Agora já: é o que vale para o Grêmio, Palmeiras e atualmente para o PT também

Agora já: é o que vale para o Grêmio, Palmeiras e atualmente para o PT também

“O Palmeiras não foi eliminado nos 2 a 2 em casa, mas sim em La Bombonera quando perdeu de 2 a 0”!

Nossa, como ouvi isso!

É o Clichê FC!

Como também “o Boca é o Boca”, “o Boca tem a camisa mais pesada do mundo”, “argentino é manhoso”, “o Boca é copeiro”, “argentino é melhor na catimba do que na bola” ou “eles são bons mesmo”.

Nossa, que conversa, hein, Pedro Bó?

É tudo papo furado, velhíssimas repetições, algumas verdadeiras.

O Brasil de Pelé e a Argentina de Maradona sempre foram e são os melhores do mundo e estes dois países merecem logo uma final de Copa do Mundo.

“Os caras aqui do lado” sabem jogar bola e se fossem organizados e não tão soberbos, arrogantes e passionais, os argentinos não teriam hoje só duas Copas e... na mão grande.

A de 86, literalmente.

Né, Maradona?

"La Mano de Dios", em 1986. Pobre Inglaterra... 

A de 78, burramente sem Maradona, precisaram de um peru mole para cravar sua primeira Copa.

Agora tem River Plate x Boca Juniors, dois lindos nomes de times, mas perdendo de longe para “Corinthians”, o melhor batismo de um clube de futebol em todo o mundo.

E quem ganha a Libertadores?

Sei lá, não interessa e nem quero saber.

Mas gostei de saber, e não tinha a menor ideia, que o Jair Messias Bolsonaro chama-se “Jair” em homenagem de seu pai ao ex-armador, chutador cruel, artilheiro, líder e atacante Jair Rosa Pinto (1921 – 2005).

Titular absoluto de 50, começou no Madureira (com Lelé e Isaias formou “Os Três Patetas”), foi para um Vasco espetacular, teria “ensinado” Pelé a chutar melhor na Vila Belmiro, foi bem no Palmeiras e, no ocaso da carreira, pouco fez no São Paulo.

     

Os Três Patetas do Madureira: Lelé, Isaias e Jair Rosa Pinto

Só o vi uma vez, em 2001, quando o Palmeiras homenageou seus campeões mundiais de 1951.

Como Boris Casoy e Joelmir Beting, recebi um diploma e um relógio como agradecimento do Palmeiras por tanto defender no “SuperTécnico” e no “Gol, o Grande Momento do Futebol”, ambos da Band, o Mundial de 1951.

     

No ano de 2001, em festa promovida pelo Palmeiras para comemorar os 50 anos do Mundial de 1951. À esquerda, veja Jair Rosa Pinto e Fábio Crippa. À direita, aparecem Milton Neves, Fábio Crippa e Joelmir Beting

E só o entrevistei também uma vez, na Rádio Jovem Pan I AM, há uns trinta anos, por telefone, domingo cedo.

Foi mais uma dessas “milhões” de entrevistas minhas “sumidas” que fiz e não guardei.

Não dava, porque para tal precisava de um rigoroso e raríssimo “visto” num papel verde para a técnica transportar a gravação para uma fita cassete, comprada.

Ah, internet, por que você não nasceu bem antes?

Mas, no papo, lembro bem, Jair, já com uns setenta e tantos anos, mostrou toda sua inteligência, memória e visão profissional.

“Jogávamos por uma miséria”, “o profissionalismo não existia, nossas chuteiras e camisas eram ruins” e “parem de culpar Barbosa e Bigode pela derrota de 50”.

E mandou um clichê como este do Palmeiras ter perdido a Libertadores em La Bombonera e não no Allianz Parque.

“O que matou nosso time em 50 no Maracanã foi o gol do Schiaffino, o do empate, e não o do Ghiggia”.

Schiaffino e Ghiggia: os carrascos do Brasil na Copa de 1950

“O gringo não poderia estar tão livre em nossa área no cruzamento”, desabafou e, como Ademir de Menezes, “culpou” um zagueiro pelos dois gols uruguaios.

“O gente boa do Juvenal falhou nas coberturas, era a função dele”.

Agora já era há 68 anos e não tem volta.

É o que vale para o Grêmio e Palmeiras e atualmente para o PT também.

Perdeu, perdeu!

Faz parte, ninguém ganha tudo e todas e até o Pelé perdia pênalti.

Então, choro no futebol, vá lá, faz parte.

Mas, na política, ficar aí urubuzando, secando e torcendo contra?

Deixem o Brasil experimentar a zebra Bolsonaro como experimentamos por oito anos Lula, então outra grande incógnita.

E para mim, profissionalmente, foram os melhores anos de minha vida.

E repito o que tanto escrevi e falei antes da eleição: “Megalomaníaco e mesquinho, Lula, que se considera o único e supremo dono do vermelho, do 13 e da esquerda, preferiu correr o risco de perder com o controlável Haddad do que ganhar com o incontrolável Ciro, e no primeiro turno”!

Agora parem de ser “rilientos” chorando como o menininho que não ganhou um picolé.

Vai que dá certo?

Não deu com o Lula?

E ele só se estrepou por bobagens de triplex e sítio.

E agora parem de encher o saco do Capitão sob pena de ele formar o “Trio Moro, Mourão e Mourinho”, brincam por aí.

E olha que o Mourinho é bem mala “como o novo presidente”.

Moro, Mourão e Mourinho: o trio que a internet "pede" no governo de Bolsonaro

 

SOBRE O COLUNISTA

Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.

É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.

Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais

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