O jogo foi marcado por muitas jogadas de disputas físicas e pouca criação

O jogo foi marcado por muitas jogadas de disputas físicas e pouca criação

Do UOL, em Porto Alegre

O Internacional saiu na frente e não parecia sofrer ameaça. O Coritiba chegava apenas em bolas lançadas para área apostando na sorte. Mas quem muito tenta acaba conseguindo e os paranaenses empataram. Bom para o Palmeiras, que com o 1 a 1 desta quinta-feira (23), no Couto Pereira, virou líder isolado.

O Colorado parou com 20 pontos. Ficou dois atrás dos paulistas, que agora lideram isoladamente o nacional. Já o Coritiba chegou aos nove e segue entre os últimos. A próxima rodada colocará o Inter contra o Botafogo. Já o Coxa terá pela frente o Figueirense.

O jogo foi marcado por muitas jogadas de disputas físicas e pouca criação. Lances de pouca inspiração e muitos erros de passes fizeram com que os gols saíssem, ambos, em bolas paradas. O do inter nasceu em um lateral. O do Coritiba em um escanteio. O tom foi dramático no final. Com goleiro lesionado e três trocas já feitas, o Inter esteve perto de levar a virada. Mas aguentou e ficou com um ponto.
Definiu: Danilo Fernandes faz a diferença e acaba lesionado
O goleiro do Internacional foi fundamental. Fez uma série de defesas difíceis. Aos 30 minutos da etapa final, acabou sofrendo uma lesão muscular. Como o time vermelho já tinha feito todas as trocas, precisou ser atendido e colocar uma atadura. Encerrou a partida sofrendo dores e em campo.

Decepcionou: Kléber aparece pouco
Uma das armas de Pachequinho para vencer o Internacional era Kléber Gladiador. Mas o principal atacante do Coxa poucas vezes apareceu no jogo. Esteve mais envolvido em lances que pediu falta ou tentou simular jogadas do que momentos de conclusão no gol. Aos 23 da etapa final perdeu chance cara a cara com Danilo Fernandes.

Em jogo de iguais, Anderson faz a diferença
Anderson voltou a ser titular do Inter. Nesta quinta-feira (23), o meia recuperou posto que havia perdido para Alex por conta de uma lesão. E foi muito importante. Ágil na criação de jogadas, foi ele quem proporcionou as principais chances ao Colorado. De quebra fez um gol de cabeça ainda na etapa inicial. Em uma partida de `iguais´ na falta de criatividade, ele foi uma ilha de qualidade técnica.

Muita força, pouca bola: Coritiba sofre sem criação
O retrato da atuação do Coritiba foi seu primeiro tempo. O time de Pachequinho teve muita vontade, muita força, mas pouca inspiração. Abusou de disputas ríspidas, faltas e muita correria. Faltou pensar o jogo e criar oportunidades trocando passes. Com muitos cruzamentos, repetidas jogadas em que marcador e atacante acabaram no chão e conclusões repetidamente longe da meta de Danilo Fernandes, os donos da casa pecaram na hora de pensar o jogo. No segundo tempo, o expediente de cruzamentos e faltas em direção da área seguiu. Houve pressão, mas apenas lances em que a sorte poderia sorrir ao Coxa. E em um destes momentos, um escanteio acabou no gol de empate, de Nery Bareiro.

Bola parada dá ao Inter tudo que ele quer
O Inter adota uma postura bem definida desde o começo da temporada. Gosta de ser atacado, e fecha bem e aposta em contra-ataque. Se sai na frente, só reforça sua predileção por jogar recuado. Foi exatamente o que aconteceu. Um lateral erguido na área e que Alan Costa venceu da defesa acabou em Anderson, que marcou também de cabeça. Foi o suficiente para Argel colocar seus jogadores em frente da área e apostar nas corridas de Gustavo Ferrareis e Eduardo Sasha. Deu certo e por pouco que não virou o primeiro tempo vencendo por margem ainda maior.

Sem alternativas, Pachequinho tentou atacar
Pachequinho abusou de indicações ofensivas a seus jogadores. Mas esbarrando na falta de qualidade ou de um jogador que centralizasse as jogadas, o treinador precisou apostar em cruzamentos. Sem um centroavante de imposição física, ficou difícil de vencer a defesa do Inter. O treinador começou com Dodô no meio-campo. Mas vendo que não deu certo, a improvisação teve fim no intervalo e o jogador voltou à lateral.

Argel recua o Internacional e aposta na velocidade
Argel mandou, repetidamente, seu time recuar. Por que? Porque seu plano estava contemplado. Com o gol de Anderson, o objetivo do Inter passou a ser apenas a velocidade. Soube controlar o jogo quando necessário e não inventou nas alterações.

Neblina atrapalha um pouco
Pela terceira vez, um jogo de futebol na região Sul do Brasil foi atrapalhado pela neblina. Depois de Grêmio e Cruzeiro, e Chapecoense contra Atlético-PR, que teve complemento no dia seguinte, foi a vez do Paraná também apresentar o fenômeno da natureza. Mas não chegou a forçar parada do jogo.

Edinho contra o Inter, de novo
Edinho é um jogador cuja ligação ao Internacional é curiosa. Foi campeão da Libertadores e do Mundial no clube, seu primeiro como profissional. Mas ao se transferir para o Grêmio começou a criticar sua antiga equipe. Disse que o Inter de 2006 (em que foi campeão) era pior que time do Grêmio deste ano. Opinou que a vitória por 5 a 0 sobre o Colorado no ano passado lhe deu mais alegrias que o título sobre o Barcelona. Se tornou odiado pela torcida que antes o apreciava por conta do esforço.

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