Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

Destaque do Benfica e agora jogador da seleção brasileira, Anderson Talisca flertou com o Corinthians há alguns meses. Dois fatores, porém, impediram que a transferência do então jogador do Bahia se tornasse realidade.

Muito próximo ao presidente Mário Gobbi, o agente Carlos Leite foi quem ofereceu Talisca para a diretoria corintiana na reta final do Campeonato Brasileiro 2013. Divergências anteriores do empresário com o então vice Roberto de Andrade, porém, impediram que as negociações fossem adiante.

Os valores envolvidos também tornaram o negócio mais difícil de ser realizado no cenário nacional. Dono de 50% dos direitos econômicos de Talisca, o Bahia pediu R$ 6 milhões para abrir mão de sua parte. A outra metade era dividida entre o clube baiano Astro, um empresário chamado Jessé e o próprio Carlos Leite. Uma composição com Leite, dono de 20% dos direitos, foi estudada, mas não avançou.

Menos presente no clube ao longo da temporada passada, Carlos Leite reconquistou espaço e trouxe negócios considerados bons para o Corinthians quando Ronaldo Ximenes assumiu o departamento de futebol, justamente no lugar de Roberto de Andrade. Entre eles, os empréstimos gratuitos de Fagner e Anderson Martins, além da venda de Romarinho e a compra de Elias.

Entre as conversas iniciais e a saída de Roberto de Andrade, a valorização de Talisca no início da temporada 2014 já havia chamado atenção de equipes europeias. Udinese-ITA e Benfica-POR disputaram a contratação do meio-campista, e Carlos Leite fechou o negócio em Portugal pelos R$ 12 milhões pretendidos por 100% dos direitos.

Dono de oito gols com a camisa do Bahia até a parada da Copa do Mundo, Talisca impressionou na chegada ao Benfica. Mesmo no meio-campo, anotou nove gols em 15 partidas e já chama a atenção de algumas das equipes mais ricas da Europa, como o Chelsea-ING.

FOTO: UOL