Que bom seria se um dia, a nossa pífia cultura do exagerado rodízio de técnicos tivesse um fim.
Uma nova mentalidade e planejamentos consistentes seriam mais constantes no nosso cotidiano.
Com certeza o nível dos campeonatos aumentaria sem perder o glamour e charme que o futebol brasileiro possui e há tempos deixou de ser exibido.
Pode até ser que, o grau de qualidade dos atletas apresente melhoras, evolução!
E será que nossos treinadores também alcançariam outro patamar?
Tempo prolongado aliado a segurança para executar trabalhos e filosofias, seriam realidade para um mundo de sonhos.
Mundo este, real a Rogério Ceni.
Pois no São Paulo, como técnico, se permitirem pode ser que fique o mesmo tempo quando jogador.
Ou você duvida?
O eterno ídolo tricolor já deu provas que conhece bem a função, mas também e infelizmente, já comprovou que ainda não está pronto para ser treinador.
Uma coisa é ser líder, outra é ser comandante.
E o legado deixado, o amor do torcedor que agrega a figura do M1TO, corre perigo. Está ameaçado!
Aqueles que se incomodaram com a prorrogação da aposentadoria de Ceni, hoje, não suportam suas derrotas à frente do time. E a minoria, que tolerou essa demora na despedida do ex-goleiro, está incomodada com o seu trabalho.
Todavia, há alguns, raros, que o veneram e acreditam no seu sucesso.
É que a lógica seria, no mínimo, ele terminar o curso para técnicos no exterior ou, não menos importante, estagiar por categorias de base antes de assumir o time principal. Quem sabe até, um “bico” como auxiliar no próprio São Paulo...
Etapas fundamentais para a aquisição de experiência nesta profissão.
Exemplo, um estudante de medicina não se torna um cirurgião após concluir a faculdade, ele primeiro faz a residência.
Passar por essa crise chata e arranhar o que foi construído em 25 anos de São Paulo, não vale a pena, é desnecessário.
A venda de muitos atletas é a justificava para eliminações infantis e resultados negativos.
Conclui-se, então, que a chegada do pacotão de reforços irá ser a solução para todos os problemas.
Cabe agora, a massa são-paulina, ter mais uma vez paciência e esperança em Rogério Ceni.
Credibilidade ele tem de sobra, afinal, foram anos acumulando confiança. E vai que dá certo, não é mesmo?
Agora, caso a melhora não venha e rápido, estamos prestes a testemunhar o nascimento de mais um Paulo Roberto Falcão. Inquestionável como jogador, visão e inteligência como ninguém, mas sem poder de ação e infame como treinador.
Foto: Julia Chequer/Folhapress - retirada do UOL
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