Vai começar a Copa. E com ela uma mistura de esperança e apreensão do torcedor.
Esperança de que o trabalho realizado a partir da chegada de Tite continue prosperando. Apreensão por ser impossível ter garantias de que os traumas do 7 a 1 foram superados.
Historicamente nunca serão. Mas, esportiva e tecnicamente, é a única maneira do futebol da seleção voltar a brilhar. Alguém já disse: não importa quantas vezes te derrubam, mas sim como você vai conseguir se levantar.
Continuamos sendo goleados quando teimamos em errar. Colocar Dunga no comando do time para promover um “choque de gestão” foi a mais infeliz das ideias. O Dunga de 2015 era ainda pior em tratamento e liderança que o Dunga de 2010, na África do Sul.
Iniciamos o processo para parar de sofrer quando um tático e, verdadeiramente, gestor de pessoas assumiu o comando. Tite afastou as alucinações e fantasmas no dia a dia, com trabalho, conversa, entendimento.
Tratou de se fazer entender, de mostrar que o barco era de todos e que, cada um com sua responsabilidade, deveria contribuir para navegar em águas mais tranquilas. O Brasil chegou pronto para a Copa.
Se não é uma seleção brilhante é, ao menos, coesa, com padrão de jogo e variações definidas. Dependemos de Neymar? Sim, mas também dependemos desse conjunto que pode permitir o brilho do atacante brasileiro.
E não há nenhuma vergonha em depender do Neymar. Afinal, a Argentina é dependente de Messi e Portugal de Ronaldo. A diferença é que os outros 10 do Brasil são melhores que argentinos e portugueses, na maioria.
Não há garantias de hexa. Mas há a certeza de que esse time vai honrar o escudo com cinco estrelas. E seguimos...
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