Nelsinho Baptista

Ex-lateral do São Paulo e Santos e grande técnico
por Rogério Micheletti
 
Nascido no dia 22 de julho de 1950, no Distrito de Barão Geraldo, onde fica a Unicamp, e revelado no time oratório do Colégio Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora de Campinas, Nelsinho, o Nélson Baptista Júnior, lateral-direito da Ponte Preta, do São Paulo, do Santos e do Juventus, nos anos 70 e 80, tornou-se um importante técnico do futebol brasileiro. 
 
Em 12 de dezembro de 2017 foi anunciado como novo treinador do Sport Club do Recife. Em 24 de abril de 2018, chateado com a diretoria, anunciou em entrevista coletiva a sua saída do Leão e desde 2019 é o treinador da equipe japonesa do Kashiwa Reysol.

Tem três filhos do primeiro casamento e uma filha do segundo. Bárbara nasceu quando Nelsinho estava com 58 anos.

Ele começou a ganhar destaque no Atlético Paranaense, em 88,e no ano seguinte levou o Novorizontino ao vice-campeonato paulista, perdendo para o Bragantino, de Wanderley Luxemburgo, na final em 1990.

No mesmo ano, Nelsinho comandou o time corintiano na conquista de seu primeiro título brasileiro. O time base do alvinegro era: Ronaldo; Giba, Marcelo, Guinei e Jacenir; Márcio, Wilson Mano e Neto; Fabinho, Tupãzinho e Mauro (Paulo Sérgio).

O título de 90 não foi o único de Nelsinho no comando do Corinthians. Sete anos depois, em 97, ele dirigiu a equipe campeã paulista. O time corintiano, contando com o combustível financeiro do Banco Excel (então parceiro), contratou vários jogadores naquele ano, entre eles o artilheiro Túlio, que foi colocado no banco de reservas pelo treinador.

Em 1998, assumiu o São Paulo e voltou a ganhar o estadual, tornando-se bicampeão. Na decisão, o meia Raí reestreou pelo Tricolor com a camisa 23 ( o time do Morumbi aproveitou uma brecha do regulamento e inscreveu o ídolo às pressas). O curioso é que o adversário de Nelsinho Baptista na final foi o Corinthians, de Vanderlei Luxemburgo, até então seu carrasco.
 
Nelsinho trabalhou ainda no América (SP), Palmeiras, equipes da Arábia e do Japão, Guarani, Cruzeiro, Internacional e, depois de uma boa passagem pela Ponte (clube que dirigiu nos anos 80), voltou para o São Paulo, no segundo semestre de 2001. Demitido um ano depois, assumiu o Goiás para a disputa do Campeonato Brasileiro.

Em 2003 dirigiu o Flamengo, vice-campeão da Copa do Brasil. e o São Caetano, antes de voltar ao futebol japonês. Em 2005, o ex-lateral assumiu o Santos, um dos times que defendeu nos tempos de jogador. Nelsinho entrou no lugar de Gallo, demitido após derrota para o Fluminense, por 4 a 3, pelo Campeonato Brasileiro.

Mas ficou na Vila por pouco tempo. Após levar uma incrível goleada de 7 a 1 para o Corinthians, no estádio do Pacaembu, seu cargo ficou ameaçado. Dias depois, após a derrota para o Inter de Porto Alegre por 4 a 0, no estádio Anacleto Campanela (o Santos tinha perdido o mando de campo) ele não aguentou a pressão e entregou o cargo.

Em 2006, começou o Campeonato Brasileiro no São Caetano, mas não suportou o fraco desempenho do Azulão e deixou o time do ABC.

Em 2007, Nelsinho assumiu o comando da Ponte Preta de Campinas (SP), após a demissão do técnico Vanderlei Paiva. Logo na estreia, no dia 31 de janeiro, bateu o Palmeiras do técnico Caio Júnior por 2 a 1. Em setembro do mesmo ano, ele foi demitido. Em seu lugar entrou Paulo Comelli. Mas não ficou mais do que três dias desempregado. Pela quarta vez, assumiu o comando do Corinthians. O time do Parque São Jorge não vivia grande situação no Campeonato Brasileiro e entrou para história ao ser rebaixada para a Série B. Nelsinho perdeu o cargo logo após o fiasco no Brasileirão.

Depois, assumiu o Sport para a temporada 2008.

Nesse ano, foi campeão pernambucano pelo time da Ilha do Retiro.

Seu time, que tinha como destaques jogadores como Carlinhos Bala e Luizinho Neto, fez uma campanha quase impecável. Sofreu apenas duas derrotas. Ainda em 2008 foi campeão da Copa do Brasil, diante do Corinthians. Em 2009 conquistou novamente o título pernambucano. Permaneceu no comando do Sport até maio de 2009. Aceitou, em julho do mesmo ano, convite para trabalhar no Kashiwa Reysol, do Japão, onde permaneceu até 2014.
 
Em 2015 assumiu o comando técnico de outra equipe japonesa, o Vissel Kobe.

Como jogador

Nelsinho começou a carreira na Ponte Preta, mas se destacou mesmo vestindo a camisa do São Paulo, de 1971 a 1977. Foi titular do time são-paulino na conquista do Paulistão de 1975. Depois do São Paulo, Nelsinho defendeu o Santos, campeão paulista em 1978, e o Juventus.
 
No dia 29 de outubro de 2017, Nelsinho Baptista participou do Domingo Esportivo, da Rádio Bandeirantes, e anunciou o seu retorno ao futebol brasileiro:
 
 

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Números como jogador do São Paulo

Foram 262 jogos com a camisa são-paulina (130 vitórias, 89 empates e 43 derrotas) e seis gols marcados, segundo o "Almanaque do São Paulo", de Alexandre da Costa.

Números como técnico

Nelsinho dirigiu a equipe são-paulina duas vezes: em 1998 e de 2001 até 2002. Foram 108 jogos (52 vitórias, 22 empates e 34 derrotas), segundo números do "Almanaque do São Paulo", de Alexandre da Costa.

No Palmeiras, ele comandou a equipe 80 vezes (42 vitórias, 18 empates e 20 derrotas), como mostra o "Almanaque do Palmeiras", de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti.


Pelo Corinthians, onde viveu momentos totalmente distintos (foi o primeiro técnico campeão brasileiro pelo clube e depois o primeiro treinador a cair para a Segundona do mesmo Brasileirão), Nelsinho foi técnico em 192 jogos (84 vitórias, 66 empates e 42 derrotas). Números do "Almanaque do Corinthians", de Celso Unzelte.

Confira a carreira de Nelsinho Batista:
1985: São Bento-SP
1985-1986: Ponte Preta-SP
1986-1987: Internacional de Limeira-SP
1987-1988: Atlético-PR
1989: Barranquilla - Colômbia
1989: América-SP
1990: Novorizontino-SP
1990-1991: Corinthians-SP
1991: Guarani-SP
1992-1993: Palmeiras-SP
1993-1994: Al Hilal - Arábia Saudita
1994-1996: Tokyo Verdy - Japão
1996: Internacional-RS
1996-1997: Corinthians-SP
1997: Cruzeiro-MG
1998: São Paulo FC-SP
1999: Colo Colo - Chile
2000: Portuguesa-SP
2000-2001: Ponte Preta-SP
2001-12/05/2002: São Paulo FC-SP
27/08/2002- 18//03/2003: Goiás-GO
19/03/2003-16/07/2003: Flamengo-RJ
21/07/2003-28/07/2003: São Caetano-SP
29/07/2003-20/09/2005: Nagoya Grampus - Japão
27/09/05-11/2005: Santos FC-SP
14/12/2005-01/06/2006: São Caetano-SP
30/01/2007-23/09/2007: Ponte Preta-SP
25/09/2007-04/12/2007: Corinthians-SP
10/12/2007-28/05/2009: Sport Recife-PE

Títulos por equipe:
Campeonato Paranaense:1988
Campeonato Brasileiro:1990
Campeonato Japonês: 1994, 1995
Copa Nabisco:1995
Campeonato Paulista:1997, 1998
Campeonato Goiano:2003
Campeonato Pernambucano: 2008, 2009
Copa Brasil: 2008

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