Tricampeã Pan-Americana, bi-campeã sul-americana, vice-campeã dos Jogos Sul-Americanos, aos 21 anos Lais Nunes Oliveira tem bagagem de veterana

Tricampeã Pan-Americana, bi-campeã sul-americana, vice-campeã dos Jogos Sul-Americanos, aos 21 anos Lais Nunes Oliveira tem bagagem de veterana

Tricampeã Pan-Americana, bi-campeã sul-americana, vice-campeã dos Jogos Sul-Americanos, aos 21 anos Lais Nunes Oliveira tem bagagem de veterana e reconhecimento internacional na luta olímpica, esporte pouco difundido no Brasil, mas tradicional na história humana e Jogos Olímpicos.

No Brasil se prepara com o cubano Alejo Morales na equipe e faz intercâmbios, atualmente treina com a equipe japonesa. Natural de Barro Alto, em Goias, hoje é número 16 do ranking da Federação Internacional de Lutas Associadas (FILA). Em entrevista ao Terceiro Tempo, Lais Nunes fala de sua carreira no wrestling e seus planos para o mundial de Tashkent, no Uzbequistão.

Como foi o início no wrestling?

No inicio foi bem confuso, porque na verdade era pra ser um projeto social de judô na minha cidade tanto que cheguei lá interessada, comecei a treinar e depois descobri que era a luta olímpica, então comecei a competir em 2007 na categoria cadete (16 a 17 anos).

Qual o diferencial de estrutura e equipe do Sesi para demais grupos?

O Sesi hoje no brasil é um dos clubes que mais dá estrutura para os atletas, principalmente na luta olímpica, o que não se vê em tantos clubes. Temos apoio e incentivo que nos ajuda a continuar na luta.

Como é trabalhar com o técnico cubano Alejo Morales?

O Alejo pra mim é mais do que um técnico, sempre o considerei como um pai. Primeiro por que ele me apoiou e me levou pro Sesi, segundo por toda história até aqui. Muita admiração e respeito por esse homem.

Você agora está treinando no Japão. Qual o diferencial do time japonês para os outros de elite? E para o brasileiro?

O Japão é tradicional na luta e começou antes que muitos, então já começa por aí estarem tanto na frente em relação ao brasil e a tantos outros países. Possuem material humano, bastante meninas, o que ajuda muito um grupo a crescer e vários talentos aparecerem, diferente do Brasil que não existem tantas meninas.

No último Pan você conquistou a prata na categoria até 60 kg. Qual foi a estratégia para este feito?

Eu simplesmente treinei, já vinha treinando almejando esse Pan-americano, não nessa categoria, mas já que foi assim. Fiz o que faria se estivesse na outra categoria, eu só lutei, dei o meu melhor e fiquei feliz pelo resultado, pela experiência e por tudo.

Antes da competição você disputou a vaga dos 63 kg - a sua original - com Dailane Gomes e a perdeu para a colega. Dailane não conseguiu medalhas e nesta divisão você é apontada pela FILA como a 16ª. Pensa em retornar a categoria?

Na verdade eu nunca saí da categoria, simplesmente perdi a vaga pro Panamericano e disputei na debaixo, mas a competição seguinte no Azerbaijão já lutei na 63 kg. Então essa é a categoria que vou lutar até 2016.

Sendo 16ª do ranking. Como pode melhorar sua condição na tabela? Quais adversárias no cenário internacional você mais se preocupa?

Só é possível uma evolução fazendo o que estamos fazendo sempre, treinando e buscando melhorar cada vez mais, buscando superar corrigir e absorver tudo que vivenciamos em cada competição. Cada experiência contribui pra isso. Vou lutar pra que cada vez mais seja um passo perto do meu objetivo. E não há com quem se preocupar, por mais que os níveis sejam diferentes, é preciso acreditar no que treinamos, confiar nisso e fazer o melhor lá dentro independente de quem seja.

Além de você, o Brasil ainda tem no ranking mundial Joice Ferreira e Aline Silva. Como é viver num país que cresce no esporte, mas ainda é difícil comprar sapatilhas?  

É uma honra acompanhar e fazer parte dessa evolução com esse time. Sempre buscando representar bem o Brasil e se superar a cada dia. É um time de guerreiras que cresce neste esporte tão pouco conhecido aqui. Mais é como aprendi, temos que fazer com o que temos, com as nossas armas, e não olhar pro que não temos, sempre dá pra ir, e mesmo se não tiver sapatilhas aqui, compraremos em outros países, mais ainda assim vamos continuar na luta.

Quais suas expectativas para o mundial? Como fará para alcança-las?

As expectativas as melhores possíveis. Já estou trabalhando para alcançá-las e supera-las, farei o meu melhor pra ser melhor do que ano passado. Quero estar entre as melhores, ter a chance de chegar mais perto dessa vez. Apenas trabalho duro e fé pra alcançar!

Foto: Lais Nunes Oliveira / CBLA

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