Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras, levanta a taça do Brasileirão. Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras, levanta a taça do Brasileirão. Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

O intermediário que apresentou a proposta de mais de R$ 1 bilhão em patrocínios para o Palmeiras também já se apresentou ao clube para tentar comprar o Allianz Parque, entre 2015 e 2016. Rubnei Quícoli conversou com Paulo Nobre, presidente da época, e disse que teria interesse na aquisição da exploração do estádio da WTorre.

Na época, o Alviverde disse ter interesse na negociação. Rubnei afirmou que uma empresa compraria os direitos, deixaria o clube gerir o estádio e queria, como contrapartida, estampar o uniforme com o nome do suposto interessado.

Apesar do sinal verde, a negociação não evoluiu. O intermediário "sumiu" e, agora, reapareceu no Palmeiras com mais uma proposta envolvendo uma grande quantidade de dinheiro em nome da Blackstar International, uma empresa que foi aberta em janeiro deste ano, com sede em Hong Kong e sem nenhum registro no mercado brasileiro.

O negócio foi apresentado pelo vice-presidente e candidato da oposição na eleição do mês passado, Genaro Marino. Ele também era vice na época em que a proposta de compra da arena esteve na mesa.

"Apresentamos na época uma proposta porque houve um problema com a parte que foi financiada pelo Banco do Brasil. Era coisa de R$ 400 milhões, R$ 500 milhões. Mas não andou por falta de interesse da construtora", afirmou ao UOL Esporte.

O empresário também já teve problemas na Justiça, chegou a ficar preso e foi apontado como pivô do escândalo que derrubou a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, em 2010. Na época, ele era representante de uma empresa que buscava parceria para a construção de uma usina de energia solar. A Blackstar trabalha com energia e bioenergia. 

"Agora ficam inventando um monte de coisa, quando tudo é bem simples. Tem uma proposta de uma empresa que tem condição de pagar mais de R$ 1 bilhão e isso precisa ser analisado. Ninguém faria isso à toa. Em janeiro, vou apresentar tudo porque o prazo da Crefisa vai ter esgotado. Mas nada impede que a Blackstar trabalhe junto com a Crefisa também. Se alguém falou que não dá está inventando", finalizou.

O Palmeiras se reuniu com a interessada nesta semana para conhecer os detalhes da proposta, mas tem encarado a situação como pouca ou nenhuma possibilidade de avanço. A empresa encerraria a parceria com a Crefisa, que pagou quase R$ 80 milhões só em patrocínio nesta temporada, sem contar o investimento em jogadores e premiação pelo título do Campeonato Brasileiro e outras metas.

A oposição palmeirense defende que a proposta seja analisada a fundo, com procedimentos usados pelo mercado para avaliar a veracidade de ofertas que envolvem muito dinheiro. Ainda pedem que a Crefisa, no mínimo, iguale o ofertado pela Blackstar. Por fim, o grupo de Genaro defende que Maurício Galiotte não coloque seus interesses políticos no negócio.

A situação, por sua vez, afirma que a proposta só tem a intenção de tumultuar o ambiente e tirar a força de Leila Pereira, conselheira e dona da Crefisa. Eles também encaram a chance de o patrocínio ser oferecido ao Flamengo e ao Corinthians como uma maneira de pressão. A intenção de Galiotte é renovar o vínculo com a atual parceira por mais três anos, com direito a uma valorização. 

Últimas do seu time