Bolas altas foram um grande problema em 2019. Foto: Pedro Vale/AGIF

Bolas altas foram um grande problema em 2019. Foto: Pedro Vale/AGIF

A provável chegada de Manoel é uma aposta do Corinthians em dar competitividade ao setor defensivo e melhorar a bola aérea, que foi um dos problemas mais graves de 2018. A expectativa é que o reforço dispute posição com Henrique, corintiano que mais jogou no ano passado, mas os problemas pelo alto não serão resolvidos por Fábio Carille de uma hora para outra.

Mesmo questionado por parte dos torcedores, Henrique foi o jogador que mais esteve em campo pelo Corinthians na última temporada: atuou por 5.670 minutos (três jogos e meio à frente de Cássio, que teve 5.348 minutos). A zaga mudou bastante ao longo do ano, com Balbuena, Pedro Henrique e Léo Santos alternando na posição, mas Henrique manteve-se firme como um dos pilares da equipe.

A hegemonia deve ser colocada à prova por Manoel, que tem estilo de jogo semelhante ao de Henrique: ambos são mais pesados e vão melhor na sobra, ao lado de companheiros mais velozes. Desta forma, é improvável que componham a dupla de zaga. A expectativa é que Pedro Henrique, Léo Santos ou Marllon disputem a outra vaga.

Pesa a favor de Manoel a imposição física, mas Henrique levou pequena vantagem nos números do Brasileirão passado. O corintiano teve média ligeiramente acima do reforço em roubadas de bola e interceptações, sendo bem mais participativo na troca de passes (média por partida de 50 contra 39) e com aproveitamento melhor nos toques (94,4% de acerto contra 83,3%). As estatísticas são do whoscored.com.

A disputa entre os dois deve priorizar justamente quem for melhor pelo alto. Os erros em jogadas aéreas foram frequentes no Corinthians em 2018 e são tratados como prioridade por Carille, que já dedicou um treino inteiro só para tratar disso nesta pré-temporada. O gol sofrido contra o Santos foi em bola alçada, no amistoso do último domingo (13), o que mantém o alerta ligado no Parque São Jorge.

Manoel chegou a ser dominante pelo alto e chegou ao Cruzeiro justamente com este rótulo, em 2014. Foi titular e viveu boa fase no ano seguinte, mas caiu de produção a partir daí e viveu o momento mais difícil da carreira devido à fratura sofrida no pé em abril de 2017. Após longo período de recuperação e retornos frustrados, o defensor sentiu a falta de ritmo na temporada passada e viu Dedé e Léo serem titulares absolutos na zaga celeste. Este período mais recente foi marcado por erros defensivos, inclusive na bola aérea.

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