Nunca antes na história do Brasileirão dos pontos corridos foram marcados tão poucos gols.
José Silvério, o pai do gol, dessa vez fez menos filhos brasileiros, mas leva na bagagem de 2014 os sete filhinhos alemães, dos 7 a 1 na Copa, e agora pode dar um merecido descanso para a bela voz.
Osmar Santos se estivesse na ativa e narrasse com frequência os jogos do Corinthians também usaria menos o "É fogo no boné do guarda" ou teria que inventar uma nova sequência porque o "E que gol" está fora da moda.
A frase antiga dita por Parreira de que o gol é um detalhe está na ordem do dia por aqui. Jogar por uma bola é o que há de mais moderno para os professores, que só não economizam nos números na hora de fechar os contratos.
Mas justiça seja feita: o time que mais fez gols levou a taça. O Cruzeiro de Marcelo Oliveira, que também foi o time que mais venceu e o que menos perdeu. Campeão com sobras e que faz a alegria dos narradores mineiros.
Em época de arenas com múltiplas funções e com preços de ingressos com padrão Copa do Mundo, o show não dá direito a gol. E quando sai um gol, dificilmente vai ter um bis depois.
O que é que só vocês viram, Leandro Quessada, Maércio Ramos, Quartarollo, Wanderley Nogueira, Sergio Loredo, Eduardo Afonso, Marcelo Di Lallo, Valmir Jorge e tantos outros......? Os colegas de rádio que ficam atrás do gol viram muitas coisas, mas gol que é bom.
Imagem: Túlio Nassif/Portal TT