Rafaela não ganhava ouro desde 2016. Foto: Divulgação FIJ

Rafaela não ganhava ouro desde 2016. Foto: Divulgação FIJ

Por João Antonio de Carvalho

O final de semana foi de conquistas importantes para os esportes olímpicos brasileiros, começando pela vela, onde o país conseguiu vaga para Tóquio 2020 na classe Nacra 17, fechando o Mundial de classes olímpicas com três vagas para a próxima olimpíada.

O Brasil já havia se garantido na classe Laser, com João Pedro Oliveira, e na 49er FX, com as campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze. No domingo foi a vez de Samuel Albrecht e Carolina Nicolino de Sá, na Nacra 17.

Eles terminaram as regatas de classificação em quarto lugar, confirmando a vaga para Tóquio e só não brigaram por medalha porque a Medal Race foi cancelada por falta de ventos.

E foi uma participação consistente, com duas vitórias, uma segunda colocação e uma terceira. A Nacra 17 é a caçula do programa olímpico, tendo estreado no Rio, em 2016, sendo uma classe muito veloz, com os barcos chegando a 50 km/h.

Patricia Freitas, na RS:X chegou perto da vaga, apesar de ter terminado somente em 20º lugar. Ela terminou como 12º país, numa classe que dava onze vagas olímpicas. Cada país só pode conseguir uma vaga por embarcação e por isso ela ficou bem perto.

As principais decepções ficaram por conta de Jorge Zarif, na Finn, que terminou apenas em 18º, após ter sido campeão da Copa do Mundo de Vela, e a dupla da 470 feminina, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan, que terminaram em 14º.

Outro bom resultado alcançado pelo esporte brasileiro foi no Pan-Pacífico, de Natação, em Tóquio, no Japão, com quatro medalhas, uma de ouro, uma de prata e duas de bronze.

A de ouro foi conquistada pelo revezamento 4 x 100 livre, mas somente após a desclassificação da equipe americana, por ter trocado a ordem dos nadadores. Mesmo assim, o quarteto formado por Gabriel Santos, Marcelo Chierighini, Marco Antonio Ferreira Júnior e Pedro spajari, já teria alcançado um belo resultado com a prata.

As outras medalhas foram de Leonardo de Deus, prata nos 200 metros borboleta, João Gomes Júnior, bronze nos 100 metros peito, e Vinicius Lanza, nos 100 borboleta. O resultado iguala as participações de 2014 e 2010.

Outro importante resultado na água foi o bronze de Fernando Ponte na etapa de Lac-Mégantic, no Canadá, na Copa do Mundo de Maratonas Aquáticas. Ele já havia conquistado uma de prata, também no Canadá, na última semana, em Roberval.

Ainda tivemos a volta de Rafaela Silva ao lugar mais alto do pódio, no Aberto de Budapeste, na Hungria. Ela ganhou ouro nos leves após derrotar a alemã Theresa Stoll, quinta do ranking mundial, algo que não acontecia desde a medalha olímpica de 2016.

Finalmente as conquistas das medalhas de prata no masculino e no feminino da etapa de Moscou, do Circuito Mundial de Vôlei de Praia. No masculino, Alison e André perderam de 2 a 1 para Samoilovs e Smedins, da Letônia, e no feminino, Ágatha e Duda perderam, também por 2 a 1, para Summer e Hughes, dos Estados Unidos.

 

Fotos: Divulgação FIJ e Jesus Renedo/SailingEnergy/World Sailing

SOBRE O COLUNISTA

Jornalista com passagens pela Rádio Jovem Pan, Sportv e Fox Sports é especialista em esportes olímpicos.

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