Danilo Lavieri
Do UOL, em São Paulo

Os jogadores do Palmeiras voltarão no tempo neste fim de semana. Por causa da mudança de horário do jogo contra o XV de Piracicaba, os atletas precisarão seguir uma rotina que estavam acostumados a cumprir quando jogavam nas categorias de base.

Originalmente marcado para 16h, no Allianz Parque, a partida foi alterada para 11h por causa das manifestações contra a presidente da República Dilma Rousseff. A alegação da Secretaria de Segurança Pública foi a falta de contingente para garantir a segurança dos dois eventos.

"A última vez que isso aconteceu acho que foi quando eu estava no juvenil. É diferente, mas é igual para os dois", definiu Arouca.

A mudança na rotina dos atletas começa já na noite deste sábado (14). Os jogadores precisarão dormir mais cedo do que estão acostumados e farão a última refeição antes do sono de forma antecipada.

"A gente vai orientar que não durmam muito tarde no sábado, para acordarem ainda mais cedo no domingo. Antecipar algumas coisas de sábado. Vamos destacar a importância desse descanso e também do café da manhã antes da partida", explicou a nutricionista alviverde Alessandra Favano.

Normalmente, o café da manhã não é obrigatório. Neste domingo, todos precisarão passar por essa etapa.

"A gente não obriga que todos tenham o café da manhã, embora eles sempre comam algo quando acordarem. Mas agora todos vão precisar passar por isso. Vai ter reforço de carboidrato e também vai ter uma suplementação diferente no vestiário, que vai além das frutas. São coisas que normalmente fazemos para categorias de base", explicou Alessandra.

Ao menos inicialmente, o pós-jogo seguirá igual ao de sempre. Isso só mudará se a temperatura estiver muito alta. "Se o jogo for em um calor muito grande, precisaremos reidratar. Mas também esperamos a parada técnica nesse caso, que é fundamental", completou a especialista.

Fernando Prass também demonstrou preocupação com a temperatura ambiente na hora do jogo. O goleiro, no entanto, destacou que a mudança precisava ser feita e parabenizou a atitude.

"Se o clima continuar assim, acho que não vamos ter problema. Não está aquele calor de pré-temporada, que foi um absurdo. Mas eu entendo que a situação pedia essa mudança. Os argumentos são fortes, vai ter uma mobilização popular muito grande e não podemos colocar o futebol como prioridade. É mais importante dar condição de segurança para esse 1 milhão de pessoas do que para um estádio", ponderou o goleiro.

Foto: UOL