Zé Carlos, do XV de Jaú

Ex-ponta do XV de Jaú e Ponte

por Rogério Micheletti
José Carlos Garcia, o Zé Carlos,  baixinho e arisco ponta-direita da Ponte Preta, no final dos anos 80, hoje mora em Jaú (SP). Zé Carlos começou a carreira no XV de Jaú (SP) e depois da Ponte Preta foi jogar no futebol da Arábia Saudita, onde ficou por vários anos.
Em 25 de fevereiro de 2013 passou a comandar uma Escolinha de Futebol em Trabiju, interior de São Paulo
Ele formou bons ataques da Macaca ao lado de Chicão, que brilhou também no Coritiba, do ponta-esquerda Mauro, campeão brasileiro pelo Corinthians em 90, Monga, Valmir, Márcio Luiz, entre outros.
Em 85, o ponta-direita por pouco não foi contratado pelo Palmeiras, como revela Wilson Mano, ex-companheiro de Zé Carlos. "O Palmeiras queria três jogadores do XV: eu, o Zé Carlos e o Antônio Carlos (ponta-esquerda). Depois daquela vitória do XV sobre o Palmeiras, em pleno Palestra Itália, por 3 a 2, os dirigentes do Palmeiras desistiram do negócio", conta Wilson Mano, que acabou sendo transacionado com o Corinthians pouco tempo depois.
Em 06 de novembro recebemos o e-mail de João Henrique Vieira de Azevedo
De: JH Assessoria de Imprensa [mailto:jhimprensa@gmail.com]
Enviada em: sexta-feira, 6 de novembro de 2009 10:48
Para: sandra@entremidia.com.br
Assunto: jogador Zé Carlos do XV de Jaú Ponte Preta

"Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo?, narrava um dos mais famosos locutores esportivos de rádio Fiori Gigliotti, da Rádio Bandeirantes, nos anos 60 a 80 no início das transmissões esportivas.
As cortinas se abriam e o espetáculo ganhava luz e brilho com José Carlos Garcia, o Zé Carlos, ponta-direita em campo, o maior jogador profissional de Bocaina, fato inquestionável, que acumula títulos de campeão e artilheiro da Copa da Ásia na temporada 1994/1995, jogando no time Al Quadisiya, da Arábia Saudita, em final em Hong Kong; pentacampeão daquele país do Oriente Médio, depois de destacada carreira profissional no XV de Jaú e Ponte Preta.
Seus olhos de Zé Carlos se enchem de lágrimas, ficam vermelhos de emoção, hoje quando ele lembra sua carreira de jogador nos times por onde passou. Justamente neste mês, que ele comemora 47 anos e recebe homenagem da Diretoria de Juventude, Esporte e Lazer (DJEL) da Prefeitura de Bocaina pelo seu passado futebolístico.
"Tenho muita saudades e ótimas lembranças na minha carreira profissional, do ambiente nos clubes, no campo, do calor das torcidas, que carrego no meu coração. Mas a idade chega e eu tive de parar?, relembra Zé Carlos, que deixou o futebol profissional em 1999 no Rio Preto E.C, depois de 20 anos carreira, sendo 6 no Oriente Médio, vivendo em um "mundo de costumes muito diferentes do Brasil?.
   
Cilinho:
De dribles curtos, rapidez no raciocínio, chute potente, Zé Carlos foi descoberto pelo técnico Cilinho em 1981, que o levou para o XV de Jaú.
Zé Carlos, 18 anos, disputava uma preliminar do jogo do XV no time amador Torino, também de Jaú. Nesta partida ele fez quatro gols e desmontou o adversário, deixando Cilinho entusiasmado. No final da partida, o técnico fez convite e o levou para treinar no Galo da Comarca.
Nessa época, o treinador era Gali Neto, que lhe deu a primeira oportunidade de vestir uma camisa profissional.
Ficou no XV de Jaú entre 1981 a 1986.
Gols:
Zé Carlos foi vice-campeão em 1985 pelo XV no Torneiro Início do Paulistão.   
No time fez gols importantes no Campeonato Paulista no Corinthians, Palmeiras e São Paulo.
Seu primeiro jogo profissional no XV, contra os grandes, foi em 1983 contra o São Paulo, onde deixou sua marca, com gol, no empate de 1 a 1, lembra Zé Carlos. E o time são-paulino tinha só estrelas como Waldir Peres Zé Teodoro, Oscar, Dario Pereira, Nelsinho, Serginho Chulapa, Márcio Araújo, Zé Sérgio.
 Contra o Corinthians, em Jaú, em 1984, Zé Carlos fez o gol do XV que deu empate de 1 a 1.
Gols mais importantes:
Zé Carlos recorda e conta que o gol mais importantes de sua carreira foi o que deu o título de campeão da Copa da Ásia ao time Al Qadisiya, da Arábia Saudita, em jogo em Hong Kong na temporada 1994995 contra o South China. Ele fez um gol, virou o jogo e venceu por 4 a 2.
A Copa da Ásia equivale a Libertadores da América.

Rei Saudita:
Foi o primeiro importante título internacional de um time da Arábia Saudita. Tanto que o rei daquele país recebeu Zé Carlos e os jogadores do Al Qadisiya no palácio e concedeu premiação em dinheiro para todo o elenco.
Ponte Preta:
Em 1986, o XV de Jaú vendeu o passe do jogador bocainense para a Ponte Preta, de Campinas. Lá, ele permaneceu até 1992.
Também no time da "macaca?, Zé Carlos brilhou. Fez o gol que tirou o time da segunda divisão em jogo em 1989, contra o Taquaritinga. A Ponte precisava ganhar por diferença de dois gols. Faltando dois minutos para o término da partida, Zé Carlos marcou, levando o time novamente para a Primeira Divisão do Paulistão.
Na Ponte, fez gol também contra o Palmeiras em 1990, no Parque Antártica. O goleiro palmeirense, Veloso, estava 800 minutos sem levar gol. Levou um gol de falta de Zé Carlos. Mas, seu time perdeu por 3 a 2.
   
Reinado na Arábia Saudita:

Em 1992, a Ponte vendeu o craque para o time Al Qadisiya, da Arábia Saudita, por Cr$ 1.200.000,00.
Por um desentendimento de Zé Carlos com o técnico pontepretano, na época, Renê Simões, que o dispensou.
    Antes disso, ele garante que nunca teve problemas com dirigentes e técnicos. Jogou com Jair Picerni, Cilinho, Zé Duarte, Dudu, Gali Neto, Osmar Guarnielli e Nicanor Carvalho.

Chuteira de Ouro:

 No Al Qadisiya, jogou cinco temporadas, entre 1992 e 1996. Foi pentacampeão, artilheiro por 4 temporadas e ganhou o prêmio de Chuteira de Ouro como melhor jogador na Copa da Ásia em 94/95.
Depois dessa passagem pelo Al Qadisiya, no segundo semestre de 1997 até 1998 foi jogar no Al Khaleej. Levou o time de volta a primeira divisão da Federação da Arábia Saudita.

Retorno:

Na segunda metade de 1998 voltou ao Brasil e, convidado, foi jogar no
Rio Preto E.C., na segunda divisão. No início do ano seguinte, aos 37 anos encerrou sua carreira de jogador profissional.

Início:

Em 1979, Zé Carlos, com 17 anos, começou jogando futsal no time do Bocaina. Neste mesmo ano passou para o futebol de campo, jogando o time da Indústria Megale. Um ano depois, ingressou no então AA Bocaina, antes de ser descoberto por Cilinho e levado ao XV em 1981.
Em 2000 e 2001, chegou a jogar no campeonato amador regional pelo Bocaina FC. Depois foi trabalhar no departamento de esportes da Prefeitura, hoje Diretoria Municipal de Juventude, Esporte e Lazer (DJEL), onde permanece até hoje.
Para fechar com chave de ouro sua passagem pelos gramados, Zé Carlos consagrou-se este ano técnico campeão regional amador pelo Bocaina FC.
JH Editor ? Assessoria de Imprensa
João Henrique Vieira de Azevedo

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