Os atletas sobreviventes e funcionários também podem ser chamados novamente para novos depoimentos

Os atletas sobreviventes e funcionários também podem ser chamados novamente para novos depoimentos

Vinicius Castro
Do UOL, no Rio de Janeiro

A investigação da 42ª Delegacia de Polícia sobre o incêndio que matou dez jovens das categorias de base do Flamengo terá avanços importantes a partir da próxima segunda-feira (11). Integrantes da direção atual do Rubro-negro e da gestão anterior, comandada por Eduardo Bandeira de Mello, serão convocados a prestar depoimento.

A previsão é a de que as oitivas sejam realizadas e os dirigentes ouvidos o mais rapidamente possível. A polícia quer esclarecimentos sobre o projeto de construção do CT, estruturas provisórias e manutenção do local.

O objetivo é entender as causas do incêndio e apurar responsabilidades. Entre as dúvidas está o fato de o CT funcionar sem alvará, autorização do Corpo de Bombeiros e ter um alojamento em um local não determinado.

Por outro lado, peritos voltarão ao Ninho do Urubu em busca de materiais e medidas complementares para que o laudo da tragédia seja concluído.

Os atletas sobreviventes e funcionários também podem ser chamados novamente para novos depoimentos.

O delegado Márcio Petra de Mello ouvirá os responsáveis pela instalação dos contêineres, além de manutenção dos aparelhos de ar-condicionado e do CT Ninho do Urubu.

Corpo de Bombeiros explica ausência de licença
O centro de treinamento do Flamengo não tem as licenças necessárias para funcionar. Houve apenas a autorização para a realização de obras. Sem alvará, a parte que se refere ao Corpo de Bombeiros envolve o Certificado de Aprovação (CA).

Este documento atesta a existência e o funcionamento dos dispositivos contra incêndio previstos pela legislação vigente. Não se trata de alvará de funcionamento (estabelecimentos comerciais) ou habite-se (imóveis residenciais). Estes documentos são emitidos pela Prefeitura.

Por outro lado, a não existência do CA não significa, por si só, que o local não possuía os dispositivos, e sim que não era aprovado pelo Corpo de Bombeiros.

Foto: Ricardo Moraes/Reuters (via UOL)

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