevida, que realmente fosse um plano para auxiliar pessoas que tiveram feliz relevância prestada ao clube e que realmente tivesse passando por uma questão de dificuldade, pela qual o clube entendesse que caberia algum tipo de ajuda", diz.


COMO O BENEFICIADO É DEFINIDO?

O benefício para cada ex-jogador dependerá de uma aprovação do Conselho Deliberativo do Bahia, que avaliará dois itens em questão: a sua condição de ídolo e a sua real necessidade financeira: "Claro que tem um caráter subjetivo. O ídolo pode ser uma pessoa que, como atleta, conquistou muitos títulos pelo clube ou que não necessariamente conquistou, mas que teve uma história que engrandeceu o clube, que honrou muito as tradições do clube. Aí entra o espaço da subjetividade, uma análise de como se deu a história desse atleta dentro do clube".

Confirmado e aprovado o status de ídolo, o clube precisará atestar a situação financeira extrema do ídolo, e não apenas desconfortável, para então definir qual será a ajuda que ele receberá: de um, dois ou três salários mínimos.

QUEM SÃO OS PRIMEIROS BENEFICIADOS?

O Bahia chegou a cinco nomes para o início do projeto, com suas respectivas ajudas: Zanata, Jorge Campos e Alberto Leguelé, que receberão um salário mínimo, Naldinho, que tem problema na coluna e diabetes e vai ter direito a dois salários mínimos, e Maílson, inspiração para o projeto e que foi diagnosticado com uma doença degenerativa - receber três salários.

"Esses foram os cinco primeiros contemplados e que vai fazer com que o Bahia tenha uma despesa mensal inicialmente de 8 mil reais. Esse dinheiro vai sair do orçamento do clube mesmo", esclareceu Vitor Ferraz.

SAIBA SOBRE CADA UM DELES

 

Alberto Leguelé, ex-meio-campista, 65 anos
Jogador que atuava tanto como volante como meia, Alberto Leguelé fez parte da histórica campanha do heptacampeonato estadual (1973 a 1979). Com o salário mínimo que receberá, ele pretende ajudar o filho e a filha, que sofre de Síndrome de Down.
"A gente tem um benefício de auxílio do INSS, é o que segura a gente, e a minha esposa também faz as coisas dela, do lar, sempre trabalhou também, e agora o Bahia vai dar essa ajuda para gente e que chega em boa hora também. Foi uma grande sensibilidade da diretoria atual. E foi o presidente Guilherme quem deu essa grande tacada", disse Leguelé, hoje com 65 anos.

"Eu já sei o que vou fazer com esse dinheirinho; vou ajudar a minha filha e o meu filho, vai ser uma renda extra até dezembro de 2018, então eu vou aproveitar ao máximo para ajuda-los. Ela é especial, tem Síndrome de Down", contou o ex-jogador tricolor.
 
(Foto: Arquivo pessoal/Alberto Leguelé)
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