Um dos maiores comunicadores do rádio popular do Brasil, Eli Correa está acertando a sua ida para a TOP FM. O "Homem Sorriso do Rádio", que trabalhou por anos nas rádios Tupi, Globo, Record, América e Capital, onde vai deixar o seu programa na parte matinal das 6h às 8h e segue na emissora que está há décadas das 12 às 15 horas.

Francisco Paes de Barros, Diretor-Geral da Rádio Capital confirmou ao blog que existe a possibilidade de o Eli ir para a Top FM e fazer o horário da manhã: "A audiência da Capital é muito boa. De segunda a sexta-feira, das 6 às 11 horas, ela está entre as três mais ouvidas entre as emissoras ams e fms da Grande São Paulo. Com a crise econômica e com a mídia digital, as fatias do bolo publicitário sofreram alteração. Temos que enquadrar os nossos custos ao tamanho da fatia que cabe à Capital". Francisco Paes de Barros afirmou também que nos próximos dias a emissora já terá uma solução em relação ao comunicador que vai ocupar o horário.

Entramos em contato com o Diretor Artístico da Top FM, Ênio Roberto Silvério, mas até o fechamento dessa matéria não tivemos retorno. Eli deve estrear no Top FM na segunda-feira, dia 3 de setembro, no horário das 5h às 8h da manhã. O comunicador de 66 anos e que está prestes a completar 50 anos de rádio já trabalhou em FM no começo dos anos 90, na ocasião na X FM 90.5 Mhz, emissora que pertencia ao Sistema Globo de Rádio e antecedeu a frequência da CBN em 1991.

O P I N I Ã O

O FM está de olho em grandes comunicadores, o segmento popular é líder no FM também. Recentemente a Band FM tirou Patrícia Liberato da Transcontinental, a chegada de Eli na Top vai fazer a emissora com foco na música sertaneja subir no ranking. Por outro lado, a situação do AM (principalmente em São Paulo), vai ficando delicada, pois a Globo/CBN encerra seus canais em AM agora em setembro, a líder Capital terá que se desdobrar para segurar a audiência e seus anunciantes no horário. Bons nomes não faltam no mercado para ocupar o lugar de Eli, mas sem dúvida é uma grande perda para o rádio AM e aumenta a preocupação diante da incapacidade do Ministério das Comunicações em agilizar a migração para o FM.