Gustavo Gomez marcou o primeiro gol no sábado. Foto: Cesar Grecco/Ag.Palmeiras

Gustavo Gomez marcou o primeiro gol no sábado. Foto: Cesar Grecco/Ag.Palmeiras

Uma das estratégias da diretoria do Palmeiras é contratar os principais destaques de times de menor expressão no Brasileirão. Foi assim que o Alviverde assegurou a chegada de Zé Rafael, do Bahia, e Raphael Veiga, revelado pelo Coritiba e com passagem pelo Athletico. Destaques na sequência recente do time paulista de 28 jogos sem perder no Nacional, a dupla conseguiu ofuscar nomes de peso e pedidos especiais de Felipão.

Até conquistarem um espaço entre os titulares, ambos os meio-campistas precisaram de bastante paciência e até disseram "não" a sondagens de outras equipes. Como estavam encostados durante o Paulista, a diretoria precisava atender a diversos telefonemas que gostariam de consultar a situação deles.

Felipão foi questionado e disse que ainda usaria os dois. Ele sempre ponderou que a temporada era longa e que todos teriam espaço em algum momento da temporada. A insistência por Zé Rafael no time, no entanto, chegou a irritar o treinador.

A boa fase dos dois também fez com que Felipe Pires e Carlos Eduardo fossem completamente esquecidos pela torcida. Contratados a pedido do treinador para que o time tivesse velocidade de saída pelas pontas, eles começaram a ficar de fora até do banco de reservas. O primeiro chegou por empréstimo e, se continuar no atual ritmo, será devolvido no fim do ano. Já o segundo foi contratado por mais de - incríveis - R$ 20 milhões.

Tanto Felipe quanto Carlos também sofreram com lesões. Ainda assim, o bom desempenho de seus concorrentes fez até Felipão mudar um pouco o esquema de jogo, sem depender tanto da abertura pelos lados.

Zé Rafael, Veiga e Deyverson têm dado mais movimentação do meio para frente, com a chegada de trás de Bruno Henrique, que tem bem mais liberdade para avançar por não precisar cobrir o espaço de marcação deixado por Ricardo Goulart, que está lesionado.

A boa fase de Veiga também ajuda Felipão a deixar Lucas Lima no banco. O ex-jogador do Santos segue como um dos mais bem pagos do país, mas sua presença em campo tem sido cada vez mais rara. Ele ficou fora do time mesmo com as presenças de Goulart e Scarpa no departamento médico.

Agora, o Palmeiras aguarda que Arthur Cabral, contratado do Ceará, e Matheus Fernandes, do Botafogo, também consigam emplacar uma sequência. Juntos, eles custaram mais de R$ 20 milhões. O primeiro é reserva de Deyverson e Borja. O segundo tem dificuldades até para aparecer no banco de reservas.

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