Do UOL, em São Paulo (SP)

Até mesmos os craques sentem o peso quando encaram uma grande responsabilidade pela frente. Não foi diferente com Neymar durante a caminhada para cobrar o pênalti que assegurou o primeiro ouro olímpico da história para a seleção brasileira, nos Jogos do Rio 2016. Quem contou sobre o nervosismo e o trabalho psicológico do atacante foi o próprio pai, em entrevista divulgada pelo site oficial do camisa 10 do PSG.

"Ele me falou: `vou falar uma verdade para você: quando é o último e sei que preciso fazer o gol para ganharmos eu olhei...Parecia que eu não via o gol de tão pequeno que estava, mas eu vi o goleiro muito grande. Eu fui caminhando em direção ao pênalti, quando eu abaixo a cabeça peço para Deus me ajudar, me dar tranquilidade e beijo a bola´", contou Neymar pai, relatando a conversa com o filho.

"Neymar me diz que depois vira, olha para o gol e é como se o gol tivesse ficado muito grande e o goleiro muito pequeno. Ele olhou e falou `eu vou bater ali porque não tem como ele chegar´. Aí, o gol ficou muito grande", acrescentou o pai, recordando-se da final contra a Alemanha no Maracanã.

Neymar pai expôs no vídeo um sentimento de orgulho pela postura do filho, brincando que questionou o craque sobre abrir as cobranças de pênalti da seleção brasileira na decisão pelo ouro. A resposta do jogador do PSG está na memória até os dias de hoje, três anos depois da vitória.

"A responsabilidade é minha do último pênalti, ele [Neymar Jr] me disse. Se foi responsabilidade minha até agora, pai, ela também é minha até o final. Falei que tinha orgulho dele ser assim", completa o pai do principal jogador do Brasil.

Além de anotar o último pênalti, que decretou a vitória brasileira, Neymar anotou de falta o gol do Brasil no empate por 1 a 1 com os alemães, durante o tempo normal. O craque terminou como um dos destaques da conquista, tratada como uma das mais importantes da carreira.

Foto: Getty Images (via UOL)