Próximo da equipe italiana, monegasco será `pedra no sapato´do alemão. Foto: Reprodução/Twitter

Próximo da equipe italiana, monegasco será `pedra no sapato´do alemão. Foto: Reprodução/Twitter

Está tão na cara que Charles Leclerc substituirá Kimi Raikkönen na Ferrari, mas tão na cara, que vai mesmo.

Ainda não é oficial, mas a "batida de martelo" não está distante.

Há um mês e meio a `Gazetta dello Sport´cravou que o monegasco está acertado com o time italiano para as duas próximas temporadas. Até informou o valor do contrato: 5 milhões de euros, dois em 2019 e mais três em 2020.

Talvez no fim de semana do GP da Bélgica ou, no mais tardar na etapa seguinte, em Monza, a futura dupla escarlate esteja definida com Vettel e Leclerc.

Nesta semana, Kimi Raikkönen, no evento de lançamento de sua autobiografia intitulada `The Hunknown Kimi Raikkönen´, falou sobre se aposentar da F1, algo que não vai incomodá-lo. Ele disse que gosta de guiar mas considera `dispensáveis´aquilo que cerca o circo.

Raikkönen tem experiência em despedidas. Já disse adeus à F1 no final de 2009 e voltou em 2012.

Campeão mundial em 2007, será mais lembrado como um dos pilotos de ponta mais irregulares da história da F1, alternando atuações brilhantes com outras absolutamente insossas.

Ah, tem as conversas pelo rádio, com os engenheiros... Há quem goste do seu tom lacônico.

Um piloto que chega à F1, guia pela Ferrari e que não vibra, e não sorri, eu não entendo.

Bom, mas a motivação para escrever é o Leclerc.

Posso estar redondamente enganado, mas, guardadas as devidas proporções, ele tem calibre para incomodar Vettel como Senna fez com Prost quando entrou na McLaren em 1988.

Ok, Senna tinha mais estofo. Um brilhante ano de estreia pela Toleman e mais três temporadas em curva ascendente pela Lotus.

Dividiu os boxes com Alain Prost, bicampeão que dava as cartas no time então chefiado por Ron Dennis.

O francês era o homem a ser batido.

Senna "rachou" a equipe e viveu com o Prost uma das relações esportivas mais explosivas de todos os tempos.

Na F1, certamente a mais intensa de todas.

Vettel, na personalidade, não se parece com Prost. Nem Leclerc com Senna.

Mas, tecnicamente falando, o monegasco é um assombro.

Se conseguir se impor será uma pedra no sapato do alemão.

Jacques Villeneuve, recentemente, disse que a Ferrari deveria manter Raikkönen pois Leclerc será `comido vivo´por Vettel.

Jacques, que perdeu o `bonde´da F1 apostando na `canoa furada´ chamada BAR-Honda, é useiro e vezeiro em vociferar bobagens.

Leclerc vai sim rivalizar com Vettel. 

Como o alemão lidará com a situação é outra história...

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SOBRE O COLUNISTA

Editor de automobilismo do Portal Terceiro Tempo, começou no site de Milton Neves em 10 de março de 2009. Também atua como repórter, redator geral, colunista e fotógrafo. Em novembro de 2010 criou o Bella Macchina, programa em vídeo sobre esporte a motor que já contou com as presenças de Felipe Massa, Cacá Bueno, Bruno Senna, Bia Figueiredo, Ingo Hoffmann e Roberto Moreno, entre outros.

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