Ponta-direita abriu o placar no segundo jogo da final contra a Ponte e chutou bola na trave no lance do gol de Basílio na decisão

Ponta-direita abriu o placar no segundo jogo da final contra a Ponte e chutou bola na trave no lance do gol de Basílio na decisão

Vaguinho, o Wagno de Freitas, que completa 69 anos neste domingo (11), esteve perto de ganhar o apelido de "Pé de Anjo" da torcida corintiana, pois ele marcou o gol de abertura do placar na segunda partida da decisão do Campeonato Paulista de 1977, e ainda ter participado do lance do gol de Basílio na última partida contra a Ponte Preta.

Depois de vencer a Ponte Preta por 1 a 0 quatro dias antes (gol de Palhinha, após a bola ser rebatida por Carlos e bater do jogador alvinegro), Vaguinho parecia ser o candidato a tirar o Alvinegro do jejum de títulos que durava desde 1954.

Vaguinho, ponta-direita rápido e driblador, que havia chegado ao Parque São Jorge em 1971, e havia sido titular da equipe nos anos seguintes, havia se desentendido com Oswaldo Brandão e estava no banco de reservas naquele 9 de outubro de 1977, mas substituiu Palhinha contundido, e marcou após receber passe de Geraldão, encobrindo Carlos, da entrada da grande área do time campineiro.

Caso o placar fosse mantido não haveria a terceira partida, prevista em caso de empate ou vitória pontepretana.

E naquele domingo em que o Morumbi registrou o maior público de sua história para uma partida de futebol (138.082 pagantes), a equipe dirigida por Zé Duarte adiou o sonho corintiano para a quarta-feira seguinte, quando Basílio decretou a vitória e garantiu o título de 1977.

Na segunda partida, após o Corinthians descer para o vestiário ao término do primeiro tempo com a vantagem de 1 a 0, a Ponte partiu para o tudo ou nada e conseguiu empatar com Dicá, de falta, sua especialidade.

Vale ressaltar que a falta não existiu. O saudoso Zé Eduardo (1954 - 2017) vai na bola e o jogador da Ponte se joga, simulando a infração, que foi marcada por Romualdo Arppi Fillho.

Dicá, o camisa 10 da Ponte, que havia chutado todas as faltas nos dois jogos da decisão na barreira, desta vez foi certeiro, aos 22 minutos da etapa final, e colocou no ângulo direito da meta de Jairo, escalado no rodízio promovido por Oswaldo Brandão, que escalou Tobias para o jogo final.

Para deixar o Morumbi ainda mais silencioso, o centroavante Rui Rei aproveitou rebote após chute de Vanderlei e chutou rasteiro, no canto esquerdo de Jairo, novamente sem chance para o goleiro corintiano.

E, se Vaguinho poderia ter definido o título naquela partida, na decisão ele também foi um dos "atores" da cena histórica do gol de Basílio, pois no lance ele chutou a bola na travessão, de pé esquerdo, após a cobrança de Zé Maria e o desvio de cabeça de Basílio.

Depois de bater no travessão, a bola sobrou para Wladimir, que cabeceou e Oscar salvou. No rebote, gol de Basílio, que tornou-se o "Pé de Anjo" corintiano, alcunha que esteve próxima de ter ficado com Vaguinho, que defendeu o Corinthians em 548 jogos e marcou 108 gols, segundo o "Almanaque do Timão", de Celso Unzelte.

ABAIXO, OS GOLS DE CORINTHIANS 1 X 2 PONTE PRETA EM 9 DE OUTUBRO DE 1977, NO MORUMBI. VAGUINHO ABRIU O PLACAR PARA O TIME DE PARQUE SÃO JORGE. A NARRAÇÃO, PELA TV CULTURA DE SÃO PAULO, É DO SAUDOSO LUIZ NORIEGA (1930 - 2012) E OS COMENTÁRIOS SÃO DE CARLOS EDUARDO LEITE, O DUDU.

ABAIXO, GOL DE BASÍLIO EM 13 DE OUTUBRO DE 1977 CONTRA A PONTE PRETA, NO MORUMBI NO LANCE, VAGUINHO CHUTOU A BOLA NO TRAVESSÃO. NARRAÇÃO DE OSMAR SANTOS

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