Com uma experiência acumulado em quatro temporadas na F-E, isto após ter participado de todo o desenvolvimento do carro utilizado a partir de 2014, Lucas Di Grassi trocou experiências com o motociclista pauistano Eric Granado, que estará no grid da nova categoria de motos, elétricas, a MotoE, que terá sua primeira temporada em 2019, com cinco etapas: Jerez (05/05); Le Mans (19/05), Sachsenring (07/07), Áustria (11/12) e Misano (15/12).
O encontro entre Di Grassi, campeão da terceira temporada da F-E (2016-2017) e Granado, que neste ano disputou a maior parte da temporada da Moto2, aconteceu nos boxes da equipe Hero Motorsport, da Stock Car, neste sábado (8) em Interlagos, palco da etapa decisiva da categoria, no domingo (9). Di Grassi disputa sua última prova pela Stock, pois a partir de agora estará totalmente concentrado na F-E, que terá sua prova inicial da quinta temporada no dia 15 de dezembro, em Riad, na Arábia Saudita.
Lucas Di Grassi, de maneira informal, em um bate papo descontraído, fez alguns questionamentos ao jovem da MotoE, tanto sobre o equipamento como em relação às provas, e recebeu várias informações de Eric Granado.
"Você larga e da primeira até a última volta é potência máxima e a bateria dura 30 minutos, sempre com uma única corrida, apenas a última etapa (Misano) será rodada dupla. O maior problema é o peso da moto, pois enquanto na MotoGP a potência é de 250 cavalos para uma moto de 160 quilos, na MotoE são 150 cavalos e a moto pesa 240 quilos, mas a aceleração dela é muito mais forte do que da MotoGP, de 0 a 100 km/h em 2,8s, mas de 100 km/h a 200km/h ela fica mais lenta. Mas eu gostei, também porque a gente tem a mesma suspensão e o mesmo freio da MotoGP", explicou Granado.
Di Grassi também falou sobre a F-E, que terá um novo carro nesta quinta temporada e também novos compostos de pneus, que deverão apresentar desgaste na parte final das provas, pois agora também utilizarão um único carro para a competição no fim de semana.
"O pneu da F-E é completamente diferente neste anos, com uma estrutura que mudou, a carcaça para 100% kevlar e fibra de carbono, então é bem mais leve e como utiizaremos um único carro, vai acontecer uma `queda´de pneu no final da corrida e será maior nos traseiros, pois com este motor de 250 kw vai destracionar muito, e fazer o pneu funcionar é o mais importante em um carro de corrida", ponderou Di Grassi, que considera que Granado fez a escolha certa em ingressar na MotoE.
Indagado pelo Portal Terceiro Tempo sobre se teria vontade de pilotar a MotoE, Lucas Di Grassi demonstrou interesse, mas utilizou de bom humor.
"Eu tenho muito respeito, mas não sei se conseguiria fazer isso (risos). Dirigir carro se bateu, é uma coisa... Mas eu vi a corrida dele (Granado) com o Alex (Barros) aqui em Interlagos, a disputa deles na Junção, a 250km/h, de lado, mas vamos combinar sim, mas não aqui em Interlagos, quem sabe no Velo Città", brincou Di Grassi.
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