Tricolor perde para o Ceará e continua sem vencer no Brasileirão

Tricolor perde para o Ceará e continua sem vencer no Brasileirão

Falei no comentário anterior que o Grêmio estava com a faca e o queijo na mão para deixar a Zona de Rebaixamento com uma combinação de resultados que parecia óbvia e de fato veio a acontecer.
 
Ironicamente essa ajuda viria do Internacional, seu arquirrival, vencendo o CSA, e do Vasco não perdendo para o Avaí por uma diferença de dois gols, desde que a Chape perdesse, como realmennte perdeu.
 
Pois bem, o óbvio aconteceu. O Inter bateu o visitante alagoano por 2 a 0, o Vasco empatou com o Avaí em 1 a 1, mas o decadente time de Renato Portaluppi não teve forças para sequer voltar de Fortaleza com um mísero empate, que já seria suficiente para não afundar ainda mais na areia movediça da Zona de rebaixamento. 
 
Dividindo a lanterna com o Vasco, por pontos, do qual só está uma posição acima pelo saldo de gols, que aliás é negativo, a participação gremista até a quinta rodada do Brasileirão é deveras assustadora. 
 
Mas esse quadro ameaçador não diz respeito a um eventual rebaixamento para a série B, algo que aliás é pouco crível uma vez que, mesmo com os péssimos resultados revelados no campeonato brasileiro, o tricolor está apenas a 2 pontos de saltar fora do desconfortável  Z-4.
 
O que assusta a grande e entusiástica torcida do mosqueteiro do Pampa é a indefinição de time que se instalou na Arena tricolor, que deixa transparecer aos olhos de todos uma equipe dotada de uma ótima defesa, um meio de campo instável e um ataque de um homem só, chamado Everton, que tem se portado nos últimos e fracassados jogos do Grêmio como "uma andorinha solitária tentando fazer verão".
 
Diante desse quadro caótico, que tem até goleador negativo com dois gols contra na figura de  Michel, os gremistas hão de se perguntar, com sobradas razões, até onde o time inconsistente de Ranato será capaz de chegar na Copa Libertadores e até mesmo na Copa do Brasil.
 
A pergunta que paira é: será que com todo esse desacerto o Grêmio avança para as quartas de final do torneio continental, passando pelo Libertad, do Paraguai ?
 
Não se pode sustentar idêntica incerteza em relação ao primeiro compromisso do Grêmio na Copa do Brasil, porque terá pela frente nessa disputa o Juventude, que é tecnicamente bastante inferior e um velho conhecido do futebol gaúcho, único cenário onde o tricolor  conquistou títulos nos últimos dois anos. 
 
Mesmo assim, não dá para o torcedor gremista estufar o peito e cultivar a autoconfiança do "já ganhou" nessa queda de braço do Grêmio com o coirmão "paroquiano". 
 
Afinal, esses times do interior gaúcho  estão acostumados a aprontar para cima da dupla Gre-Nal, tanto na disputa do Gauchão quanto em certames de maior relevância.  
 
O Juventude, em particular,  tem em sua história o fato de haver eliminado o Internacional da Copa do Brasil com uma goleada de 4 a 0, além de ter se tronado campeão do torneio, disputando a final contra o Botafogo, no Rio de Janeiro. 
 
É bom esclarecer, contudo, que essa maré baixa em que o Grêmio navega presentemente não deve ser creditada por inteiro na conta do técnico Renato Portaluppi, já que existem perdas significativas daquele time campeão da América, que não foram compensadas à altura nem com os substitutos promovidos, nem com os contratados. 
 
Os promovidos  Matheus Henrique e Jean Pyerre , embora considerados revelações, não passam ainda  de grandes promessas e não preenchem a pleno as defecções motivadas pela venda de Arthur para o Barcelona e a brutal queda de produção de Luan, que o afastou do time principal. 
 
No ataque, o novo titular André não conseguiu se firmar ainda como o centroavante rompedor e com presença marcante na área adversária de que o time se ressente, desde a saída de Jael, que mesmo sem ser brilhante conseguia dar maior objetividade à ofensiva gremista.  
 
Finalmente cabe analisar a visível queda de produção do sistema defensivo do Grêmio, que encontra explicação na saída de Marcelo Grohe, o homem dos milagres na meta gremista, na falta de um segundo zagueiro reserva de ofício,  dando margem a improvisações no setor, devido à lesão de Paulo Miranda, e principalmente nos atos de indisciplina de Kannemann, que tem prejudicado o time com faltas desnecessárias e repetidas ausências por motivo de suspensão. 
 
Diante desse quase desmonte ocorrido no esquadrão gremista, compete a Renato Portaluppi tentar remontar o Grêmio quase galáctico de 2016 e 2017, com o material humano que lhe restou e cobrando da direção novas e providenciais contratações, como a de um bom zagueiro substituto e um centroavante de ofício, que André não revela ser e sequer promete se tornar. 
 
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