Ele era apenas a terceira opção do esquadrão formado por Telê Santana para a disputa da Copa do Mundo de 1982, na Espanha. No entanto, para mim, Paulo Sérgio era o número um. O arqueiro fazia sucesso no Rio, atuando pelo Botafogo e era unanimidade para mim nas peladas disputadas em frente de casa, onde com luvas, joelheiras e cotoveleiras, eu sempre gritava seu nome a cada defesa praticada no gol improvisado na pracinha da rua.

Paulo Sérgio não era a figurinha carimbada do álbum da Copa do Mundo daquele ano, mas era a minha preferida. A camisa azul da seleção caia muito bem nele, que ganhou minha defesa logo na estréia da seleção brasileira naquele mundial, diante da Rússia. Quando Valdir Peres levou um frango logo de cara, num chute do meio da rua, esbravejei contra o treinador. Para mim, era um absurdo ter um goleiro como o Valdir no gol, sendo que o Paulo Sérgio poderia estar com a camisa um da seleção canarinho. Aos dez anos, não me conformava com isso. Hoje, entendo perfeitamente a preferência de Telê Santana e minhas emoções à época.

Em meu arquivo pessoal de jogos do passado, tenho duas partidas em especial que gosto muito de ver, rever, enfim, curtir sempre que possível. São elas: Botafogo 3 x 1 Flamengo e São Paulo 3 x 2 Botafogo, dois grandes duelos válidos pelas quartas e semifinais do Campeonato Brasileiro de 1981, respectivamente. Nestas partidas posso matar a saudade do goleiro e suas defesas maravilhosas. Em ambos os jogos, Paulo Sérgio foi uma muralha, comprovando os motivos que me levavam a idolatrá-lo na infância.

No duelo contra o Tricolor paulista, inclusive, o goleiro perdeu a classificação à final apenas para o árbitro. Mas isso é uma outra história...

Naquele brasileiro, eu torcia para que o Paulo Sérgio ficasse com o título. Era uma torcida isolada por um único jogador. No entanto, a perda da vaga à final pelo fogão não me fez sofrer como a queda da seleção brasileira na Copa um ano depois. Tampouco me fez deixar de gritar o nome do goleiro em minhas defesas à porta da casa.

Apesar de toda minha idolatria, Paulo Sérgio teve um currículo modesto. Esteve longe de ser um papa-títulos, ganhando apenas dois estaduais na carreira. Mas, na minha opinião, ele foi e sempre será o visto como um goleiro seguro por todas as equipes que defendeu. Naquele brasileiro, eu torcia para que o Paulo Sérgio ficasse com o título.

Era uma torcida isolada por um único jogador. No entanto, a perda da vaga à final pelo fogão não me fez sofrer como a queda da seleção brasileira na Copa um ano depois. Tampouco me fez deixar de gritar o nome do goleiro em minhas defesas à porta da casa.
 
Quem é ele?
 
Nome: Paulo Sérgio de Oliveira Lima
Posição: leiro
Nascimento: 24/07/1954
Copa do Mundo: 1982
Jogos pela seleção: 3
Gol pela seleção: 1 (sofrido)
Clubes na carreira: Fluminense, CSA-AL, Americano, América-RJ, Botafogo, Volta Redonda-RJ, Goiás e Vasco
Títulos: Campeão do Estadual do Rio em 1973 e 1975, pelo Fluminense

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