Família Brittes celebra aniversário de Allana na véspera da morte do jogador Daniel Corrêa. Foto: Reprodução/Instagram

Família Brittes celebra aniversário de Allana na véspera da morte do jogador Daniel Corrêa. Foto: Reprodução/Instagram

A família Brittes, envolvida no homicídio e mutilação do ex-jogador Daniel Côrrea, arrolou o apresentador do telejornal Tribuna da Massa, veiculado no horário do almoço pelo SBT do Paraná, para depor no processo sobre o crime.

Advogado da família, Claudio Dalledone Júnior reclama que, na guerra pela audiência, o jornalista Eleandro Passaia, âncora do Tribuna da Massa, publicou reportagens sem confirmação da veracidade. Dalledone citou a matéria que relacionava swing e voyeurismo com o assassinato como exemplo de conteúdos falso apresentado. O advogado diz que as reportagens teriam demonizado Edison Brittes, também conhecido como Juninho Riqueza; a mulher dele, Cristiana Brittes; e a filha do casal, Allana Brittes.
Emissora que retransmite o SBT no Paraná, a Rede Massa, por meio do departamento jurídico da empresa, enviou uma nota afirmando que as reportagens sobre o caso Daniel "foram baseadas em fatos, fontes idôneas e/ou simplesmente reverberam notícias já publicadas". O texto acrescenta que ofereceu espaço para a defesa da família Brittes se manifestar e nega ter levado ao ar fatos que soubesse ser inverídicos.

"A Rede Massa refuta, por fim, a alegação que tenha veiculado fatos sabidamente inverídicos com o intuito de prejudicar quaisquer dos membros da família Brittes", menciona um trecho da nota. (confira a íntegra ao final da matéria).

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Edison Brittes está preso preventivamente em um presídio do Paraná acusado por homicídio qualificado por tortura e ocultação de cadáver do ex-jogador do São Paulo, Daniel. Cristiana está detida por homicídio qualificado, fraude processual e coação de testemunhas. Allana está na mesma cadeia que a mãe e é ré por fraude processual e coação de testemunhas.

Defesa diz Cristiana foi importunada sexualmente


O jornalista Eleandro Passaia será chamado a depor como testemunha porque a defesa da família entende que reputação dela foi atacada. A defesa justifica a convocação alegando que o apresentador se colocava na cobertura "como o profissional que tinha as fontes, que dizia ter apurado e que dizia estar recebendo informações a todo momento".

O depoimento pode ocorrer na fase de instrução, quando as testemunhas são ouvidas no gabinete do juiz, ou no tribunal do júri. Existe a possibilidade de Eleandro Passaia não comparecer. Neste caso, a Justiça definirá qual medida tomar.

Entre todas as queixas mencionadas pela defesa da família Brittes para explicar a inclusão do jornalista no processo, a mais citada é a pessoa levada ao ar pelo SBT afirmar que Edison teria oferecido a mulher para Daniel. Pela versão apresentada, Juninho Riqueza estaria praticando swing e voyeurismo em uma casa deste ramo em Curitiba, se arrependeu ao ver Cristiana naquela situação e matou o ex-jogador.

O advogado Claudio Dalledone Júnior declarou que o dono da casa de swing citada negou as informações durante depoimento à Polícia Civil. Em entrevista ao UOL Esporte, o proprietário revelou que jamais viu Daniel.

De acordo com a versão do advogado de defesa, houve mais uma situação em que o comportamento sexual de Cristiana foi atacado. Dalledone afirmou que foi veiculado que ela faria programas com atletas do Coritiba, time que Daniel jogou.

"A Cristiana teve a condição mulher violada porque foi importunada sexualmente".

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Família pensa em processar jornalista


Dalledone não nega que Edison cometeu um crime. A reclamação em relação a Rede Massa é que o cliente deve pagar por este crime, mas sem ser difamado por situações irreais. Argumenta que reportagens falsas fazem a opinião pública se voltar contra os clientes e isto pressiona os tribunais a condenar a família Brittes.

Como exemplo do que chama de mau jornalismo, menciona a notícia levada ao ar pelo Tribuna da Massa de que Allana teria passagem por falsidade ideológica e estelionato ao tentar abrir uma conta bancária com documentos falsos. O advogado da família afirmou que seria outra reportagem incorreta e não foi apresentada prova da acusação.

Dalledone também citou dois casos envolvendo Juninho Riqueza: comprar uma moto de um traficante e ser espancado na cadeia. Sobre o primeiro caso, justificou que apresentou à Polícia Civil a nota fiscal da negociação com uma loja de veículos de Curitiba.

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A respeito da surra em uma cela, falou que seria o primeiro a ser informado pelo sistema prisional por ser o advogado de Edison. Mesmo não tendo ouvido relatos a respeito, verificou a situação veiculada pela Rede Massa e comprovou ser inverídica. Ele declarou que pediu a convocação de Eleandro Passaia para tirar este e outros casos a limpo.

"Ele foi arrolado como testemunha para que vá à frente da Justiça para dizer como pode provar informações. Tem chance de mostrar que fez jornalismo sério".

Caso não sejam apresentados fatos que demonstrem que as reportagens têm fundamento, a família decidirá se deseja processar Eleandro Passaia. Segundo Dalledone, o jornalista pode inclusive responder criminalmente por injúria, difamação e calúnia.

Íntegra da nota do SBT paranaense


Sobre as declarações da defesa da família Brittes a esse jornalista do UOL, temos a informar o seguinte:

1- Que as reportagens veiculadas sobre o caso envolvendo o homicídio do atleta Daniel foram baseadas em fatos, fontes idôneas e/ou simplesmente reverberaram notícias já publicadas por outros veículos de comunicação.

2- Que em todas as ocasiões e na esteira do bom jornalismo, a Rede Massa ofertou amplo espaço, inclusive "ao vivo", para a defesa da família Brites livremente se manifestar sobre todos os assuntos e notícias veiculadas.

3 -Que a Rede Massa refuta, por fim, a alegação que tenha veiculado fatos sabidamente inverídicos com o intuito de prejudicar quaisquer dos membros da família Brites.

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