Competição se encerrou com chegada em Lima. Foto: Magnus Torquato/photosdakar.com

Competição se encerrou com chegada em Lima. Foto: Magnus Torquato/photosdakar.com

Fim da 41ª edição do Rally Dakar nesta quinta-feira (17), integralmente disputado em território peruano, com a realização da 10ª etapa, entre Pisco e Lima, e nove pilotos brasileiros terminaram nas oito primeiras posições entre os UTVs, os melhrores deles Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin, piloto e navegador que ficaram na terceira colocação.

Aliás, eles foram os vencedores desta etapa derradeira do Dakar, comandando a dobradinha brasileira, que teve Cristian Baumgart e Beco Andreotti na segunda colocação, separados por 3min39s.

"Fomos bem. Perdemos para nós mesmos. Quebrei o carro, furei pneu, mas nosso UTV em si não teve problema nenhum, foi até o fim. Hoje eu andei realmente forte e foi tudo maravilhoso. Terceiro lugar depois de tudo está justo. Vamos agora pensar em 2020 e refletir onde erramos para melhorar e vencer no ano que vem", avaliou Reinaldo Varela.

O título entre os UTVs, como estava se anunciando, ficou mesmo com os chilenos Francisco López Contardo e Alvaro Quintanilla, com 1h02min35s de vantagem para os vice-campeões, os espanhóis Gerard Guell e Daniel Carreras.

Contardo e Quintanilla, os campeões, foram estratégicos nesta etapa de apenas 112 quilômetros cronometrados, e sem correrem riscos, terminaram na terceira colocação. 

Marcos Baumgart e Kleber Cincea fizeram um consistente rali e terminaram na sexta colocação, uma posição à frente do experiente navegador Lourival Roldan (campeão do Dakar em 2017), que competiu ao lado do piloto português Miguel Jordão.

“Para ser sincero, eu não imaginava que iríamos terminar. O Dakar é muito difícil com equipamento, com o corpo e com o psicológico da gente. É demais chegar ao final, um sentimento incrível de realização. Dakar é Dakar, e só estando aqui para saber. Chegar é uma vitória, um sonho realizado, uma classificação excelente. Aprendemos muito e fizemos história”, resumiu Marcos Baumgart.

“Neste ano nós cumprimos o objetivo, que era terminar. Estarmos juntos, como equipe, nos tornou mais fortes e possibilitou que pudéssemos chegar ao final. Realização é pouco para definir o que sinto. É demais, demais!”, ponderou Kleber Cincea.

Bela jornada de Marcos Baumgart ao lado do navegador Kleber Cincea no Dakar. A dupla terminou na sexta colocação entre os UTVs. Foto: Gustavo Epifânio/photosdakar.com

A dupla Cristian Baumgart, irmão de Marcos, e o navegador Beco Andreotti, terminou em nono lugar e também destacou a satisfação por completar a prova.

"Muito legal poder completar o nosso primeiro Dakar, ainda mais entre os dez primeiros. Ficou um grande aprendizado, uma bagagem enorme. Muito bacana. A equipe toda foi sensacional. Foi inesquecível para todos nós, e a emoção de estar aqui no final é gigante – assim como a vontade de voltar. Antes eu tinha medo de andar nas dunas, porque elas são muito altas e imponentes, e agora deixou de ser um desafio para se tornar um prazer. Mais um sonho realizado”, salientou Cristian Baumgart.

“Foi um rali muito duro, mais difícil do que imaginávamos, em um terreno com o qual não éramos tão familiarizados. Muita areia, muita duna. Foi um grande aprendizado, e poder concluir o Dakar na nossa primeira participação é uma grande conquista da equipe. Estamos muito felizes com isso e agora só queremos comemorar, porque tivemos um ano de planejamento muito intenso e felizmente conseguimos colocar tudo em prática”, resumiu o navegador Beco Andreotti.

Cristian Baumgart e Beco Andreotti ficaram em segundo lugar na 10ª etapa e finalizaram o Dakar em nono lugar. Foto: Victor Eleutério/photosdakar.com

A outra dupla que iniciou o Dakar, formada por Bruno Varela (filho de Reinaldo) e o navegador Maykel Justo, teve uma pane no motor na etapa de ontem e não finalizou a competição.

Os dois brasileiros que competiram entre as motos também não completaram o Dakar: Marcos Colvero e Lincoln Berrocal, ambos com KTM modelo 450. Colvero abandonou na terceira etapa e Berrocal na sétima.

CLASSIFICAÇÃO FINAL DO RALLY DAKAR PARA UTVs (DEZ PRIMEIROS COLOCADOS)

 

CARROS

A Toyota triunfou pela primeira vez no Dakar em uma jornada irrepreensível da dupla Nasser Al-Attiiyah/Matthieu Baumel. Se este foi o primeiro título da Toyota, o ineditismo em ganhar o rali mais famoso do mundo não faz parte da trajetória de Attiyah, que chegou ao seu terceiro título na competição, após sagrar-se campeão em 2011 com a Volkswagen e em 2015 com a Mini.

Nani Roma, em parceria com Alex Bravo, com Mini, terminaram na segunda colocação, defasados em 46min42s em relação ao duo vencedor.

MOTOS

Nas duas rodas, segunda vez que o australiano Toby Price (KTM) ganhou o Dakar, mesmo com uma lesão na mão, fechando a prova com 9min13s sobre o segundo colocado, o austríaco Matthias Walkner. Foi o segundo título de Price na competição.

QUADRICICLOS

Pode-se dizer que a vitória do argentino Nicolas Gavigliasso foi tranquila. Ele administrou bem as últimas etapas graças à consistente vantagem que tinha sobre o compatriota Jeremias Ferioli. No final, ficaram separados por 55min37s.

O domínio na argentina nos quadriciclos foi reforçado pelo terceiro posto de Gustavo Gallego, em que pese o fato de não ter conseguido ameaçar os dois primeiros colocados, a 2h11min48s do vencedor.

CAMINHÕES

O trio russo Nikolaev/Iakovlev/Rybaov (Kamaz) ficou com o título entre os veículos mais pesados do Dakar, com 25min36 de vantagem para os vice-campeões, Sotnikov/Nikitin/Mustafin, também equipados com caminhão Kamaz.

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