Do UOL, no Rio de Janeiro
Na partida de ida da semifinal da Copa Sul-Americana, o Atlético-PR venceu o Fluminense por 2 a 0, com gols de Rena Lodi e Rony, e leva para o Rio de Janeiro a vantagem do empate para avançar à finalíssima.
Os times fizeram uma partida disputada a mil quilômetros por hora, com alternâncias e muitas oportunidades criadas pelos mandantes, que carimbaram o travessão duas vezes e esbarraram no goleiro Júlio César. As equipes decidem sua sorte no torneio continental no próximo dia 28, no Maracanã.
Após o duelo continental, as equipes voltam suas atenções para o Campeonato Brasileiro. No sábado, o Furacão recebe a visita do Cruzeiro, às 19h, na Arena da Baixada. Já o Flu encara no domingo o Sport, às 19h, no Maracanã.
Ataque bem, defesa mal
O sistema defensivo do Fluminense não teve uma noite feliz em Curitiba. Mal na saída de bola e no posicionamento, a trinca de zagueiros e os alas foram superados pelos homens de frente atleticanos, com destaque para Cirino e Nikão, duas grandes armas do Furacão nesta noite.
Um dos jogadores mais regulares do Tricolor na temporada, Ayrton Lucas teve atuação ruim, o que fez a produção do atacante Everaldo cair um pouco na capital paranaense.
O melhor: Renan Lodi é decisivo
O lateral do Atlético abriu o placar e deu o passe para o segundo gol, além de fazer uma boa partida na marcação. Foi o grande nome na noite de festa vermelha e preta.
O jogo começou de forma eletrizante na Arena da Baixada. O Flu tentou adiantar a marcação, mas os donos da casa encontraram espaços com muita velocidade, em especial pelos lados do campo.
Em menos de 12 minutos, o Atlético teve chances reais com Pablo, mas Júlio César levou a melhor. Apesar dessa pressão do rival, o Flu tentou manter a calma e também quase chegou lá. Na melhor chance tricolor, Santos fez defesas sucessivas em cabeçadas de Gum e Luciano.
Mas a pressão rubro-negra logo deu resultado. Aos 18 minutos, o lateral Rena Lodi aproveitou rebote, bateu em cima da zaga, mas chutou sem chance alguma para o goleiro tricolor na volta.
Os tricolores se assustaram com o gol e viram o adversário subirem ainda mais a temperatura do jogo. Quase em sequência, Cirino e Nikão levaram muito perigo, mas não acertaram o alvo. Os atleticanos colecionaram oportunidades e, na melhor delas, Lucho carimbou a trave. Em seu melhor momento, Everaldo roubou a bola de Jonathan e Santos salvou. Ao fim do primeiro tempo, aplausos da torcida local e suspiro de alívio por parte dos tricolores.
Júlio César evita estrago
Não fosse a atuação do goleiro do Flu, o elenco desembarcaria no Rio com um prejuízo muito maior. Apenas no primeiro tempo, Júlio César salvou sua equipe em ao menos cinco ocasiões.
Furacão liquida
O Fluminense voltou com uma postura mais agressiva para a etapa final e ocupou mais o campo do adversário. Com maior participação de Everaldo, o time rondou mais a área de Santos, ainda que só tenha levado perigo aos 12 minutos, quando Sornoza bateu de longe.
Após a correria dos primeiros 45 minutos, a intensidade do Atlético caiu e o time deu mais espaços para o Flu, que teve mais espaços, mas não chegou a assustar.
Apesar da queda do ritmo, o Atlético ainda esteve perto de ampliar, mas Pablo acertou o travessão dos cariocas, e Júlio César, mais uma vez, saiu nos pés de Rony para evitar mais um gol. Aos 32, no entanto, o atacante não falhou. Após ótimo cruzamento de Lodi, Rony cabeceou sem chance alguma de defesa.
O Fluminense sentiu novamente o gol e ficou exposto ao terceiro gol, o que acabou não acontecendo. Fim do primeiro capítulo da semi, que terá seu desfecho no próximo dia 28.
Recorde
Na partida diante do Fluminense, o Atlético bateu seu recorde de público na temporada, com 28.403 torcedores na Arena. A melhor marca em 2018 havia sido no clássico diante do Coritiba.
Minoria barulhenta
Boa parte dos 2,3 mil lugares destinados aos tricolores estava ocupado por uma animada e barulhenta torcida, que cantou alto antes e durante a partida.
Foto: Heuler Andrey / AFP (via UOL)
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