Araos, maior compra do Corinthians no ano, foi expulso infantilmente na Copa do Brasil. Foto: Daniel Vorley/AGIF/Via UOL

Araos, maior compra do Corinthians no ano, foi expulso infantilmente na Copa do Brasil. Foto: Daniel Vorley/AGIF/Via UOL

Desde que o presidente Andrés Sanchez assumiu o cargo, em fevereiro, foram seis as aquisições de jogadores para o setor ofensivo do Corinthians. Na reta final da temporada 2018, em queda no Campeonato Brasileiro e em desvantagem na decisão da Copa do Brasil, o time ainda não conseguiu solucionar o dilema entre se defender com muitos jogadores ou atacar e ser mais vulnerável. No meio disso, pesa a dificuldade em ter soluções a frente.

Entre veteranos como Roger e Jonathas ou jovens apostas como Sergio Díaz, Ángelo Araos, Matheus Matias e um já dispensado Bruno Xavier, o Corinthians convive com a falta de gols. Nenhum desses adquiridos, a rigor, tem sido opção nos momentos em que Jair Ventura mais necessita de poder de fogo contra os rivais.

Adquirido com a missão de substituir Rodriguinho, o garoto chileno Araos, de 21 anos, deu mais uma mostra de que demandará tempo para se adaptar e dar respostas que justifiquem o investimento do Corinthians de mais de R$ 18 milhões em sua contratação. Na final contra o Cruzeiro, no Mineirão, fez falta tola quando já tinha cartão amarelo e foi mais cedo para o chuveiro. Será ausência no banco de Jair Ventura na partida mais importante da temporada. Até aqui, Araos ainda se mostra tímido e não aproveitou as oportunidades recebidas.

Diferente é a situação do também jovem Sergio Díaz, um ano mais novo que o companheiro chileno. Conforme era esperado, o atacante paraguaio cedido pelo Real Madrid ainda precisa de maior tempo para preparação, treinamentos e minutos para se tornar, de fato, uma opção para os momentos mais importantes. Ele estreou com a camisa do Corinthians há duas semanas, deixou boa impressão, mas não voltou a campo. Agora, serve a sua seleção e voltará às pressas com Ángel Romero para a decisão com o Cruzeiro.

Também por questões físicas, Jonathas tem sido ausência. Mas, no caso dele, não era algo esperado. O centroavante foi adquirido por empréstimo ao Hannover-ALE com a esperança de oferecer gols, mas atuou em sete jogos desde a chegada e ainda não se livrou totalmente de problemas musculares. Embora tenha ficado no banco na última quarta, Jair admitiu que ainda espera mais minutos e treinos para considerá-lo como opção. É possível que, contra o Santos, ele receba alguma chance.

Adquirido pouco antes de Jonathas, o veterano Roger tem perdido espaço nas últimas semanas, inclusive porque não pode atuar na Copa do Brasil, prioridade do clube no momento. Nas vezes em que foi acionado no Brasileiro e na Libertadores, porém, ele não conseguiu sustentar a bola no ataque como Jair esperava e acabou preterido no novo sistema sem camisa 9. A questão física também tem pesado contra ele.

No campo das apostas, o jovem Matheus Matias não conseguiu ainda mostrar que pode contribuir à equipe. Destaque em treinamentos de finalização, ainda é considerado um jogador cru tática e fisicamente. Desceu para atuar nas divisões de base, onde essa mesma carência foi detectada por profissionais do clube. Já Bruno Xavier, que havia sido destaque da Série A-2 pelo modesto Nacional, foi dispensado por indisciplina sem sequer estrear.

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