Encontrar um culpado para o rebaixamento da Ponte Preta é continuar cometendo erros. Foto: Fábio Leoni /AAPP

Encontrar um culpado para o rebaixamento da Ponte Preta é continuar cometendo erros. Foto: Fábio Leoni /AAPP

A Ponte Preta volta à Série B do Campeonato Brasileiro mais uma vez, após estar na elite do futebol nacional durante três anos. Vale lembrar, que em 2015 e 2016 o time fez campanhas que superaram as expectativas, nas quais a Macaca revelou alguns bons jogadores.

E a derrota de 3 a 2 para o Vitória-BA, no último domingo (26), não foi o fator determinante que decretou sua iminente queda.

Muito menos pelo que alguns torcedores andam dizendo sobre o atual elenco, de que ele é fraco por contar com seis atletas rebaixados em 2016: Luan Perez (Santa Cruz), Artur (Internacional), Danilo Barcelos (América-MG), Fernando Bob (Internacional), Naldo (Joinville) e Jadson (Santa Cruz).

Por um acaso lembrei do atacante Keno, que fez um ótimo campeonato pelo Palmeiras este ano e veio do Santa Cruz. Isso todos sabem, mas fazem questão de esquecer.

Assim como se esquecem de que o primeiro turno da Macaca, de razoável para ruim, poderia ter servido como um alerta para uma eventual melhora, ao invés de aceitar a má fase, o que praticamente todos fazem. Atlético-MG, Chapecoense e São Paulo (o primeiro no Z4), são clubes que terminaram atrás da Ponte na tabela, mas assimilaram a realidade e deram a volta por cima no returno.

Criticar duramente o time, dar pouco apoio, ameaçar jogador e tomar atitudes que causam pressão, só pioram as coisas, como de fato aconteceu. Basta lembrar do incidente em que parte da delegação foi agredida no aeroporto, dia 25 de setembro, quando o time campineiro retornava de Santa Catarina após derrota de 1 a 0 para a Chapecoense, pela 26ª rodada.

Verdade seja dita, a Ponte não merece estar na Série B. O que aconteceu no Moisés Lucarelli é outro episódio para ser esquecido e apagado da história.

Encontrar um culpado neste momento, é o pior dos erros. Portanto, atrelar toda a culpa do descenso ao zagueiro Rodrigo, não é a mais sábia das ações. Pois, em muitos jogos ele foi fundamental para um resultado positivo ou satisfatório.

Talvez não haja mais clima para ele continuar e o mais certo a se fazer seja realmente envolvê-lo em uma negociação como muitos pedem, obviamente que devido as circunstâncias do último duelo.

Porém, o que deve se levar em conta, é que não foi apenas “um ou dois dedos” que decretaram esse triste rebaixamento, mas sim uma somatória de circunstâncias, como “todos os dedos” de quem soube apontar as falhas durante o Brasileirão e não teve a capacidade de resolvê-las.

SOBRE O COLUNISTA

Apaixonado por programas esportivos de rádio e televisão, desde a infância é frequentador desses meios de comunicação. Formou-se em jornalismo e logo em seguida pós-graduou em Comunicação Jornalística, pois visava trabalhar com esportes. Mais tarde, concluiu o MBA de Master em Gerência e Administração para entender o mundo dos negócios.

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