"Invasão" ao Japão foi tão marcante quanto a conquista sobre o Chelsea

De Yokohama, Japão
Texto e fotos: @fabiolucasneves


Os corintianos proporcionaram um espetáculo inesquecível em Yokohama. Eternamente, haverá discussão sobre o número aproximado de torcedores no estádio. Até porque os rivais se recusam a aceitar a existência da "invasão" ao Japão. De qualquer forma, a polêmica se torna minúscula perto da grandiosidade do show dado pela Fiel.

As arquibancadas foram pintadas de preto e branco. O Timão jogou com o clima do Pacaembu do outro lado do planeta. Sem exagero. O apoio foi maciço e irrestrito. Emocionante.

Também havia ingleses no Yokohama Stadium, claro. Eles até tentaram apoiar os Blues, mas os gritos foram sufocados. As vozes dos brasileiros ecoaram durante quase toda a partida.

"Amparado" pela Fiel, os jogadores alvinegros encararam o Chelsea de igual para igual. No ritmo da canção da torcida, o Corinthians ganhou do campeão europeu. E convenceu com um futebol eficiente e organizado.

Gigante, Cássio foi o eleito o melhor em campo. A defesa do gaúcho no chute de Moses, no primeiro tempo, nunca sairá da memória dos torcedores.

Alessandro teve a honra de erguer a taça. O lateral-direito contou com a ajuda fundamental de Jorge Henrique para anular o meia-atacante belga Hazard, que foi substituído na etapa final.

O mundo é da Fiel. Corintiano, pode comemorar sem moderação. Você merece.
Curiosidades

Quando subiu ao palco montado na beira do gramado para ganhar o prêmio de melhor em campo, o goleiro Cássio recebeu um abraço apertado do presidente Mário Gobbi, observado pelo manda-chuva da CBF, José Maria Marin.

Pelas arquibancadas do Yokohama Stadium, a Fiel espalhou faixas que identificavam a origem do torcedor. Bairros paulistanos como a Mooca foram "representados" na decisão. Também havia alvinegros de todas as partes do Brasil e do exterior.

Momentos antes de Alessandro levantar o troféu, os atletas do Chelsea aguardavam no campo o fim do cerimonial. Com frio e irritados, os britânicos olhavam para os corintianos com ar de desolação. Mas não são os europeus que não ligam para o Mundial? À direita, o herói Guerrero segura a bandeira do Peru, entregue assim que a decisão terminou.

O Chelsea conseguiu balançar as redes do gol de Cássio, mas Fernando Torres estava impedido quando finalizou.

Nos segundos que separaram a conclusão do lance e a consequente anulação pelo árbitro turco Cuneyt Cakir, o coração de alguns alvinegros parou...

E a "explosão" quando aconteceu o gol de Guerrero? Corintianos se abraçavam, choravam, gritavam. A essência do clube - a torcida - foi apresentada ao Japão de uma maneira nobre. Os nipônicos ficaram impressionados.

O Yokohama Stadium teve uma noite de Pacaembu.


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SOBRE O COLUNISTA

Iniciou a carreira em 1999 na Rede Bandeirantes de Rádio. Passou pela Rádio Jovem Pan e empunhou por seis anos o microfone da TV Record. Desde março de 2008, é editor-chefe do site Terceiro Tempo. Em julho do mesmo ano, foi contratado para integrar o time de repórteres da Band.

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