Quando terminou o primeiro jogo do São Paulo com a derrota, em casa, por 2 gols de diferença, o sentimento era o pior possível.

O Atlético de Medellin havia conseguido um resultado extraordinário, deixando a vaga bem encaminhada, onde até derrota por 1 gol serve para o time chegar a decisão da Libertadores.

Mas... sendo o futebol um esporte coletivo, onde muitas vezes o conjunto não funciona harmoniosamente, é possível garantir em 100% que o jogo acabou?

Eu penso que não, embora a grande maioria dos colegas optem por cravarem a eliminação do São Paulo, que ainda não aconteceu.

Tenho um exemplo bem atual para expor minha opinião. Na decisão da Eurocopa, jogando ao lado da torcida, contra um adversário de campanha ruim nas fases anteriores, e sem a metade do time (Cristiano Ronaldo deixou o gramado aos 23 minutos), a França perdeu o título para Portugal. Você apostaria nisso?

Creio que não! E a situação do São Paulo não é a mesma coisa? O que pesa é que o jogo começa 2 a 0 para o Atlético, mas nada que um gol com poucos minutos de bola rolando não mude o panorama da partida.

O que falta para o time de Edgardo Bauza é um aliado indispensável, não somente no futebol, mas na vida: Comprometimento. Se os jogadores colocarem isso na cabeça, nem a falta de qualidade de alguns poderá afastar essa possibilidade.

O time Colombiano tem feito bons jogos no seu estádio, são 4 vitórias e um empate, o torcedor, e o próprio time, estão eufóricos, afinal, a sua terceira decisão no torneio continental está próxima.

Em 1989 o feito inédito ao vencer o Olímpia, do Paraguai. Seis anos após nova decisão, e derrota para o Grêmio. Deixar escapar essa chance seria inadmissível, e dificilmente aceita pelo torcedor “verdolaga”.

Admito o favoritismo do time colombiano, mas o São Paulo não esqueceu como se joga futebol, e a história nos revela as mais inusitadas situações.

Além disso, o São Paulo é rotulado de “Time da Fé”, o que dá um grande alento a sua torcida, que também não vai desprezar um milagre, na altura do campeonato, um presente dos “deuses” do futebol.

Foto: UOL