Depois de ter praticamente um ano perdido entre lesões e problemas extracampo, Gustavo Scarpa finalmente poderá ficar à disposição do Palmeiras para uma sequência de partidas. Após agradar com a sua atuação de 90 minutos na vitória sobre o Santos, no último sábado (3), o meio-campista começa a entrar no radar de Luiz Felipe Scolari para ser mais utilizado.
Scarpa é candidato a uma vaga na equipe já da partida do próximo domingo (11), contra o Atlético-MG, no Independência. Como não pôde atuar na maioria dos jogos, ele leva vantagem por estar com o físico praticamente zerado. E isso é uma condição que nenhum dos atletas do elenco tem. Sua ideia é impressionar nesta reta final para começar com mais prestígio a temporada de 2019.
É justamente por isso, inclusive, que ele tem ainda mais espaço para atuar. Willian está machucado e não poderá ser escalado. Dudu acumulou três cartões amarelos e é outro que não poderá viajar para Belo Horizonte.
Caso optasse por escalar Scarpa como meia de criação, Felipão também poderia contar com um atleta muito mais "inteiro" no aspecto físico.
O atleta jogou 17 partidas nesta temporada e totalizou 786 minutos em campo. Seus concorrentes têm pelo menos o dobro disso. Moisés, por exemplo, jogou em 47 ocasiões, totalizando 2.726 minutos. Lucas Lima atuou 54 vezes, o que no caso significa 3.720 minutos.
O jogador chegou ao Palmeiras em janeiro após se desvincular do Fluminense na Justiça por atrasos de pagamentos. Como ele se integrou ao elenco apenas no meio do mês, perdeu a pré-temporada e demorou mais para entrar na forma física ideal: foi o primeiro percalço enfrentado em 2018.
Depois de um trabalho de fortalecimento, brilhou em vitória sobre o Ituano, em março, pelo Paulistão. A alegria, porém, durou pouco. Quatro dias depois daquele jogo, a Justiça do Rio derrubou a liminar que desligava o jogador do Flu, anulando seu contrato com o Palmeiras.
Entre idas e vindas nos tribunais e sem acordo entre os clubes, Scarpa passou quatro meses sem jogar profissionalmente. Manteve a forma em Hortolândia, cidade do interior de São Paulo onde vive sua família, com treinos particulares e "peladas".
Mesmo depois de resolver todas as pendências nos tribunais, ele ainda precisou ficar parado por um processo inflamatório no calcanhar que o deixou mais de dois meses sem jogar. A última vez em que ele foi escalado por titular em dois jogos seguidos foi em julho.
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