Hoje é sexta-feira, dia 16 de novembro de 2018, pouco mais de duas da tarde aqui na redação do Terceiro Tempo e muitas discussões sobre futebol rolando entre nós.

Quando o Palmeiras vai confirmar o título, se o Corinthians ainda corre o risco de cair, se o Santos tem chance de brigar pela Libertadores e se André Jardine deve ser confirmado como novo treinador do tricolor.

Ainda comentamos sobre a briga pelo rebaixamento, se Inter e Flamengo ainda podem sonhar com o título, e se o Atlético Paranaense vai ganhar a Copa Sul-Americana e cravar oito times brasileiros na Libertadores 2019.

E em nenhum momento houve espaço para falar sobre a seleção brasileira, que jogará daqui a pouco contra o Uruguai, um clássico da América do Sul, mas que será jogado em Londres.

A seleção que antes era orgulho de todos os brasileiros, hoje não empolga, e durante a live que fizemos, eu e Frank Fortes, na hora do almoço, muitos internautas falavam que a equipe de Tite ia perder, e tantos outros que nem sabiam que iria ter jogo do time canarinho.

Muitos fatores levaram a esse desinteresse pelos jogos da seleção, mas os principais são o distanciamento do público, com jogos em Londres, Abu Dhabi, Nepal, Tailândia e Conchichina e o descompromisso dos jogadores, que sem ter a obrigação de passar pelo Brasil e encarar os torcedores, jogam como se estivessem apenas cumprindo um compromisso.

A marcação de amistosos abaixo do nível de preparação exigido de uma seleção de ponta, com enfrentamentos com seleções fraquíssimas, como Estados Unidos, El Salvador, Arábia Saudita e Camarões, sem um único jogo contra alguém de ponta na Europa é mais um motivo.

E para piorar ainda mais a situação, a CBF ignora as datas FIFA e para não prejudicar a fase final do Brasileirão não chama jogadores que atuam no país, tirando ainda mais o interesse dos nossos torcedores. O único chamado foi Dedé, do Cruzeiro, que já conquistou a Copa do Brasil e tem vaga na Libertadores.

Se ao menos estivessem lá um Paquetá, do Flamengo, um Dudu, do Palmeiras, um Rodrigo Dourado, do Inter, um Everton, do Grêmio, um Pablo, do Atlético Paranaense ou até um Gabigol, do Santos, essas torcidas ainda teriam um interesse maior nas partidas contra o Uruguai e contra a temível seleção de Camarões.

Ao invés deles temos que engolir Paulinho e Renato Augusto, que jogam no Ching-ling, e atletas que já cansaram de ter oportunidades, como William, Danilo, Filipe Luís, Douglas Costa e Marcelo, que nem se sabe porque ainda é chamado, já que vem sendo cortado por contusão de todos os amistosos.

E nem o destaque da equipe de hoje consegue empolgar, já que por muita coisa que fez de errado dentro de campo e fora dele, Neymar tem um alto grau de rejeição do povo brasileiro, que não deve se conformar com o nível de ostentação, de soberba e de distanciamento do atacante.

Para quem se acostumou a ver a seleção num momento em que o país parava quando ela ia jogar e quando as convocações eram amplamente esperadas, é triste ver o que acontece nos dias de hoje.

A CBF cada vez mais rica, os jogadores cada vez mais milionários e acomodados, e o povo desencantado e totalmente desinteressado por aquela seleção, que já foi a maior do mundo e agora não empolga nem um pouco o torcedor brasileiro.

Fotos: Pedro Martins/MoWa Press

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