Deve ser muito complicado buscar atualmente bons jogadores no mercado da bola tendo que competir com o milionário time do Palestra Itália

Deve ser muito complicado buscar atualmente bons jogadores no mercado da bola tendo que competir com o milionário time do Palestra Itália

E só dá Palmeiras para todo lado.

Seja no campo – levantando no último domingo o seu décimo troféu do Brasileirão -, no noticiário político – com o polêmico convite ao presidente eleito Jair Bolsonaro, que “se esbaldou” na festa do deca -, e, claro, também na mídia esportiva – que não para de anunciar mais reforços para o “inglês” Verdão.

E esse último ponto tem deixado os dirigentes rivais de cabelo em pé.

E, realmente, deve ser muito complicado buscar atualmente bons jogadores no mercado da bola tendo que competir com o milionário time do Palestra Itália.

Afinal, é óbvio que quem quer vender um bom jogador de seu elenco para encher os cofres do clube, esperará sempre por uma proposta palmeirense, quase sempre bem “gorda”.

E quem perdeu a paciência com essa situação e botou a boca no trombone nesta semana, em entrevista à Rádio Itatiaia, foi o presidente do Atlético-MG, Sérgio Sette Câmara.

“Estivemos perto de contratar o Arthur, do Ceará. Achei que seria interessante. O Palmeiras foi lá e contratou. A gente também olhou o Zé Rafael. Eu tinha vontade de trazer. Quando foi tentar contratar, mas o Bahia pediu um valor exorbitante e quem foi pagar foi o Palmeiras. Tentamos negociar, mas falaram que o Palmeiras tinha oferecido o nosso valor mais x”, explicou Sette Câmara.

E o mandatário do Galo continuou: “Está faltando aqui no Brasil alguma regulamentação, como o fair play financeiro. Estamos num momento em que eu tenho procurado alguns reforços. Você bate na porta de algum jogador e quando você está, está lá o Palmeiras. Tentei contratar, mas ficou impossível”.

Bom, e eu até entendo a revolta e a frustração do meu amigo Sérgio Sette Câmara.

Conseguir bons reforços hoje em dia no mercado virou tarefa das mais ingratas.

Mas então por que ninguém sugeriu o fair play financeiro na época em que o Palmeiras anunciava nomes como Max Pardalzinho, Adriano Michael Jackson, Leandro Amaro, Betinho, Pedro Carmona, Ricardo Bueno, Mazinho “Messi Black”, entre tantos outros?

Os rivais, agora, precisam correr atrás.

E não só dos 10 títulos brasileiros, mas também do poderio econômico deste novo e poderoso Palmeiras.

No mais, o surpreendente Tiago Nunes, sem grife e sem marketing pessoal, faz um belíssimo trabalho no Atlético-PR.

O Furacão, que empatou na Colômbia, tem agora tudo para levar o título da Sul-Americana por três fatores: campo, torcida e gramado sintético!

E, convenhamos, o Junior Barranquilla é um time nota 4,27.

E no domingo, teremos o derradeiro capítulo desta novela que se tornou a final da Libertadores?

Torço para que sim.

Assim como torço também para que dê... Boca!

É que já era para a taça ter sido entregue para a equipe comandada por Guillermo Schelotto, por causa do vergonhoso ataque da torcida do River Plate nos arredores do histórico estádio Monumental de Núñez.

Como a CONMEBOL não teve peito para isso, que Tévez e companhia deitem e rolem para cima dos “Millonarios” no Santiago Bernabéu.

E o gente boa e competente Fábio Carille está de volta ao Timão.

Durou pouco a sua aventura no “Mundo Árabe”, hein?

Mas eu fiquei triste pelo queridíssimo Jair Ventura, que não teve culpa pelo péssimo desempenho do Corinthians na reta final do Brasileiro.

Afinal, ninguém consegue fazer omelete sem ovos!

Não é mesmo?

SOBRE O COLUNISTA

Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.

É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.

Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais

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